25/02/2013

O SACRIFICIO DE ISAQUE

Gênesis 22.1-18
1. INTRODUÇÃO
A história do quase-sacrifício de Isaque é uma das mais tocantes da Bíblia. Além da sua dimensão psicológica (o que se passava pela mente do pai, que vai sacrificar o filho, e do filho, que vai ser sacrificado), tem uma dimensão existencial profunda, com uma aguda contemporaneidade.
A cena se desenrola em função do monte Moriá, lugar em que, um milênio mais tarde o rei Davi compraria um sitio pertencente a Ornã para nele construir o templo de Jerusalém (1Crônicas 21.18). Foi neste monte onde Abraão esteve para oferecer Isaque que o rei Salomão construiu o templo que levou seu nome (2Crônicas 3.1). Atualmente, há uma mesquita no lugar que se supõe tenha ficado o altar para onde Abraão levou seu filho. Os muçulmanos crêem que foi deste monte que Maomé e seu cavalo subiram para o céu.
Estas informações ajudam a entender por que judeus e palestinos lutam renhidamente por Jerusalém, cidade sagrado para estas duas religiões.
O texto é de poucas palavras. Trata-se de uma narrativa seca, sem explicações. A Bíblia não descreve o que se passa no interior de Abraão, nem de Isaque, parceiro (não sabemos se consciente ou inconsciente) daquela "loucura".
Esta "secura" bíblica torna inesgotável o texto.
2. UM DRAMA REAL
Para termos uma visão mais clara do drama de Abraão-Isaque, o sacrifício humano, especialmente de filhos por seus pais, era uma prática comum nas religiões daquela época. Os pais podiam dispor da vida dos seus filhos para fins religiosos, sem que isto se constituísse crime. Isaque sabia disso.
1. O dilema era profundo. Isaque fôra dado a Abraão e Sara com a promessa que, por meio dele, Deus abençoaria a descendência deles e, por extensão, toda a humanidade.
Agora, Deus lhe uma ordem taxativa, sem espaço para um "não". Abraão não hesitou. A obediência da Abraão é imediata e completa. Não é a primeira que Abraão deixa sua terra. Abraão é sempre um homem disposto a mudar de cidade, se Deus determinar.
Agora, então, novamente sob a ordem de Deus, ele faz uma viagem de quatro dias, deixando sua esposa, seus parentes e seus amigos para uma viagem cuja razão não podia revelar a ninguém, simplesmente porque ia cumprir uma ordem absurda, protagonizando um sacrifício absurdo. Se Isaque morresse, a promessa de Deus não poderia ser cumprida.
Como Deus poderia fazer uma prova dessa, que parece contrariar sua própria promessa? Abraão e Sara o tiveram já velhos. Tinham rejeitado o filho de Abraão e Agar, Ismael. Sem Isaque, ficaram sozinhos. Pais sem filhos, naquela cultura, eram pais condenados ao abandono, ao desperdício dos seus bens e ao desaparecimento do nome da família na história. O nome de Abraão seria apagado. Em certo sentido, o nome de Deus também desapareceria, porque a Abraão, no período histórico, foi o primeiro a ouvir a Sua voz e prestar culto a Ele. Não ficariam sucessores da verdadeira adoração.
O filho da promessa, partindo, acabava a esperança do plano de Deus se realizar. O sentido da vida também iria junto como aquele sacrifício no monte Moriá..
Mesmo neste temor, não há em Abraão sequer uma nota de lamentação. Abraão não pede nada. Abraão não dá ordens a Deus. Apenas obedece. Ele sabia, por experiência própria, que o caminho de Deus é perfeito e que a promessa do Senhor é provada; ele é um escudo para todos os que nele confiam. (Salmo 18.30)
2. Há um outro dado, que acrescenta uma dimensão de angústia ainda maior à decisão de Abraão. Não havia a crença na ressurreição dos mortos. Estamos no alvorecer da fé. A revelação de Deus encontrava-se no amanhecer. Praticamente só no período do Novo Testamento esta crença se tornou real, pelas palavras e ações de Jesus Cristo e especialmente por Sua própria ressurreição.
Diante do fim iminente, Abraão deve ter perguntado, como alguns de nós temos feito na hora de subirmos os nossos moriás:
-- O que é que Deus está querendo me dizer com isto?
3. Abraão, portanto, não estava participando de uma peça teatral. Embora não soubesse como a história iria terminar, ele se mostrou, segundo o texto bíblico, um homem disposto a ir até o fim no drama real por que passava. Portanto, ele subiu o monte para uma tragédia anunciada. Por isto, dele pôde dizer Soren Kierkegaard: "Ninguém foi tão grande quando Abraão. Quem pode compreendê-lo?"
3. A PROVA ONTEM E HOJE
Deus pôs Abraão à prova. E Abraão passou no teste, com "distinção e louvor". Abraão tirou a nota máxima.
Deus sabia que aquilo era um teste e que Abraão seria aprovado. Abraão, no entanto, deve ter tremido e tremido. Possivelmente, deve ter secretamente orado, como Jesus oraria no Getsêmani: "Pai, se for possível, passa de mim este cálice".
Deus fez um teste com Abraão. Seu objetivo era verificar se a esperança de Abraão estava no Pai ou no filho. Seria Abraão capaz de amar a Deus de todo o seu coração e com toda a sua almá? (Mateus 22.37). A prova demonstrou que Abraão vivia pela fé e na força do Espírito Santo.
3.1. Deus nos prova
Esta é uma história de poucos diálogos narrados. Quase ninguém fala. Deus fala no início e no fim. No meio, está em silêncio. Abraão só fala o essencial. É assim mesmo: na provação, experimentamos o silêncio, tanto o silêncio de Deus, quanto o nosso próprio silêncio. Deus não deve dizer nada, para que a prova aconteça; nós ficamos em silêncio porque não temos o que dizer.
A propósito, Deus não se impressiona com nossas palavras, sejam de amor a Ele ou de declaração de confiança a Ele. Deus quer mais que palavras. Deus quer que nós mudemos as nossas mentes.
Para prosseguir, precisamos responder a uma pergunta, em função da experiência de Abraão:
-- Deus nos prova?
A Bíblia informa que sim. Referindo-se ao povo de Israel no caminho para a terra prometida, Deus disse: "Eu te experimentei [testei, provei] junto às águas de Meribá" (Salmo 81.7). Quem lê a história toda, registrada em Êxodo 17, sabe que Moisés/Israel, cinco séculos depois de Abraão, foi reprovado no teste.
Mais de um milênio depois de Isaque, o rei Ezequias passou também por um teste. O cronista bíblico informa que Deus permitiu que tomasse uma decisão errada e arcasse com as suas conseqüências. O autor sagrado, no entanto, acrescenta: "Deus o desamparou, para prová-lo e fazê-lo conhecer tudo o que estava no coração [do rei]" (2Crônicas 32.31).
3.2. Nossa atitude diante da prova
Qual deve ser a nossa atitude diante da prova?
Primeiramente, devemos ter claro para nós que nem todo monte de nossa vida é o Moriá. Nosso problema pode ser o monte decorrente do nosso erro de avaliação ou perspectiva. Nossa dificuldade pode ser o monte decorrente do nosso pecado.
Se estamos noutro monte que não Moriá, devemos nos voltar para Deus e acertar nossas vidas. Só assim Deus, se quiser, poderá nos levar ao verdadeiro Moriá.
Então, se Deus está nos provando, temos que nos portar como Abraão. No terceiro dia da caminhada, depois de avistar o monte do holocausto, ele disse aos adolescentes que os acompanhavam:
-- Sentem-se aqui com o jumento. Eu e o adolescente iremos até lá. Nós nos prostraremos e depois retornaremos aqui.
Abraão disse que os dois, não apenas ele, mas ele e o filho, voltariam.
Pela fé, Abraão subiu ao monte. Pela fé, creu que voltaria e não voltaria sozinho. Abraão não disse essas palavras para "enganar" seus empregados, porque não precisava disso, já que era o senhor deles. Abraão não sabia o que iria acontecer. Tudo o que ele disse, ele o disse pela fé.
Em meio da prova, temos que dizer como Abraão, ao seu filho, enquanto caminhavam para a morte::
-- Deus proverá.
Abraão não sabia o que, quando e como Deus iria prover. Sua resposta foi, ao mesmo tempo, uma afirmativa de fé e uma evasiva. Era como se dissesse:
-- Meu filho, eu não sei. Não vamos pensar nisso agora, não. Basta a cada momento o seu mal. Agora, o que temos que fazer é subir para o holocausto.
O Abraão que disse "Nós voltaremos" e "Deus proverá" levou o filho até o alto, preparou o altar, levantou a mão e ia baixá-la para degolar o adolescente. Abraão disse o que disse pela fé; Abraão fez o que fez pela fé.
A fé que temos aqui é a fé que obedece, mesmo que não entenda. Se precisamos entender, não é fé. Se precisamos ver, não é esperança.
É assim que devemos nos portar. Em lugar de desesperar, o convite que a Bíblia nos faz é outro: confiar. Mesmo que o espinho não seja tirado de nossa carne, mesmo que a figueira não floresça, mesmo que estejamos no vale sombrio da falta de perspectiva, creiamos que Deus fará o que for melhor para nós. Essa é a dinâmica da fé.
3.3. Por que Deus prova?
Na verdade, Deus não precisa nos experimentar, porque nos conhece no fundo da alma. Assim mesmo, o Senhor prova os nossos corações (1Tessalonicenses 2.4).
1. Deus nos prova, porque nós precisamos ser experimentados, para aprendermos a viver e para termos temperada a nossa fé.
Ele faz isto conosco quando é íntimo de nós, para que fiquemos ainda mais íntimos dEle. Deus nos põe à prova para ver se estamos prontos para trilhar os Seus caminhos. A experiência do deserto por parte do povo integrava o projeto de provas do Senhor. ([Moisés disse ao povo: Então,] te lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor teu Deus tem te conduzido durante estes quarenta anos no deserto, a fim de te humilhar e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. -- Deuteronômio 8.2).
Abraão saiu outra pessoa daquele teste. Isaque voltou diferente do morro para onde fora morrer. O mesmo acontece hoje com quem passa pelo teste.
2. Deus nos prova para que o vejamos.
Naquele monte, Abraão viu Deus se manifestando com todo poder. Do meio do nada, surgiu um carneiro para o sacrifício. Moriá ficou conhecido como o monte de Jeová Jirê. Esta expressão pode ser traduzida como Jeová provê, mas também, alternativamente, como "Jeová verá" (como o faz André Chouraqui). Jeová viu o carneiro e o indicou a Abraão.
Quando nós O vemos, nos O conhecemos.
3. Deus nos prova para que o mundo O veja por nosso intermédio.
Nós vemos a Deus pela prova a Abraão. Por isto, ele é o pai da fé, da nossa inclusive. Por sua experiência, nós podemos também conhecer a Deus. Por nosso intermédio, o mundo pode ver Deus.

