28/05/2012

NOSSO AMOR E NOSSA COMUNHAO

O amor da espécie divina não se acha na natureza, mas no Calvário. O amor da espécie humana retribui amor, mas o amor divino toma a iniciativa. Deus demonstrou o Seu amor por nós ao morrer Cristo em nosso favor quando ainda éramos pecadores (Rm.5:8), a fim de nos dar vida mediante a Sua morte, e esta é a prova do Seu amor. Esse é o tipo de amor a ser revelado em nós, se formos Seus filhos.
Os crentes devem amar uns aos outros com a mesma espécie de amor com que Deus nos ama: não é atração física, nem amor sentimental ou social. É sobrenatural, tornado real apenas pelo Espírito de Deus, e só Ele nos habilita a estender esse amor aos outros irmãos. Não é a espécie de amor que temos para com amigos com quem gostamos de conviver. Existem alguns irmãos pouco amáveis do ponto de vista humano, mas apesar disso, o amor de Deus em nós nos impelirá a preocuparmos com o seu bem-estar.
Quanto ao pecador perdido, o amor cristão nos conduz a orar para que ele venha ao pleno conhecimento do Evangelho do Senhor Jesus, e levar ou providenciar para que seja levado o Evangelho até ele.
O amor cristão é a imagem refletida do amor de Deus por nós. A perseverança em amar é a prova de que uma pessoa é nascida de Deus e conhece a Deus. Caso contrário, a simples afirmativa de que se ama a Deus, acompanhada da falta de amor para com um irmão, é uma mentira (1Jo.2:9-11). A razão é que o amor procede de Deus.
Quando encontramos uma pessoa que se diz crente, e percebemos que ele nos ama e ama outros crentes, então podemos concluir que ele é um filho de Deus nascido de novo. Por outro lado, uma pessoa que não mostra amor por nós e por outros crentes nunca veio a conhecer o amor de Deus, porque Deus é amor.
O amor de Deus foi manifestado em nós (1Jo.4:9 - não “entre nós” ou “para conosco” como em algumas traduções): porque Ele mandou Seu unigênito Filho, para que pudéssemos viver por meio dele; Jesus Cristo é a vida (Jo.14:6), e Ele vive em nós (Gl.2:20). Esta vida começa quando nós O recebemos como nosso Senhor e Salvador.
A comunhão no sentido de ter algo em comum, participar de uma sociedade ou de um relacionamento mútuo, é descrita da seguinte forma nas Escrituras:·
  • COM DEUS - Consiste no conhecimento da Sua vontade (Jó 22:21-26; Jo.17:3); em estar de acordo com os Seus desígnios (Am.3:3); em permanecer em Cristo (Jo.15:4-7); em estar no Espírito (Rm.8:9); na existência de afeição mútua (Rm.8:38,39); no gozo da Sua presença (Sl.4:6); na conformidade com a Sua imagem (1Jo.1:6; 2:6); e na participação com a Sua alegria e a Sua plenitude (1Jo.1:3,4; Ef.3:14-21).
  • DOS SANTOS, UNS COM OS OUTROS - Em deveres (Rm.12:5-8; 1Co.12; 1Ts.5:12-22; Rm.10:24; Hb.13:16); em ordenanças e adoração (Sl.55:14, 119:63; Mt.18:20; At.2:46; Hb.10:25); em graça, amor, alegria, etc. (Ml.3:16; Rm.12:15; 2Co.8:4); em interesses mútuos, espirituais e temporais (Rm.12:13; Hb.13:16); em disposição mental e em parecer (1Co.1:10); em sofrimentos e apoio aos fracos (Rm.12:15, 15:1,2; Gl.6:1,2,10; 1Ts.5:11); e na glória (Ap.4:10,11). Viver em comunhão com Deus, Pai e Filho, significa andar na luz da Palavra de Deus (1Jo.1:7). Não é andar “de acordo” com a luz, o importante é onde andamos, não como andamos. Temos que vir à presença de Deus e permitir que a Sua Palavra brilhe sobre nosso caminho. É possível andar na escuridão do pecado, e ainda pensar que estamos bem porque estamos preenchendo nossas obrigações e mandamentos “religiosos” conforme nós os entendemos.
O pecado interrompe a comunhão do crente com o Pai e o Filho: o crente não perde a salvação, mas a sua comunhão só é restabelecida quando o pecado for lavado. É necessário permitir que a luz da Palavra de Deus revele nosso pecado; o arrependimento e a confissão a Deus restaurarão a comunhão.
Ninguém pode ter comunhão com o povo de Deus se não a tiver primeiro com Deus, em Cristo, e para isso é preciso que esteja andando na luz com Deus. Por outro lado, se andamos na luz, temos comunhão uns com os outros: isto significa que nos reunimos uns com os outros e participamos uns com os outros daquilo que é de Cristo. Falamos juntos sobre o Senhor Jesus Cristo e a Sua Palavra. Este é o tipo de comunhão que surge quando ouvimos e cremos no testemunho da Bíblia, e é uma comunhão impossível de ter com os incrédulos. Nossa alegria se torna completa quando temos comunhão uns com os outros, como conseqüência de termos comunhão com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.
A terceira carta de João contrasta duas atitudes opostas com relação aos “estrangeiros”, ou seja, os crentes que vinham de outra localidade: a hospitalidade e a presunção. A pessoa a quem foi dirigida a carta, Gaio, fielmente praticava o amor para com os irmãos, mesmo quando eram de fora, acolhendo-os e suprindo as suas necessidades, tinha comunhão com eles. Em contraste, um certo Diótrefes exercia a primazia sobre a igreja local, como alguns mesmo hoje, exigia que tudo fosse feito como ele queria e não admitia nada do que não gostasse.
A opinião de Diótrefes era sempre certa no seu pensar, não agüentava oposição, nem conhecia mansidão ou modéstia. Era tão presunçoso que não dava acolhida ao próprio apóstolo João, falando maliciosamente contra ele, recusava acolher os que vinham de fora, impedia os que queriam recebê-los e os expulsava da igreja. João o coloca entre os que jamais viram a Deus, pois praticava o mal ao não estender a comunhão aos crentes de fora.
O amor e a comunhão deveriam ser as características principais das reuniões da igreja, prevalecendo sempre sobre algumas formas de legalismo que são nelas introduzidas e ali permanecem como se fossem mandamentos divinos. Sem dúvida a reunião que se faz mais restrita por causa dessa interferência é aquela em que se celebra a Ceia do Senhor.
Essa reunião deveria estar aberta para a plena direção do Espírito Santo sobre os crentes ali presentes, obedientes às instruções dadas em Sua Palavra apenas (1Co.14:26-40, etc.). Cada participante deve examinar a si mesmo, antes de participar dos elementos (1Co.11:28). Vemos, no entanto, várias restrições sendo impostas pelos que estão na direção da igreja, agindo como pequenos Diótrefes da localidade. Eles darão contas do seu procedimento a Deus.
Embora todos os discípulos de Cristo sejam convidados para participar da sua Ceia, usualmente outras pessoas, que ainda não O confessaram como Senhor e nem foram batizadas em Seu nome, também estão presentes como visitantes. Não é deles ainda o privilégio de participar da adoração ou dos elementos, mas a morte do Senhor é anunciada a eles dessa forma, sendo integrante da mensagem do Evangelho. Embora não tendo comunhão, devemos estender a eles o nosso amor cristão a fim de que cheguem ao pleno conhecimento da Verdade e se convertam.
Por vezes é inevitável que esses que costumeiramente estão presentes à Ceia participem dos cânticos, até mesmo pedindo que seja entoado um determinado hino, apesar de não orarem audivelmente nem participarem dos símbolos. Quando isso ocorre, caberá à liderança local tomar a decisão que convém para que não haja suscetibilidades entre os participantes da Ceia que possam afetar a boa comunhão exigida para essa tão importante reunião, pois isso poderá gerar descortesia por parte de alguns membros para com essas pessoas que, como já dissemos, será uma demonstração de falta de amor cristão. A omissão por parte da liderança será a pior das decisões, tendo em vista que a falta de amor ou a quebra da comunhão na Ceia do Senhor são coisas intoleráveis.