4. EIS O CORDEIRO
Se Deus nos pode pôr à prova, não devemos fazer o mesmo. Nós já provamos que Ele é bom (Salmo 34.8; 1Pedro 2.3).
O povo de Israel no deserto seguiu por este desvio, endurecendo o coração diante da palavra do Senhor, que sobre este episódio mandou escrever: Vossos pais me tentaram, me provaram e viram a minha obra. [Por isto], durante 40 anos estive irritado com aquela geração e disse: É um povo que erra de coração e não conhece os meus caminhos; por isso jurei na minha ira: Eles não entrarão no meu descanso. (Salmo 95.8-11)
A única prova que podemos fazer com Deus é experimentar as promessas da Sua palavra, como a de que abre as janelas do céu e derrama bênção sobre aqueles que são lhe são fiéis (Malaquias 3.10).
Não podemos pôr Deus à prova, já que Ele já nos deu o Seu Isaque (Jesus Filho), para que pudéssemos ser salvos. Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida (Romanos 5.8-10).
A pergunta de Isaque ecoa na história da humanidade:
-- Onde está o cordeiro?
Abraão só pôde responder: "Deus proverá". Agora, no entanto, a resposta é outra. Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29).
Nós somos Isaque, não o Isaque de Abraão, mas o Isaque de Deus. Deus proveu um Cordeiro para morrer em nosso lugar, para que, como Isaque, pudéssemos descer de Moriá. Ele ficou lá, para que não precisássemos ficar.
Então, o Cordeiro pergunta:
-- Quem aceita o meu sacrifício?
5. CONCLUSÃO
Deus quer "reinar sem nenhum rival em nosso coração". Isto acontece quando "vamos onde o Espírito de Deus quer nos levar", isto é, "ao perfeito relacionamento com o Pai". Isto acontece quando O colocamos acima de todas as coisas. Isto é amar a Deus de modo completo, "com toda a nossa força e com toda a nossa alma, mente, espírito e coração".