24/05/2012

Ter Fé, Acreditar e Confiar

Texto-chave: "Em Ti, Senhor, confio, nunca me deixes confundido, livra-me pela Tua justiça". Salmo 31:1
Como é difícil ter fé, acreditar e confiar; diante de tantos obstáculos, que aos nossos olhos parecem indestrutíveis, nossa luta se torna mais difícil. O que nos anima é saber que, mesmo diante de tudo, Deus nos dará a vitória. Para isso devemos ser fiéis a Ele. Sl. 31:14
Nos dias de hoje quem não tem problemas? Provações? Lutas? Dificuldades? Todos nós temos, e ninguém consegue passar por atalhos ou por outros caminhos para chegar a Deus. Todos passamos por um deserto, onde somos lapidados, para nos tornar parecidos com o Pai.
Sabemos que nada é fácil, e que precisamos estar muito firmes para não cairmos, ter entendimento suficiente para não desistir e aceitar as demoras de Deus. Sl. 31:24
Quando os problemas aumentam, a fé "esfria"; continuamos acreditando, "mais ou menos" e a confiança "cai". É mais fácil confiar no que vemos, do que naquilo que não vemos. Por isso devemos enxergar pela Fé, fé sobrenatural, devemos buscar a Deus diariamente, de maneira tal que possamos nos sentir fortes, mesmo sendo fracos. Deus quer que clamemos a Ele, pois Ele nos ouvirá. Sl. 31:2-3
Sabemos que somos fracos; ora lutamos, ora esfriamos; ora sorrimos, ora choramos; ora confiamos, ora deixamos de confiar. Mas temos que estar firmes na Palavra, não podemos deixar Deus de lado e achar que o mundo vai resolver nossos problemas. Se confiarmos no mundo, cairemos num precipício e, muitas vezes, sem volta.
Só teremos força se estivermos em CRISTO; pois "quem está em Cristo nova criatura é". Se ainda não somos, devemos ser.
Deus só pode mudar nossa vida se tivermos fé sobrenatural, acreditar no impossível e confiar o suficiente, para não desistir.
Oremos para que possamos estar firmes na fé, acreditando e confiando no poder de Deus.

19/05/2012

A ADVERSIDADE

A adversidade, ou infortúnio, ocorre a todos nós, em maior ou menor intensidade, em épocas várias. Às vezes são contrariedades triviais, e dizemos "que azar!" ou "que falta de sorte". Quando são de natureza mais séria, procuramos saber a causa. A Bíblia nos diz muito sobre isto, e a seguir temos alguns exemplos.

SUAS CAUSAS

O PECADO: Gênesis 3:16-19. A causa fundamental do desgosto, das tristezas, das calamidades e das catástrofes que sofremos é o pecado. Todos pecamos, e por causa do pecado Deus amaldiçoou a terra em que vivemos.
A DESOBEDIÊNCIA À LEI DE DEUS: Levítico 26:14-20. O povo de Israel, por exemplo, após ter sido libertado da escravidão no Egito, recebeu de Deus a sua Lei, para ser obedecida em sua nação, agora instituída. Se assim não fizesse, sofreria grande adversidade na forma de enfermidades, esterilidade da terra, derrotas e invasões por parte dos seus inimigos, etc.