24/02/2013

CAINDO DA JANELA


Atos 20: 7- 11
O Apóstolo Paulo estava realizando sua terceira viagem missionária, sabendo que pouco tempo lhe restava e quão necessário era ser diligente em transmitir às igrejas as revelações do Senhor, orientando-as quanto à firmeza na fé, à perseverança, etc., viajou de Filipos para Trôade, na Macedônia, com um grupo de irmãos que o acompanhou para vivenciar grandes experiências naquela cidade.
Atos 20: 7 fala de uma festa espiritual programada para aquele dia: a ceia do Senhor. Podemos imaginar a alegria e a expectativa de todos os servos em ter o apóstolo Paulo em seu meio, narrando as experiências de sua viagens, testemunhando as bênçãos operadas pelo Senhor, e também pelo fato de sua passagem por aquela igreja ser rápida, pois no dia seguinte seguiria para outro lugar. A oportunidade da visita seria de grande valor para todos, pois Paulo era um servo de profundas experiências.
A palavra nos leva a um jovem cujo nome é citado para servir de exemplo, do que pode acontecer aos que dentro da igreja estão alheios, desapercebidos e distraídos com o que se passa do lado de fora,e são por isso indefinidos espiritualmente.

  • Êutico era um jovem que pertencia ao grupo de servos da igreja local.
  • Estava presente àquela reunião tão importante para a igreja.
  • A palavra fala da posição por ele assumida, assentando-se numa janela.
  • Por que não no meio da igreja, com os irmãos, tomando parte do culto, ouvido o relato das bênçãos e de tudo que Paulo tinha para transmitir?
  • A posição dele era de indiferença.
Havia muitas luzes no cenáculo. As muitas luzes falam espiritualmente das muitas revelações que enchiam o ambiente festivo da reunião. Falam também de que não havia motivo para alguém fiel, verdadeiro e definido, sentar-se à janela num momento como aquele.
Da janela, Êutico via o porto da cidade, os navios no mar e também os sons que do mundo atraíam as pessoas que estavam ligadas a ele. Êutico escolheu para ficar, um lugar que servia aos dois lados.
As pessoas da igreja, de tão envolvidas que estavam com a bênção, não viram a posição de perigo, não perceberam o sono que atingiu o jovem Êutico, e também não viram quando ele caiu do terceiro andar do prédio onde estava se realizando o culto.
Isto acontece muitas vezes dentro da própria casa. Os pais não vêem o perigo rondando os filhos que estão envolvidos com aquilo que está do lado de fora. Esquecem de verificar o lugar do perigo, o sono espiritual que lhes envolve e a queda quando lhes sobrevêm.
Êutico caiu da janela do terceiro andar e morreu. Graças a Deus, que Seu poder vai além da morte, e o apóstolo Paulo viu o ocorrido de maneira diferente do que muitos veriam.
- Bem morreu, está morto. Quem mandou ser tão indiferente, indefinido! Agora só resta enterrá-lo.
Para os jovens um aviso:
Sentar-se na janela significa uma situação de perigo sério, que pode levar ao pior, a impossibilidade do retorno espiritual.
Para a igreja, a lembrança de que não se deve desanimar com os fatos, mesmo graves, mas confiar na providência e no poder que o Senhor Jesus tem para ressuscitar.
Atos 20: 10 - Mostra as três atitudes tomadas pelo apóstolo Paulo:
  • Desceu até o jovem – Foi até onde ele estava caído;
  • Inclinou-se sobre ele – Aproximou-se, se achegou a ele a ponto de ouvir os batimentos do seu coração quando ressuscitou;
  • Abraçou-o – Deu-lhe sustento, tomou-o nos braços, transmitiu-lhe o calor do corpo (igreja).

Por último, mostrou a todos o dinamismo da Obra do Espírito:
  • Subiu de volta ao cenáculo;
  • Partiu o pão;
  • Falou-lhes de tudo que tinha que ser dito, até o alvorecer, e
  • Partiu para dar continuidade à Obra.

23/02/2013

O MOMENTO CERTO


 

"Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares."


Josué 1.9

Quando Deus fala palavras como estas, ditas a Josué, o coração fica repleto de felicidade. São as promessas de Deus que nos fortalecem nos momentos difíceis da caminhada. Todos nós queremos receber de Deus estas Palavras, porém poucos de nós estão dispostos a agir como Josué, veja:

- Primeiro: Josué era um homem de fé. Demonstrou isto inúmeras vezes. Ele não se importava com o tamanho do gigante, sua preocupação era unicamente acreditar e pronto. O restante Deus providenciaria, pois Ele prometeu que lhes daria a terra que manava leite e mel.

- Segundo: Josué obedeceu a Voz de Deus que nos versículos anteriores disse: "Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido." (Josué 1.7-8)
Precisamos entender que as Promessas de Deus para nossas vidas estão sempre ligadas a Fé [é preciso acreditar], a se Esforçar [e ter Bom Animo], Manter-se no caminho certo [sem se desviar] e Meditar na Palavra de Deus [de dia e de noite].
Cumpridos estes quatro pontos podemos ter a plena convicção que o Deus que abençoou a Josué estará conosco, pois Ele nos ama com o mesmo amor, e nos protege com o mesmo cuidado. Então Esforça-te e tem Bom Ânimo, pois o que é impossível para homens, é Possível para Deus. É Ele que te dará a vitória, faça no entanto a sua parte: Acredite nEle

17/02/2013

EU E MEU PIOR INIMIGO

Às vezes costuma acontecer que entre os filhos de Deus existe uma tendência de culpar o maligno e os seus ataques por todas as coisas que lhes acontecem e os angustiam. No entanto, temos que lembrar algo que já sabemos: que o maligno está vencido (1ª João 2:13). Quando o nosso Senhor Jesus Cristo morreu, venceu a morte e aquele que tinha o império da morte (Hebreus 2:14). É certo que Satanás anda hoje em dia rugindo como leão, procurando a quem devorar (1ª Pedro 5:8), mas, para aqueles que são nascidos de Deus, e que não praticam o pecado, ele não os pode tocar, porque o Senhor os guarda (1ª João 5:18). Está escrito!
Portanto, embora sempre tenhamos que estar alertas às artimanhas do diabo, nosso principal luta hoje em dia não é contra Satanás. Na realidade, há outra esfera onde devemos olhar com especial cuidado. Hoje nossa maior luta é contra nós mesmos, contra a nossa natureza adâmica, a qual arrastamos dia a dia, e a qual devemos nos negar constantemente. É preciso que nos despojemos de nós mesmos, renunciando assim à impiedade e aos desejos mundanos "da nossa carne" (Tito 2:12). Só assim obteremos mais e mais de Cristo. Só menosprezando as nossas vidas, seremos vencedores (Ap. 12:11).
Às vezes culpamos Satanás dos nossos próprios enganos, e lhe atribuímos os sofrimentos que experimentamos por nosso próprio pecado. Na verdade, o nosso principal inimigo somos nós mesmos. Muitas vezes nos deixamos enganar por nossa suposta "bondade". Cuidado! Enganoso é o coração do homem, quem o conhecerá? (Jeremias 17:9). Nem sequer nós mesmos podemos conhecer os nossos corações e a sua intenção, assim não confiemos nele. O Senhor é quem esquadrinha a nossa mente e prova o nosso coração (Jeremias 17:10). Por isso, os Provérbios de Salomão nos aconselham: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o seu coração". E onde poderemos guardá-lo? Em Cristo, só em Cristo!
Por isso é que Paulo aconselha a Timóteo, dizendo: "Tenha cuidado de ti mesmo" (1ª Timóteo 4:16). Como um sinal de alerta lhe diz: "te cuide, não te deixe enganar". Isto também é válido para nós, não aconteça que enganemos a nós mesmos. É urgente que nos despojemos do velho homem (Colossenses 3:7-10) com tudo o que ele acarreta, inclusive aquilo que nós consideramos "bom". Em nós não há nada bom, podemos ver? Somente Cristo em nós, ele é bom.
Não nos deixemos enganar pelos nossos corações, mas sejamos renovados no espírito da nossa mente, nos vestindo do novo homem (Ef. 4: 22-24).