O SEU PROPÓSITO

CASTIGO DO PECADO: 2 Samuel 12:9-12. Embora o rei Davi tivesse grandes virtudes e fosse muito abençoado por Deus por causa da sua fidelidade, Deus não deixou de puni-lo severamente por causa do seu adultério com Bate-Seba, e o virtual assassínio do seu marido, Urías.
HUMILHAÇÃO: 2 Crônicas 33:11-13. O rei Manassés fez a nação de Israel voltar à idolatria, a tal ponto que queimou seus próprios filhos como oferta a Moloque, praticou adivinhação, agouros, feitiçaria e necromancia. Deus o castigou mediante o exército da Assíria, que assolou o país e levou Manassés cativo para a Babilônia. Por causa disto, Manassés se humilhou diante de Deus mostrando seu arrependimento e reconhecimento que o SENHOR era Deus. Deus teve misericórdia dele e o restaurou como rei; Manassés provou depois que sua conversão foi sincera, restabelecendo o culto ao SENHOR e afastando os ídolos.
CONDUZIR À PALAVRA DE DEUS: Deuteronômio 8:2-3. O povo de Israel passou fome no deserto, e ficou dependente de Deus para o fornecimento de um alimento especial, o maná; o maná era uma figura da Palavra de Deus, concretizada no envio de seu Filho ao mundo.
DISCIPLINA E CORREÇÃO: Hebreus 12:5-11. O SENHOR faz uso da adversidade para corrigir aos seus filhos, assim como a punição é necessária na educação dos filhos. É prova de que realmente somos Seus filhos.
PROVAR A FÉ: 1 Pedro 1:5-8. Assim como o ouro é purificado com o fogo, também nossa fé é provada e é fortalecida mediante as várias provações que nos entristecem enquanto passamos por elas.
LEVAR AO DESCANSO: Salmo 94:12-13. O descanso, na Bíblia, geralmente significa cessar de sofrer e labutar. Como após a tempestade vem a bonança, após a adversidade vem a bem-aventurança. É necessário passarmos pela primeira para compreendermos e apreciarmos melhor a segunda.

REAÇÕES

REBELIÃO: Êxodo 14:4-8, Jó 2:9. Faraó e seu povo sofreram terrivelmente porque recusaram livrar o povo de Israel. Ao invés de se humilharem diante do SENHOR, que provara a eles ser o verdadeiro Deus Todo-Poderoso, eles se rebelaram contra Ele, sofrendo conseqüências desastrosas. A mulher de Jó (que sofreu com ele a perda de todos os seus bens e a de seus filhos) aconselhou a ele que amaldiçoasse a Deus pelo que lhes acontecera; Jó, porém, provou a sua fé submetendo-se a Deus e chamando-a de doida.
DESCONFIANÇA: Êxodo 6:8-9. Quando Moisés voltou ao Egito, incumbido de libertar o povo de Israel, ele deu essa boa notícia ao povo. Mas o povo não lhe deu atenção por causa do sofrimento pelo qual estava passando: eles já não criam que Deus iria libertá-los.
RECLAMAÇÃO: Rute 1:20-21. Noemi carregava grande amargura consigo por causa das aflições que havia sofrido depois de ter saído de sua terra.
INDAGAÇÃO: Jeremias 20:7-10. Lê-se nas entrelinhas que Jeremias estava perplexo: o SENHOR o havia nomeado profeta à nação de Judá, mas ao invés de ser respeitado por isso, ele era desprezado, insultado e castigado não só pelo rei e principais do povo, mas pelos próprios principais dos sacerdotes. Mas sua fé estava firme, como vemos nos versículos que se seguem.
DESÂNIMO: Provérbios 24:10. Em linguagem moderna, entende-se assim "se você mostrar desânimo no dia da dificuldade, sua força será limitada". Muitos de nós nos inclinamos a desanimar quando a adversidade parece demais: isto nos enfraquece e limita o poder que recebemos de Cristo para vencer.
ARROGÂNCIA: Salmo 10:6. É a atitude do ímpio, ateu, que prospera em sua injustiça e confia em si próprio.
ESPERANÇA: Lamentações 3:31-40. O crente diz "acaso não procede do Altíssimo assim o mal como o bem?"; Deus não tem prazer em afligir ou entristecer ninguém, mas queixe-se cada um dos seus próprios pecados; Deus não rejeitará para sempre.
SUBMISSÃO: Jó 5:17-22. Ser disciplinado por Deus é um privilégio que não deve ser desprezado. Bem aventurado é aquele de quem Deus cuida e que sabe se submeter à vontade divina.
ALEGRIA: Tiago 1:2-4. Àquele que conhece bem a Deus, as várias provações por que passa lhe dão muita alegria, pois lhe dão perseverança a fim de atingir a perfeição, ou maturidade, e a integridade de caráter, "em nada deficientes".

A INTERVENÇÃO DIVINA

USADA CONTRA AS NAÇÕES: 2 Crônicas 15:5-6. As guerras e perturbações que vieram sobre as nações no tempo dos reis de Judá eram, segundo o Espírito de Deus, de origem divina. O reino de Judá havia se afastado de Deus e foi também castigado, mas quando se voltou para Ele e O buscou, Deus se compadeceu dele.
DEUS CONHECE ...: Salmo 31:7. Deus é onisciente, e tem cuidado especial daqueles que são seus: conhecendo suas angústias ele se mostra benigno e se compadece deles.
... SALVA ...: 1 Samuel 10:19. Deus livrou o povo de Israel de todos os seus males e tribulações, mas eles decidiram que era melhor ter um homem como rei à testa do seu governo e de suas guerras.
...E REDIME O ATRIBULADO: 2 Samuel 4:9. Davi foi muito perseguido e sofreu muito por causa da inveja do rei Saul, mas quando este morreu em batalha, Davi reconheceu que havia sido redimido pelo SENHOR.