16/02/2013

LIMPANDO A CASA

Falamos constantemente da importância de seguir os passos de Jesus, imitando o exemplo do nosso Senhor. Paulo disse: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11:1). Pedro acrescentou: “Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos” (1 Pedro 2:21). Aplicando essas instruções, devemos amar como Jesus ama, agüentar calúnias e perseguições como ele as suportava, resistir a tentações como ele o fez, etc.

E a dureza de Jesus? Quando ele fez uma pregação que causou as multidões a irem embora – devemos ser tão fortes? Quando ele expulsou os cambistas e comerciantes do templo – devemos ser tão zelosos, ao ponto de ofender outros?

Leia o relato de João 2:13-17 – “Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá”.

Como devemos aplicar o exemplo de Jesus em nosso serviço ao Senhor?

Deus é Santo - Para entender o zelo de Jesus, precisamos salientar a santidade de Deus.

Santo quer dizer “SEPARADO”.
Deus é separado de nós em dois sentidos. Primeiro, ele é o Criador, e nós, as criaturas (1 Samuel 2:2,6; Salmo 99:1-3). A natureza de Deus é diferente e superior à nossa. Este sentido da santidade de Deus se manifesta na criação que ele fez do nada. Segundo, ele é acima de todo pecado e maldade, e assim separado dos homens pecadores (Josué 24:19-20). Este aspecto da santidade de Deus se manifesta na criação de homens e mulheres com livre arbítrio, ou seja, com a capacidade de fazer escolhas morais.

Deus sempre quis um povo santo. Ele expressou esse desejo na Lei dada aos israelitas (Levítico 11:45). Hoje, ele nos convida a ser santos (1 Pedro 1:15-16). É a santidade que serve como base da nossa obediência à vontade de Deus.

A Santidade de Deus Deve Ser Respeitada no Santuário Dele - Jesus entendeu perfeitamente a santidade de Deus e conheceu bem a história dos santuários terrestres. O tabernáculo feito no deserto de Sinai representava a presença de Deus no meio do povo. Quando entraram para servir no tabernáculo, os sacerdotes foram obrigados a respeitar cuidadosamente a santidade do Senhor. Aqueles que não mostraram reverência total para com Deus foram mortos (Levítico 10:1-3).

Quase cinco séculos mais tarde, o templo em Jerusalém foi construído como uma casa mais permanente para Deus. Deus o santificou como sua habitação (1 Reis 9:3), mas disse que ficaria no meio do povo somente se Israel fosse fiel (1 Reis 9:6-9).

Quando Jesus chegou a Jerusalém e viu os homens profanando a casa de Deus, ele agiu com coragem e dureza. Em duas ocasiões, ele expulsou os comerciantes do templo (João 2:13-17, e três anos depois, em Mateus 21:12-13). Jesus respeitou a santidade do santuário de Deus, mesmo quando os líderes religiosos se mostraram relaxados nos seus deveres.

- O Cristão: Santuário de Deus -

Em 1 Coríntios 6:19-20, Paulo disse: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”.
- Cada cristão deve se enxergar como o templo de Deus -
Deus habita em nós, e deve ser glorificado e santificado pela nossa vida. Com essa base, compreendemos o problema do pecado. A nossa desobediência mancha e estraga o santuário de Deus. Um povo santo, o povo que Deus sempre quis, começa comigo e com você! Devemos ser santos, como ele é santo.

Agora chegamos à aplicação difícil:
Imitamos o exemplo de Jesus em relação à pureza da nossa vida? Temos a coragem e o zelo para expulsar o pecado das nossas vidas? Temos a vontade de enfrentar as nossas fraquezas e tirar qualquer conduta ou atitude que milita contra a santidade do nosso Criador?

- A Igreja: Santuário de Deus -

A figura do santuário de Deus é usada, também, para descrever a igreja de Jesus. Paulo fala à igreja quando diz: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (1 Coríntios 3:16-17). Em outra carta, ele diz que a igreja é a casa de Deus (1 Timóteo 3:14-15). Esses dois trechos mostram a importância de procedimento digno na igreja, tanto na edificação como na organização dela. A igreja deve ser zelosa em manter a doutrina pura e praticar somente as coisas autorizadas por Jesus.

Deus não habitará numa casa suja e poluída pela iniqüidade.

As cartas às igrejas da Ásia mostram a importância de manter a santidade da igreja. O Senhor rejeitará uma igreja que perdeu o seu amor (Apocalipse 2:4-5). Ele não ficará numa congregação que tolera falsas doutrinas ou imoralidade (Apocalipse 2:14-16,20). Uma igreja morta, cujas obras não sejam íntegras, será castigada por Jesus (Apocalipse 3:2-3). Ele vomitará da boca uma igreja morna e satisfeita (Apocalipse 3:15-17).
Como é que mantemos a santidade de uma igreja?
1. Precisamos tirar a impureza da nossa própria vida. Eu faço parte da congregação. Se eu limpar o meu coração, a igreja ficará mais limpa.
2. Devemos ajudar os nossos irmãos a se purificarem do pecado. Quando recuperamos o irmão que tropeçou (Gálatas 6:1-2), ou convertemos aquele que desviou (Tiago 5:19-20), a igreja ficará mais pura.
3. Quando um irmão persiste no pecado, somos obrigados a expulsá-lo do nosso meio (1 Coríntios 5:1-13; 2 Tessalonicenses 3:6-14). Algumas das igrejas da Ásia foram reprovadas por não fazer isso. Uma igreja que tolera o pecado aberto e persistente não ama a Deus acima de tudo. Se ela não mostrar o arrependimento, o Senhor removerá o seu candeeiro!