DEUS AINDA AJUDA O ATRIBULADO MEDIANTE:

A ORAÇÃO: Jonas 2:1-7. Jonas havia desobedecido a Deus e em conseqüência estava em perigo de vida dentro do estômago de um grande peixe. Daquele lugar ele fez uma oração a Deus, citando vários versículos de Salmos, e declarando sua confiança em que Deus o livraria. Deus assim o fez.
O CONHECIMENTO DO PROPÓSITO DIVINO: Lamentações 3:31-42 e Romanos 5:3. Nada acontece sem que seja permitido por Deus. Cabe-nos reconhecer isto, e recorrermos a Deus, arrependidos, após compararmos nosso comportamento com o padrão que Deus estabelece em sua Palavra, a fim de que Ele nos socorra. Por outro lado, se somos obedientes a Ele, sabemos que as tribulações são boas para melhorar o nosso caráter, logo devemos ter prazer em passar por elas.

16/05/2012

A FÉ EVANGÉLICA

Continuando com o tema FÉ


Filipenses 1:27-30


A fé "é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem", conforme lemos em Hebreus 11:1.
Os que ensinam heresias se aproveitam da capacidade de credulidade das pessoas que não estão firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando pelo evangelho de Cristo. A fé evangélica consiste em um conjunto de ensinos que recebemos através dos profetas, de Jesus Cristo e dos seus apóstolos, todos contidos na Bíblia, a Palavra de Deus.
Sobre a fé evangélica como um conjunto de doutrinas, lemos que:
  • Estava oculta durante o período da lei, sendo revelada por Jesus Cristo (Gálatas 3:23-24).
  • Era obedecida por muitíssimos sacerdotes, que se converteram a Cristo no início da igreja de Jerusalém (Atos 6:7).
  • Nela eram fortalecidas as igrejas, que aumentavam em número dia a dia, ao receberem as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém (Atos 16:4-5).
  • Era guardada, pregada e promovida pelo apóstolo Paulo, e é comum a todos os eleitos de Deus (Gálatas 1:23, 2 Timóteo 4:7, Tito 1:1-4).
  • Ela era a única base em que a igreja de Corinto, que enfrentava sérias heresias surgindo dentro dela, deveria se firmar e fortalecer (1 Coríntios 16:13).
  • Deve ser conservada com a consciência limpa (1 Timóteo 3:9).
  • Compete-nos ser sadios nela (Tito 1:13-14).
  • É necessário continuar lutando por ela, porque os adversários procuram intimidar os que a seguem (Filipenses 1:27-28).
  • Os crentes em Cristo fazem parte da família da fé (Gálatas 6:10).
A fé evangélica é um dom de Deus, fruto do Espírito Santo, dando-nos a convicção sincera daquilo que não podemos ver (João 6:29, Romanos 10:9-10, Gálatas 5:22,23, Efésios 2:8, Hebreus 11:1), como resultado da leitura da Bíblia, e da pregação do Evangelho (João 17:20, 20:30-31, Atos 15:7).
Os efeitos da fé evangélica são:
  • A remissão dos pecados (Atos 10:43).
  • A justificação do pecador (Atos 13:39).
  • Livramento da condenação (João 3:18).
  • Salvação (da pena, do poder e da presença do pecado) (Marcos 16:6).
  • Santificação (Atos 15:9).
  • Livramento da morte espiritual (João 3:18) .
  • Luz espiritual (João 12:36,46).
  • Vida espiritual (João 20:31).
  • Vida eterna (João 3:15-16).
  • Adoção (João 1:12).
  • Acesso direto a Deus (Efésios 3:12).
  • Edificação (1 Timóteo 1:4).
  • Preservação (João 10:26-29).
  • Herança (Atos 26:18).
  • Paz e descanso (Romanos 5:1).

13/05/2012

BENÇÃO DE SER MÃE

“Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se elas permanecerem em fé e amor e santificação, com bom senso.” I Timóteo 2:15
Mãe é a expressão do Amor de Deus. Ser mãe é uma dádiva de Deus. Ser mãe é receber de Deus um sublime dom. (Gera posteridade)
Ser mãe é receber um singelo dom. (Pois não existe outra forma de gerar o homem a não ser do ventre de uma mãe)
Ser mãe é receber um perpétuo dom. (Ela concebe um ser que nasce para ser eterno, nunca morrerá)
Dizem que cada criança que nasce é um telegrama de Deus anunciando que ainda ama o homem.

A MISSÃO DE SER MÃE

“Talvez um dos papéis mais preponderantes da mulher destacado na bíblia, seja o de mãe, embora todos os papéis sejam igualmente reconhecidos. Esse papel de mãe era tão importante nos tempos bíblicos que a esterilidade feminina chegava a ser considerada uma maldição divina, porquanto furtava a mulher de uma de suas funções mais importante na vida. Há casos destacados com especialidade como o de Sara( Gn 17:15), Raquel (Gn30), e Ana (I Sm 1:2). R. C.
Quanto ao caráter negativo:
Muitas noites acordadas, cansaços físicos, frustrações, renúncias, ingratidões, uma tarefa difícil, árdua.
Ser mãe não é simplesmente colocar uma criança no mundo. Ser mãe não é eximir-se de sua responsabilidade e repassá-la a outrem, como empregadas, babás, parentes, amigos e creches.
Ninguém substitui o amor e o cuidado de uma mãe.
Quanto ao caráter positivo:
É gratificante para a mãe ver o filho que ela amamentou crescido, criado, formado, bem encaminhado na vida.
É honroso para a mãe ver em seus filhos suas próprias virtudes. É alentador para a mãe ser reconhecida por seus filhos como aquela que esteve ao seu lado nos momentos mais difíceis, educando, corrigindo, formando, protegendo, consolando, animando.
Todo e qualquer investimento, afim de que seja próspero tem que ter uma boa mão de que o cuida. Assim é a mãe, para que seu filho seja prospero durante sua vida.
As Ás várias funções da Mãe:
G Gerar (conceber). Alimentar. Consolar. Dar amor. Proteção. Educar. (ensinar, edificar, exortar, corrigir, repreender). “ Ensina a criança no caminho que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele” Pv 22:6 “ Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que desde a infância sabes as sagrada letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Jesus Cristo.” II Tm 3:14,15