- Sejamos Zelosos! -

Jesus falou para a igreja de Laodicéia: “Sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Apocalipse 3:19). No Velho Testamento, homens zelosos se mostraram radicais em tirar a má influência do pecado do meio do povo. Finéias matou os rebeldes e poupou Israel da praga que estava matando o povo (Números 25:1-13). Deus elogiou o zelo desse servo: “Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois estava animado com o meu zelo entre eles; de sorte que, no meu zelo, não consumi os filhos de Israel” (Números 25:11).
Em vários outros casos, servos fiéis escolheram Deus acima dos próprios filhos e irmãos. Quando Nadabe e Abiú morreram na rebeldia contra Deus, seu pai e seus irmãos continuaram no tabernáculo, respeitando a santidade de Deus (Levítico 10:3-7). Pais de filhos rebeldes foram instruídos a entregá-los à justiça para serem mortos, assim eliminando o mal do meio da congregação (Deuteronômio 21:18-21). A vontade de Deus e a pureza da congregação foram mais importantes do que a vida de um filho.

O povo de Israel recebeu de Deus uma lei que servia para governá-lo, tanto na vida espiritual, como nas questões civis. Por isso, o “governo” castigava as pessoas que desobedeciam as leis religiosas. Hoje, o governo ainda castiga malfeitores para manter ordem na sociedade (Romanos 13:1-4), mas a igreja não mata as pessoas que desobedecem as instruções religiosas que Deus nos deu! Devemos ter o mesmo zelo de Finéias, mas não o mostramos da mesma maneira.

O ensinamento do Novo Testamento requer o nosso zelo para manter a pureza da igreja.

Já citamos instruções dadas aos coríntios e aos tessalonicenses sobre a necessidade de nos afastar de irmãos que voltam ao pecado. Muitas pessoas acham tal ensinamento duro demais, e muitas igrejas recusam seguí-lo. Quando procuramos um “jeitinho” para evitar esses mandamentos, ou simplesmente ignoramos a palavra de Deus, as conseqüências são gravíssimas:
1. O pecador permanece no erro, cauterizando a própria consciência;
2. Nós nos tornamos cúmplices, sujando a santa igreja com o pecado não corrigido;
3. Pela nossa conduta desobediente, mostramo-nos indignos de Deus, pois escolhemos a amizade de pecadores acima da santidade de Deus.

A necessidade de aplicar ensinamentos “duros” envolve, muitas vezes, membros da própria família. Às vezes, é necessário nos afastar de parentes “cristãos” que voltam ao pecado. Em vez de oferecer desculpas para justificar a nossa desobediência, a própria família deve ser a primeira na aplicação da disciplina de Deus ao pecador. Pode ser necessário falar para alguém, até da própria família:

“Você pode escolher o pecado e a eternidade no inferno, mas eu não vou junto!”

Purificar ou Destruir - A inda há mais um capítulo na história da purificação do templo. Na mesma semana da segunda purificação, Jesus avisou o povo que voltaria para destruir o templo em Jerusalém (Mateus 23:37-38; 24:2). Quarenta anos depois, ele usou o exército romano para cumprir a sua palavra. Jesus fez tudo para salvar o povo e estabelecer a sua comunhão com eles, mas rejeitaram os seus apelos. Devemos aprender a lição. Se não tivermos o zelo para purificar o santuário de Deus, a nossa casa ficará deserta.

Não é fácil ser um povo santo, mas somente os santos têm a esperança da vida eterna com Deus. Sejamos santos, porque Deus é santo! (1 Pedro 14-16)

11/02/2013

PELA FÉ ABRAÃO CREU QUE HERDARIA A TERRA PROMETIDA.

O que é fé? O autor aos Hebreus diz que “fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” (Hb 11.1). É a certeza de esperar que tudo o que Deus prometeu em Sua palavra será cumprido. Pode demorar muito tempo, mas é ter certeza que Deus é fiel em cumprir o que prometeu. Porque esta certeza vem da fé que o Espírito Santo produz em nosso coração. Essa fé nos dar uma convicção tão imensa, que não precisamos ver nada na nossa frente para crermos. É crer naquilo em que não se pode ver. Só se pode ver com os olhos da fé. Essa fé faz com que creiamos no nosso Senhor Jesus Cristo, que ele voltará para nos levar para si mesmo.
Deus é espírito e por isso não se pode ver-lo. Mas pela fé é como se nós víssemos Deus. Assim como um cego sente o calor do sol e sabe que ele existe. Assim é o homem que tem fé. Pela fé sentimos em nosso coração que Deus existe. Pela fé podemos ver pela natureza que Deus existe. Tudo isso é fé. Fé é ter certeza, confiança e esperança de que Deus é fiel em cumprir suas promessas.
Irmãos no nosso texto vimos alguém que demonstrou tamanha fé em Deus. Essa pessoa foi Abraão, o pai de todos os crentes. O pai na fé dos crentes andou com Deus; “ele foi chamado amigo de Deus” (Tg 2.2). Abraão creu em Deus. Isso nós podemos ver em nosso texto como Abraão confiou na fidelidade de Deus.

1. pela fé, partiu sem saber para onde ia, (Hb11.8).

Irmãos, quando nós vamos nos mudar, procuramos saber exatamente para onde iremos. Porque antes observamos: a cidade, o bairro onde iremos morar, a casa. Nós nos preocupamos com tudo. Queremos saber tudo para onde vamos. Queremos saber em que terreno estamos pisando. Se é terra firme ou areia movediça. Queremos sempre ver com os nossos próprios olhos para onde iremos. Agora, imagine que alguém chega para você e diz: sai da tua terra, de perto dos teus familiares e, vai em direção ao norte ou ao sul, e deixa sua terra e familiares para trás. Se você faria isso eu não sei. Eu só sei que eu não faria.
Mas na palavra de Deus aconteceu isso. Em Gênesis 12.1 diz: “Ora, disse o Senhor a Abrão: sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei”. Abraão foi à pessoa que recebeu essa ordem. Ele tinha que deixar tudo para trás. Deixar o conhecido pelo desconhecido. Deixar o visível pelo invisível. Era uma decisão difícil para Abraão tomar. Ele ia sair da sua pátria, sua terra natal. Tinha que deixar seus familiares para trás. Tinha que sair da casa de seu pai. Aquele que sempre esteve ao seu lado. Colocando comida em casa e dando o que vestir. Tudo o que ele necessitasse seu pai estava ao seu lado para dar. Como todos sabem o pai é um dos entes mais queridos, mais amados que uma pessoa pode ter. Qual a decisão de Abraão? Será que ele demorou a tomar a decisão? NÃO! Ele não demorou em partir. Bem o Senhor não terminou de falar, partiu Abraão, como diz em Gênesis 12.4: “partiu, pois, Abrão como lhe ordenara o Senhor”.
Por que Abraão tomou a decisão tão rápida? Qual a sua garantia de que realmente herdaria a terra? Ele tinha algum documento comprovando que a terra era dele? Não, ele não tinha nenhum documento comprovando que a terra era dele! Aliás, que terra? Abraão nem sabia para onde estava indo. Abraão não poderia nem informar seus parentes para onde ele estava indo, porque ele mesmo não sabia. O Senhor apenas disse que iria mostrar a terra. O Senhor disse que depois, no futuro mostraria a terra.
É muito importante observarmos isso. Abraão obedeceu à voz do Senhor e partiu. O motivo de Abraão tomar a decisão tão rápida foi a FÉ. Hebreus 11.8 diz: “PELA FÉ, Abraão quando chamado, OBEDECEU, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber para aonde ia”. Foi pela fé que Abraão obedeceu. Não foi um ato irresponsável dele. Mas foi confiando na promessa do Senhor, que Abraão deixou o conhecido pelo desconhecido. No nosso texto diz que ele não sabia para aonde ia. Em Gênesis 12 o Senhor manda-o sair da sua terra, mas não diz qual terra era. Só quando ele chega em Canaã, é que o Senhor diz que Canaã seria dele, como diz Gênesis 15.7: “Disse-lhe mais: eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta terra”. O Senhor só confirma qual seria a terra, quando ele está na terra.
O autor de Hebreus diz que foi pela fé que Abraão confiou no Senhor. Obedecendo a sua voz. A obediência de Abraão mostra uma fé viva no Senhor. Em momento algum – quando o Senhor ordenou que ele deixasse o conhecido (sua terra natal), para ir para o desconhecido – vemos Abraão duvidando. Pelo contrário, o vemos obedecendo ao Senhor.
Ele creu pela fé no Senhor. Ele não precisou de qualquer garantia humana para obedecer. Mas confiou na fidelidade do Senhor em manter as suas promessas. A fé de Abraão estava fixada nas promessas do Senhor. Por isso ele não precisava de nenhuma outra garantia além das promessas do Senhor para crê. Ele creu que o Senhor daria aquela herança prometida, a terra de Canaã. Mesmo não sabendo para onde iria, ele demonstrou fé. Fé que é expressa na sua obediência ao Senhor. Abraão partiu em esperança contra esperança. Contra toda esperança humana. Aos olhos humanos ele não iria conseguir nada. Iria fracassar e morrer. Mas ele creu em esperança, isto é, com tranqüilidade singular, com expectação certa.
Porque Deus havia dito: eu te darei esta terra por herança. A Bíblia chama Abraão o pai de todos aqueles que crêem. Abraão realmente nos ensina a ter fé no Senhor. Não uma fé duvidosa, mas uma fé confiante que o Senhor cumprirá o que prometera. Abraão creu no Senhor e assim o Senhor foi honrado. Abraão fez da palavra de Deus a sua segurança e a sua base, que Deus realmente seria fiel.
Através de Abraão todos podiam e podem ver que o Senhor é um Deus fiel e que sempre cumpre a sua promessa. O Senhor permaneceu fiel as suas promessas feitas a Abraão. Abraão manifestou sua fé, obedecendo à voz do Senhor como um servo fiel. E partiu porque sabia que iria receber aquele lugar como herança dada pelo Senhor.
Para nós não é diferente para nós que cremos no Senhor. Nós não vimos o Senhor Jesus Cristo com os nossos próprios olhos. Mas nós cremos que Ele morreu para nos salvar. Ele nos tornou herdeiro da vida eterna, através do seu sacrifício na cruz. É somente através da fé que temos certeza que Deus é fiel em cumprir tudo o que Ele prometeu a nós. A fé nos direcionar para a fidelidade do Senhor. Como mostra nosso texto. A fidelidade do Senhor para com os seus filhos amados. Por isso nós não precisamos de nada mais do que a palavra do Senhor que é fiel.