AS VÁRIAS MÃES DA BÍBLIA

Ana (mãe de Samuel) a dor da esterilidade, não a faz desistir, mas clama a Deus que lhe responde dando-lhe o primeiro dos grandes profetas de Deus: Samuel, I Sm 1. Depois teve outros cinco filhos como bênção do Deus Altíssimo.
Rispa, a mãe modelo, mãe amorosa, não abandonou seus filhos nem quando morreram; passando aproximadamente seis meses enxotando as aves de rapina para que não comessem os corpos de seus dois filhos expostos na terra. Foi honrada por rei Davi, enterrando seus filhos nas sepulturas dos reis de Israel. (2 Sm. 21:8-14).
Quantas mães já abandonaram seus filhos, mesmo vivos? Uma tristeza.
Rispa, foi uma mãe virtuosa que entendeu e aceitou a missão de ser mãe. Uma mãe verdadeiramente convertida aos seus filhos. ( Malaquias 4:6) Mesmo em face ao sofrimento, e morte, não abandonou seus filhos nem de dia e noite ficava perto de seus corpos não deixando as aves devorar seus corpos.
Quantas mães já desistiram de seus filhos deixando que as aves das drogas, dos traficantes, prostituições, más compainhas, os pecados diversos, filmes e revistas pornográficas, namoros fornicares, namorados dormirem na casa.
Enxote essas aves de seus filhos, mande embora, mas não perca seus filhos.
Maria, mãe de Jesus, o acompanhava em todos os momentos até na hora do sofrimento da Cruz.
Mãe da filha possessa. Saiu da sua cidade Grécia de origem Siro-Fenícia levou sua filha possessa a Jesus para ser liberta. Mc 7:24-30

AS BÊNCÃOS DA MÃE VIRTUOSA

Será sempre lembrada em suas virtudes ( “Como dizia minha mãe”). Não é abandonada na velhice. Não será esquecida nem quando morrer. Será sempre amada. Seu caráter estará evidente em seus filhos e na sua posteridade. Deus a honrará como honrou a Rispa.
O amor de Deus representado simbolicamente pelo amor de mãe: “ Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que se compadece do filho do seu ventre? Mas ainda que essa viesse esquecer-se dele, eu, todavia , não me esqueceria de ti” Is 49:14,15
“ Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho… Todavia eu ensinei a andar a Efraim; tomei-os nos meus braços, mas não atinaram que eu os curava. Atrai-os com cordas humanas, com laços de amor, e fui para com eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas, e me inclinei para dar-lhes de comer.” Os 11:1,3,4
Deus abençoe cada dia as mães. Para que compreendendo a sua missão na terra, nunca desfaleça, nunca desista, nunca desanime, pois estará plantando uma semente, regando com amor, paciência e oração.
Com certeza mãe você verá um dia o fruto de teu trabalho, da noite mal dormida, das lágrimas escorridas, daquele filho que se foi sem dar noticia; Deus te mostrará os frutos de tuas orações, dizendo: “filha bendita nem tudo está perdido vi tuas lágrimas e acolhi tuas orações, vede os frutos de tuas orações e de teu labor.”

12/05/2012

Religião Sem Deus

Do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça… Pois os Seus atributos invisíveis, o Seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.”

Romanos 1:18-22

No primeiro capítulo de sua carta aos Romanos, Paulo relata a ira de Deus contra a impiedade e a injustiça dos homens que, com a injustiça, bloqueiam a verdade.
A “ira” é a tradução de uma palavra grega que significa inchar-se de indignação, e é reação de Deus ao pecado, não uma emoção humana de ódio ou rancor, mas a justa e vigorosa condenação pela razão daquilo que é ilícito. “Impiedade” é a falta de amor ou reverência a Deus e o desprezo pela Sua palavra, e a “injustiça” é a falta de equidade em decisões e julgamentos. A injustiça é consequência natural da impiedade, pois o fundamento da equidade, a boa ética, nos vem da própria natureza de Deus e da nossa atitude para com Ele.
O salmista Davi exclamou “Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Os homens têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras; não há quem faça o bem” (Salmo 14:1). Em nossos dias, feitas grandes descobertas com a ajuda de engenhosos instrumentos que permitem ver desde coisas quase que infinitamente pequenas até as coisas imensas que se encontram no espaço, dando ainda maiores provas indiscutíveis da criação inteligente do mundo, ainda a grande maioria da humanidade, cega pela sua impiedade e insensatez, resiste e procura impedir o ensino da verdade. Prevalecem os néscios!
Em substituição à verdade, fazem especulações: mitos fantasiosos, falsos sacerdócios, rituais insensatos, superstições assustadoras, falsas filosofias e sociedades secretas vindas do gnosticismo e do seu oposto, o agnosticismo, ou mesmo um ateísmo absoluto que não deixa de ser uma forma de fé muito semelhante à religiosidade à qual diz se opor. O ateísmo recebeu uma injeção poderosa dois séculos atrás com as teorias evolucionistas elaboradas por Charles Darwin, agora abraçadas por grande parte do mundo científico, sem que tenham sido encontradas até hoje as mínimas provas conclusivas. É uma religião sem Deus, falsa, nociva e preponderante pois é ensinada aos escolares desde tenra idade e usam-se quase universalmente medidas de tempo a partir dessas teorias para afirmar a veracidade de uma falsa “ciência”.
Muita gente não percebe que o ensino da evolução propaga uma religião antibíblica. Um filósofo de ciências evolucionista canadense, Dr Michael Ruse, admitiu que “a teoria da evolução, assim como a religião, envolve assumir antecipadamente certos princípios, que não podem ser provados empiricamente”, e afirmou, em outras palavras, que basicamente a evolução como teoria científica se subordina a uma espécie de humanismo, pois necessita excluir o sobrenatural, seja qual for a evidência. Como a religião, a teoria da evolução requer fé em certos princípios que não podem ser provados pela experiência, mas, como o humanismo, rejeita tudo o que é sobrenatural. A teoria da evolução tem os seus próprios dogmas, mas é uma religião sem Deus, não admitindo a verdade bíblica por ser sobrenatural.
Entende-se como “humanismo”, de uma maneira geral, qualquer sistema ou modo de pensar ou agir em que os interesses, valores ou dignidade humanos predominam. Ninguém que crê em Deus como a Fonte e o Criador do universo pode ser um humanista pois o humanismo sustenta que foram os seres humanos, usando a sua imaginação, que criaram os deuses. Isso é certo com relação aos ídolos e deuses que foram inventados, mas é falso com relação ao verdadeiro Deus que conhecemos e sabemos ser o Criador dos céus e da terra (Gênesis 1:1, etc.).
Do humanismo deriva outra religião sem Deus, paralela à evolução, composta de um conjunto de crenças através do qual se contempla, como se fosse um par de óculos, toda a realidade. Conhecida como o Humanismo Secular, ela se declara ser “um ponto de vista filosófico, religioso e moral” (Manifestos Humanistas I e II) e que as afirmações (nos Manifestos) não são “uma declaração de fé, ou dogma, definitiva mas a expressão de uma fé viva e crescente”.
Junto com os evolucionistas, os humanistas seculares crêem que somente existe o mundo material, não havendo Deus ou uma dimensão espiritual, e a vida após a morte. Segue-se que, não existindo o sobrenatural, toda a vida, inclusive a vida humana, tem que ser o resultado de um fenômeno todo natural. Logo, abraçam as teorias evolucionistas porque fornecem, ao seu ver, uma explicação desse fenômeno.
O ateísmo dessas duas religiões conduzem ao relativismo ético, a crença que não existe nenhum código moral absoluto. Segundo essa crença, o homem deve ajustar seus padrões éticos a cada situação conforme seu próprio julgamento, sendo a moralidade uma criação humana. Sem Deus, não existem padrões divinos universais para serem obedecidos.
Em seu tempo, o apóstolo Paulo teve que enfrentar inicialmente as falsas religiões dos gregos e romanos, e mais tarde os gnósticos, que procuravam introduzir nas igrejas uma “ciência superior” firmada numa filosofia em que os gregos e romanos haviam se refugiado com o descrédito e abandono de suas próprias religiões, que incluía não somente filosofias gregas, mas também da Pérsia e da Índia.
Não satisfeitos com a simplicidade do Evangelho, alguns membros das igrejas daquele tempo foram tentados a “progredir” para uma “esfera mais alta”, inserindo no Evangelho as especulações dos gnósticos. Temos vestígios da vigorosa oposição de Paulo em várias das suas epístolas, especialmente aos colossenses e nas cartas pastorais. Também há referências nas epístolas de Pedro, Judas e João.
Hoje as duas principais “religiões sem Deus” ameaçam as igrejas que não se mantêm muito firmes em sua fé, especialmente no que diz respeito á veracidade absoluta da Palavra de Deus. São tentadas, como foram as do tempo daqueles apóstolos, a modificar o ensino bíblico para incorporar também os preceitos dessa moderna “ciência superior”. É ensinada nas escolas como sendo a realidade, e as novas gerações são impregnadas com as suas incoerências como se fossem fatos reais.
O apóstolo Paulo declarou que estava pronto a anunciar o Evangelho aos que se encontravam em Roma, que não se envergonhava do Evangelho, sendo ele o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, e no Evangelho está revelada, de fé em fé, a justiça de Deus. Estejamos também, como ele, prontos a anunciar o Evangelho que revela a justiça do maravilhoso Deus criador “de fé em fé”, pois tem o fundamento do Senhor Jesus Cristo e sobre ele a Palavra que nos veio pelos santos apóstolos e profetas.
Os pais devem velar pelas almas dos seus filhos, apontando as incoerências das teorias da falsa ciência e a comprovada veracidade da Bíblia. Sem dúvida vão sofrer por lutar contra a corrente prevalecente, mas estarão no caminho apertado que conduz à vida (Mateus 7:14).
A ruína moral e espiritual do mundo sem Deus é descrita na segunda parte do capítulo 1 de Romanos, do versículo 22 ao fim. Ela se via no tempo do apóstolo Paulo, e estamos vendo tudo aquilo novamente em nossos dias, a começar pela América do Norte e Europa. O abandono dos valores morais, o crescimento da criminalidade impune ou sujeita a penas leves e de curta duração, o egoísmo geral, a promiscuidade sexual e a legitimação do homossexualismo, são fatos incontestáveis que resultam principalmente das “religiões sem Deus” que agora prevalecem.

"O homem néscio não sabe, nem o insensato entende isto: quando os ímpios brotam como a erva, e florescem todos os que praticam a iniqüidade, é para serem destruídos para sempre" (Salmo 92:6,7).

07/05/2012

PRATICANDO A NOSSA FÉ

Olá amados, hoje vou começar a falar sobre o tema FÉ, e espero que este assunto o ajude em sua vida espiritual.