2. Pela habitou na tera da promessa como estrangeiro, (Hb 11.9).

Abraão partiu para um lugar desconhecido. Não sabia para onde ia. Mas pela fé ele creu em Deus. Ele recebeu as promessas de Deus de que ele se tornaria herdeiro de um lugar que Deus lhe daria. Esse lugar era a terra de Canaã, a terra da promessa. Abraão viajou de Harã para Canaã, deixando para trás seus parentes.
Quando Abraão chega lá, na terra, tem uma surpresa. A terra está habitada por outras pessoas. Ele quando entra na terra prometida é recebido como estrangeiro e intruso. Em vez de chegar lá na terra e se apropriar da herança, ele é tratado como um intruso. Onde estava a herança pela qual havia esperado? E pior depois de chegar na terra, um pouco mais tarde, houve fome naquela terra e teve que ir para o Egito (Gn 12.10). Uma dura realidade que Abraão enfrentou. Ele deixou sua terra natal e agora não pode se apossar da terra prometida por Deus. Ele habitou na terra da herança em tendas. Ele que devia fixar-se como proprietário da terra dada por herança, passa a habitar em tendas. Ele passou a ser um peregrino na terra da promessa. Sua estadia na terra era tão temporária quanto às estacas que se usava para armar as tendas. Ele com seu filho e neto não passaram de estrangeiros e peregrinos em terra alheia (Hb 11.8). Em Hebreus 11.13 lemos: “Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra”.
Foi Jacó quem fez tal confissão, quando respondeu a Faraó que o tempo de suas peregrinações foram muito breve em comparação com o tempo das peregrinações de seus pais, e repassadas de muitas dificuldades (Gn 47.9).
Irmãos, o que aconteceu com a promessa de Deus dá a terra a Abraão como herança? Em vez dele se apossar da terra é recebido como estrangeiro. Ele tem que habitar em tendas como peregrino que não tem morada. Por causa da fome fugiu para o Egito, saindo da terra de Canaã. Cadê a herança dada por Deus!?
Uma pergunta muito importante irmãos: Por que sempre escutamos que Abraão e seus descendentes são estrangeiros? Por que a Bíblia faz questão de mencionar que eles são estarngeiros? Por que? Por que irmãos?
Irmãos, Abraão é chamado de estrangeiro, mas em Gênesis 23 falando da morte de sua esposa Sara e que por causa disso ele compra a caverna de Macpela para enterrar sua esposa. Ele comprou um terreno! Então, ele poderia comprar mais terra e construir sua casa. Ele já não seria mais estrangeiro. E mais, ele já comprou um terreno. Mas mesmo assim a Bíblia chama-o de estrangeiro. Por que? Não é estranho?
Irmãos, se olharmos bem o meio em que Abraão e seus descendentes estão vivendo é um mundo hostil. Aqueles povos são povos idolatras! Aquelas nações vivem fazendo tudo o que são contrário aos mandamentos de Deus. Eles odoram ídolos. Eles servem a suas próprias invenções. São povos descrentes. Povos que não servem ao Deus de Abraão. Eles não se comportam em conformidade com as ordenanças do senhor.
Os irmãos entendem agora porque Abraão é chamado de estrangeiro? O motivo é a sua fé em Deus! Ele era estrangeiro por causa da sua fé. Por causa da sua fé, ele é tratado de maneira diferente. Ele não praticava idolatria e nem fazia o que aqueles descrentes faziam. Mas ele confiava em Deus com todo o seu coração. Ele buscava fazer o melhor para que o nome de Deus fosse glorificado no meio dos descrentes. Ele viveu como um crente fiel. Vivendo em santidade em meio a uma sociedade imoral. Com toda sua vida ele foi fiel a Deus. Uma fé imensa. É por isso que a Bíblia chama-o de o pai de todos os crentes.
Nós somos filhos na fé de Abraão. Por isso somos estrangeiros nessa terra. Nós somos brasileiros, porque nascemos no Brasil e por isso temos nossos direitos. Temos uma casa que se não for nossa mesma é do nosso pai e ninguém pode tirar esse direito. Porém, mesmo assim SOMOS ESTRANGEIROS. Estrangeiros por causa da nossa fé no Senhor Jesus. Nós não cremos como o mundo. Não vivemos como o mundo. Por isso somos estrangeiros. Somos muitas vezes motivos de piadas porque não fazemos o que os descrentes fazem. Também podemos ser estrangeiros dentro da nossa própria casa. Quando você se torna um cristão, sofremos perseguições até por parte da nossa própria família. Eles começam a criticar dizendo: “você agora não tem mais tempo para fazer nada em casa. Você só quer está na igreja agora”. Isso é apenas um dos modos pelo qual sofremos. Por causa da nossa fé no Senhor Jesus Cristo. Por causa do nome de Cristo somos perseguidos. O Senhor Jesus Cristo disse que aquele que servir a ele será perseguido por causa do seu nome. Ser estrangeiro é ser fiel ao que cremos. É ser um crente que sofre por causa do nome de Cristo.
Temos que confiar na promessa do senhor. Confiando como Abraão confiou nas promessas do senhor. Nunca duvide das promessas do SENHOR. Porque o SENHOR é fiel e Ele cumprirá o que prometeu. E isso nos leva ao terceiro ponto.

3. Pela, aguardava a cidade que tem fundamentos (Hb 11.10).

Irmãos, a fé de Abraão em Deus era muito grande. Ele creu nas promessas de Deus. Ele não precisou ver a terra para poder crer em Deus. Ele creu no invisível. Fé, como define o autor da carta aos Hebreus no capítulo 11.1: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem”. Não foi com os olhos físicos que Abraão viu a promessa de Deus. Mas foi com os olhos da fé que ele creu.
Mesmo sem ver a terra prometida, ele teve esperança e convicção nas coisas que estavam invisíveis aos olhos físicos, mas visível aos olhos da fé. A esperança dele foi além da terra de Canaã dada por Deus como herança.
A atitude de viver como peregrino não é contrária a promessa? Na promessa Deus diz que dará por herança a terra de Canaã. Cadê a herança? Afinal de conta: o que é uma herança? Até agora ele não recebeu a herança e como ele aguardava a cidade que tem fundamentos? Isso foi muito difícil para Abraão? Isaque e Jacó que eram co-herdeiros com ele, eles viveram do mesmo modo. Quanto mais longa era a espera, mais intenso era o desânimo, caso não rejeitassem todos os assaltos da dúvida, segurando, empunhando o escudo da fé.
Mesmo com todos os acontecimentos Abraão não duvidou que o Senhor daria a herança prometida. Ele perseverou na fé. Ele poderia ter desanimado quando chegou na terra e não pôde tomar posse. Em vez disso ele foi tratado como um estrangeiro na terra de outros. Quando tudo parecia estar errado, ele pela fé, perseverou nas promessas do Senhor. Ele confiou que o Senhor é fiel. Mesmo que o mundo mostre o contrário, Deus permanece firme com suas promessas. Esse foi o consolo, a confiança de Abraão. Em saber que no céu habita um Deus fiel. Em saber que esse Deus nunca o deixaria na mão.
Porque uma fé duvidosa é algo assim como fogo frio ou água seca. Fé e dúvida não se encaixam. E a fé de Abraão em Deus estava acima de qualquer dúvida ou desconfiança.
Esse é um exemplo de fé que nós crentes devemos ter. Uma fé que enfrenta as dificuldades. Que persevera em frente às provações e tentações. Que crer que Jesus Cristo pelo seu único sacrifício conquistou a vida eterna para nós. Que iremos viver com Deus. Obediência e fé estão intimamente ligadas. Pela fé Abraão foi obediente a ponto de ir de encontro contra tudo e contra todos neste mundo. Pela obediência da fé ele foi fiel a Deus. E isso agrada a Deus. Porque sem fé é impossível agradar a Deus.
E isso é verdade! Porque sem fé não podemos agradar a Deus. Porque no momento das dificuldades iremos fracassar se não temos uma fé firme em Deus. Devemos ter uma fé que não duvida nas promessas do Senhor. Mas que apesar das dificuldades, vamos levantar os olhos para os céus, lá onde nosso Senhor Jesus Cristo está sentado à direita de Deus Pai. Buscando consolo em sua proteção. Porque todos nós somos peregrinos como Abraão. Em todos os momentos devemos buscá-Lo. Isso é confiar no Senhor.
O fato de Abraão viver em tenda, mostra que ele confiava que herdaria a terra prometida por Deus. Como diz no verso 16 do capítulo 11 de Hebreus: “Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial”. Ele aguardava a cidade que tem fundamentos. Abraão confiava com muita fé na promessa do Senhor de herdar a terra. O que é uma herança? E como se pode receber? Uma herança é algo dado. Você não pode exigir para receber. Apenas receber de alguém que resolveu dar algo, só porque ele quis.
Em Hebreus 11.10 diz: “Porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador”. Ele sabia que era Deus que iria construir a cidade celestial. É por isso que Abraão disse ao rei de Sodoma, depois que libertou seu sobrinho que tinha sido preso.
Assim diz Gênesis 14.21-24: “Então, disse o rei de Sodoma a Abrão: Dá-me as pessoas, e os bens ficarão contigo. Mas Abrão lhe respondeu: Levanto a mão ao senhor, Deus Altíssimo, o que possui os céus e a terra, e juro que nada tomarei de tudo o que te pertence, nem um fio, nem uma correia de sandália, para que não digas: Eu enriqueci a Abrão; nada quero para mim, senão o que os rapazes comeram e a parte que toca aos homens Aner, Escol e Manre, que foram comigo; estes que tomem o seu quinhão”.
Abraão confiava que realmente o SENHOR iria construir a cidade que tem fundamentos. Que Deus daria a terra prometida. Essa promessa ia ser concedida por Deus a Abraão. Abraão era muito rico e por isso ele poderia comprar muitas terras. Também recebendo terra dos homens, como o caso do rei de Sodoma que ofereceu bens. Desse modo Abraão poderia conquistar a terra de Canaã.
Mas ele não recebeu bem algum e nem comprou terra para construir sua morada fixa. Por que não? Porque ele esperava o senhor entrega-lhe a terra proemtida. Ele creu que essa cidade iria ser planeja e edificada pelo próprio Deus. Da qual Deus é o arquiteto e edificador (Hb 11.10). Por isso ele recusou-se receber bens e comprar terras. Porque ele sabia que o senhor cumpriria a sua promessa.
Essa cidade é descrita em Apocalipse 21 como sendo a nova Jerusalém. A qual o autor aos Hebreus diz no verso 10: “da qual Deus é o arquiteto e edificador”. Quer dizer, foi Deus quem desenhou, planejou essa cidade. Ele planejou todos os detalhes dela. E mais do que isso. Ele mesmo foi quem lançou os alicerces. Ele mesmo edificou a cidade com seu imenso poder. Deus com seu poder criou uma cidade belíssima. Essa cidade era a morada que Abraão esperava. Sua fé em Deus permaneceu até o fim e Deus foi fiel em tudo. Em tudo o que prometeu a Abraão e a sua descendência. Abraão sabia muito bem que sua vida aqui na terra era passageira. Que os bens materiais de nada adiantavam para ele. Ele não acumulou bens algum nesta terra. Ele aguardava a cidade que tem fundamentos, a qual é a sua herança. A cidade que o próprio Deus construiu, que tem fundamentos eternos.
Ele teve paciência nas promessas de Deus. E por isso, Deus deu a herança, a morada na nova Jerusalém.
Irmãos, a nossa fé em Deus tem que ser uma fé viva. A nossa fé tem que ser uma chama que nos consome com um fervor imenso. Um fervor por confiar em Deus. De buscarmos ao nosso Senhor Jesus Cristo. A fé de Abraão foi imensa. Ele naquela época já esperava ansioso pela nova Jerusalém. Para ele estava perto. E para nós? Para nós está mais próximo ainda. O dia da volta de Cristo está próximo. E aquele que permanecer firme, Cristo o levará para si. E ele entrará nas bodas do cordeiro. Habitará na cidade de Deus. Deus será a luz da cidade. Só haverá alegria. Os fiéis estarão com Deus. “Por isso, Deus não se envergonhará deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade” (Hb 11.16b). Então, a promessa feita a Abraão e seus descendentes será cumprida completamente. A promessa de ser o Deus dele e de seus descendentes.
Isso é um consolo para nós também. Porque essa promessa é também para nós. A esperança de viver na nova Jerusalém. De pertencer a uma pátria celestial. Uma pátria em que Deus é o Rei celestial. E nós fazemos parte desse reino. Devemos desejar ardentemente por estar na nova Jerusalém. Em eterna felicidade para todo sempre, na presença de Deus. Esperando ansiosamente pela volta de Cristo. Para ser levado por Ele para a nova Jerusalém.
Nós que cremos em Deus. Que manifestamos nossa fé em Jesus Cristo. Que cremos com os olhos da fé. Estaremos junto de Jesus Cristo. Moraremos na cidade com Deus, a nova Jerusalém para todo sempre.
Amém.