 

 

Tiago 2.14-26

A verdadeira fé salvadora em Cristo mostrar-se-á inevitavelmente no caráter e na conduta do crente, produzindo obras de obediência e de amor - isto é, de obediência a Deus e de amor para o próximo. Sem essas obras, a "fé" professada será somente de boca ou da mente.

Na verdade, nenhum descrente pode trazer tanto descrédito ao ministério do Evangelho como um "crente" que tem mau testemunho - cujas obras não correspondem à sua profissão de fé.

A FÉ MORTA 14-17

Eis uma espécie de fé que é somente teórica ou intelectual, mas sem contato real com Deus. A pessoa crê que a Bíblia é certa, que o Evangelho a respeito de Jesus e a salvação (ou a perdição) é a verdade, pode dizer-se "crente" e ser membro de uma igreja - porém não se vê na sua conduta evidência alguma do senhorio e do amor de Cristo. Tal pessoa "crê" tudo, como doutrina, mas não permite que a sua "crença" guie a sua vida; não "nasceu de novo" - a sua fé é tão inútil como a "caridade" que se condói, em palavras do necessitado, mas embora podendo, nada faz para aliviá-lo.

A FÉ INOPERANTE 18-20

A fé que é somente intelectual, aceitando a existência de Deus e a verdade da Escritura, não é melhor do que a crença dos demônios; eles sabem que Deus existe e que a Sua Palavra é a verdade - mas não são por isso salvos e tremem na contemplação do seu destino horrível.

Os "pagãos" têm muitos "deuses", aos quais servem por medo. A Escritura diz que estes "deuses" são realmente demônios (1a. Coríntios 10.19-20); todavia, há "cristãos" que dizem, indignados que "não são pagãos", porém a sua fé não vai além da dos demônios: crêem em Deus, mas não O amam, nem a Ele obedecem.

A fé que não se mostra por meio de uma vida convertida, por meio de um amor que obedeça à vontade de Cristo - tal fé é inoperante para a salvação, pois o seu possuidor nunca recebeu a Jesus Cristo como SENHOR da sua vida (Tomanos 10.9). Cristo não vive nele (Gálatas 2.20).


A FÉ JUSTIFICADORA 21-26

Neste trecho, Tiago mostra dois exemplos, tirados do Velho Testamento, de pessoas cuja fé em Deus foi claramente demonstrada pelas obras que fizeram como crentes - não para se salvarem, mas como resultado de já serem salvas. Tanto Abraão como Raabe eram crentes em Deus antes de fazerem as obras mencionadas aqui por Tiago - veja Gênesis 15.16; Josué 2.9-11. Esta sua fé salvadora, já conhecida por Deus, foi revelada aos homens pelas obras que ela produziu neles em certas circunstâncias - pela prontidão de Abraão em preparar-se para oferecer a seu filho Isaque em holocausto a Deus e pela ajuda que Raabe deu aos espias israelitas, arriscando assim a própria vida dela.

Estas "obras" não salvaram a Raabe nem a Abraão, pois "pelas obras ninguém se salva" (Romanos 3.20) - mas eram a prova ou o fruto da fé por meio da qual já tinham sido salvos; eram as "boas obras" que achamos na exortação de Mateus 5.16 - "brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" e em 1a Pedro 2.12 - "mantendo o vosso procedimento no meio dos gentios para que naquilo que falam contra vós como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação".

Assim, Pedro, Tiago, Paulo e João estão de acordo neste assunto:

  • "Somos feitura dEle (de Deus) criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Efésios 2.10).

  • "Nós O amamos, porque Ele nos amou primeiro" (1a. João 4.19).

  • "Observando-vos em vossas boas obras" ( 1a. Pedro 2.12).

  • "Assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras está morta" (Tiago 2.26).

Que a nossa fé seja viva e operante, produzindo os frutos que serão para a glória de Deus.


("Vigiai e Orai" - No.59 - março de 1983)

03/05/2012

PEDI E DAR-SE-VOS-Á

Amados,  como estive falando nestas últimas semanas sobre o tema oração hoje chego no ultimo tema, que Deus os abençoe grandemente.

(Mateus 7:7a)

Este é um dos muitos mandamentos que o Senhor Jesus deu aos Seus discípulos no chamado Sermão do Monte, introduzindo o Seu reino. É notável que, embora uma grande multidão O seguisse naquela ocasião, Ele primeiro subiu uma montanha onde se assentou e dele se aproximaram os seus discípulos. O sermão foi dirigido aos discípulos, que já Lhe pertenciam, e não às multidões.
O Sermão do Monte contém normas de comportamento que serão impostas e praticadas quando Cristo voltar para reinar em perfeita justiça no mundo. Mas todo aquele que O recebe como seu Senhor, agora, precisa conhecê-las para colocá-las já em prática em submissão a Ele. Para isso o crente conta com o poder do Espírito Santo, sem o qual ninguém pode alcançar estes altos padrões.
É impossível conseguir impor essas normas sobre os rebeldes incrédulos. A lei de Moisés fora dada ao povo de Israel para educá-lo nos padrões da justiça de Deus, e, convicto do seu pecado, conduzi-lo ao Filho de Deus que viria trazer o conhecimento da Sua perfeita justiça, que vem pela fé (Gálatas 3:24). O Sermão do Monte evidencia o mais alto padrão de justiça requerido dos cidadãos do Reino de Deus, e só o Evangelho da graça de Deus pode trazer a justificação necessária para que alguém se habilite a obedecer ao Messias.
Entre os assuntos abrangidos pelo Sermão do Monte está a oração pessoal (Mateus 6:5-14). Esta deve ser feita com a mesma discrição de um filho que fala em particular com o seu Pai, ou seja, em nosso quarto, com a porta fechada, para estarmos a sós com Deus sem exibirmos nossa piedade aos outros. Deus pode nos ver, e ouvir, e Ele nos recompensará pela nossa atitude.
Não usemos repetições constantes como para exigir a Sua atenção. Nosso Pai sabe o que nos é necessário antes de o pedirmos. Somos, no entanto, instruídos a orar porque assim reconhecemos a nossa necessidade e a nossa dependência do suprimento que vem do Pai. Essa é a base da nossa comunicação com o Pai, mas também Ele nos dá coisas em resposta à nossa oração que Ele de outra forma não nos daria (Tiago 4:2).
Pacientemente o Senhor Jesus nos diz como devemos orar, dando-nos um modelo básico para ser seguido em nossas orações, nunca para ser pronunciado como uma fórmula mágica ou repetido vez após vez como castigo ou penitência. Também não foi dado para que se memorizem as palavras e depois sejam repetidas em um ritual, pois com isto as frases se tornam apenas formais e sem aplicação pessoal. Uma vã repetição.
Neste modelo, bem conhecido por todos nós, começando com as palavras: "Pai nosso, que estás nos céus", seguindo-se a adoração e louvor, e a expressão do nosso desejo pela vinda do reino de Deus na terra, passamos a orar pelas nossas próprias necessidades. O pedido "o pão nosso de cada dia dá-nos hoje" manifesta o nosso reconhecimento que dependemos de Deus para as nossas necessidades, tanto físicas como espirituais.
O ensino que começa por "pedi e dar-se-vos-á" complementa este pedido. O Senhor Jesus está ensinando que devemos ativamente pedir, buscar e bater à porta de nosso Pai, que está nos céus, a fim de obter o que precisamos. Estas são as ações de quem sabe do que precisa, sabe quem o pode conceder, e se sente livre para "incomodá-lo" com o seu pedido. Vejamos cada um destes itens:
  • Sabe do que precisa: existem necessidades imediatas, práticas e materiais, incluindo curas de enfermidades, do tipo do "pão nosso de cada dia": destas não costumamos esquecer. Mas convém também avaliarmos nossas necessidades em outras áreas, como deficiências que podemos perceber em nosso próprio caráter, as tentações que sentimos e das quais queremos nos livrar, o poder do Maligno que nos cerca, as oportunidades de servirmos ao Senhor proclamando e anunciando o Evangelho sem temor, a sabedoria e a revelação da vontade Deus em nossas vidas, o controle da nossa língua, a nossa completa santificação, as condições permitidas pelas autoridades para que tenhamos uma vida quieta e sossegada em toda a piedade e honestidade, e outras do gênero. Pensemos também nos outros, e façamos intercessão por eles: nossos irmãos na fé, os missionários e evangelistas, os novos convertidos, os nossos inimigos, as autoridades.
  • Sabe quem o pode conceder: invariavelmente é Deus, o Pai. Este é o ensino uniforme em toda a Bíblia. Existe apenas um versículo, João 14:14, em que foi inserido o pronome "me" em algumas versões, dando a entender que se deve pedir ao Senhor Jesus. Isto se deve ao fato que essas versões são traduções feitas da Vulgata Siríaca Peshita Aleph B33 onde consta esse pronome, em contradição com os demais textos bíblicos. O Senhor Jesus mesmo ensinou aos Seus discípulos que "naquele dia (depois da Sua ascensão) nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, Ele vo-lo há de dar. Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria se cumpra." (João 16:23,24). Deus tudo opera através do Filho, "para que o Pai seja glorificado no Filho". Mas se pedirmos ao Filho, em Seu próprio nome (um contra-senso) onde fica o Pai, para receber a glória se Ele nos der o que pedimos?
  • Sente-se livre para "incomodá-lo" com o seu pedido: essa liberdade nos é garantida em Sua Palavra (p.ex. Filipenses 4:6) e, não só temos a liberdade para vir à Sua presença com nossos pedidos, mas somos encorajados e incentivados a fazê-lo (1 Timóteo 2:1). Lembremos que, segundo o modelo do "Pai Nosso", devemos pedir perdão pelos nossos pecados (infrações e omissões da perfeição requerida da nossa posição de filhos de Deus), tendo também já perdoado aos que nos prejudicaram de alguma forma, tornando-se assim nossos devedores. Convém sempre lembrar que a dívida que Deus já nos perdoou, que custou o precioso sangue de Cristo, é sempre maior do que qualquer uma que alguém tenha para conosco. É difícil mantermos nossa comunhão com Deus se não perdoarmos aqueles que nos ofendem, obedecendo ao Seu mandamento.
"Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?" (Mateus 7:11). Quando pedimos, nosso Pai nos dará bens: sabendo melhor do que nós aquilo que precisamos, a Sua resposta poderá ser surpreendente, talvez bem diferente daquilo que estamos esperando. Mas será para nosso bem.
Concluindo, lembremos as sábias palavras que um autor desconhecido nos deixou:

Pedi força e vigor
e Deus me mandou dificuldades para me fazer forte.

Pedi sabedoria
e Deus me deu problemas para resolver.

Pedi prosperidade
e Deus me deu energia e cérebro para trabalhar.

Pedi coragem
e Deus me mandou situações perigosas para superar.

Pedi amor
e Deus me mandou pessoas com problemas para eu ajudar.

Pedi favores
e Deus me deu oportunidades.

Não recebi nada do que queria.
Recebi tudo o que precisava.
A minha oração foi atendida.

DE LUGAR NENHUM, PARA O LUGAR ONDE DEUS VAI TE USAR

DE LUGAR NEMHUM PARA O LUGAR QUE DEUS VAI TE USAR 13/05/2020 1 Samuel 16, 17, 18 e 19 Certa vez ouvi um missionário testemunhando qu...