08/02/2013

FESTA DA CARNE

Mais uma celebração vem por aí. O Brasil é tradicionalmente conhecido como o país do carnaval. Normalmente esta festa da carne, esta celebração pagã acontece no mês de fevereiro de cada ano. Em todas as cidades e principalmente nas capitais, milhares de pessoas se preparam para o tão sonhado acontecimento. Em algumas regiões semanas inteiras são dedicados aos foliões que se habilitam a percorrerem as principais avenidas atrás de um carro de som extravasando suas emoções e suas paixões carnais.

Um Site da Bahia faz o seguinte convite: "Pule o carnaval Carnal, lúdico, dilacerador, espiritualizado, físico, o Carnaval da Bahia é a maior festa urbana do Brasil, criada e mantida pelo povo. Uma manifestação espontânea, criadora, livre, pura, onde todos são-com maior ou menor competência-sambistas, frevistas, loucos dançarinos, na emoção suada atrás do som estridente, eletrizante, do trio. Ou no ritmo calmo, forte, tranqüilizante, orientalizado, do afoxé, incorporado num só movimento. Um ato de entrega, de transe e êxtase, de liberação de todas as tensões reprimidas e da envolvência absoluta entre o real e o fantástico, capaz de, num único e frenético impulso, balançar o chão da praça."

Fantasias das mais variadas cores extravagantes e modelos com criatividades sem precedentes, desfilam pelas passarelas. O culto à sensualidade já marca o compasso de espera e é a marca registrada dos componentes, dos integrantes das escolas de samba que desfilam seus carros alegóricos em meios às luzes dos refletores e câmaras de TVs tentando focar os corpos desnudos das mulheres em meios aos gritos desconexos vindo das arquibancadas abarrotadas de multidões esperando suas escolas passarem para serem aclamadas e reverenciadas como um culto explicito ao paganismo declarado.

Durante quatro dias toda esta movimentação aparentemente harmoniosa com ritmos atordoantes e alucinantes regados a bebidas alcoólicas e sexo sem limites enchem ilusoriamente o coração de seus participantes nos variados clubes das noites, na esperança de poderem neste espaço de tempo ceder sem nenhum temor a Deus às suas luxurias, na ignorância de que na quarta-feira confessando os seus excessos pecaminosos, através da figuração das cinzas, serão de seus pecados perdoados como se Deus tivesse permitido, dado o seu aval para outros deuses serem venerados e adorados nesta celebração.

Talvez você não concorde comigo, porém Infelizmente o maior inimigo do ser humano é a sua ignorância. A ignorância têm cegado o entendimento, a lucidez da mente, porém Deus declara com muita rigidez em sua Palavra, a Bíblia as seguintes advertências:

Num.14:18-O Senhor é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, que o culpado não tem por inocente, e visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos até à terceira e quarta geração.

Rm. 8.5-8,12-14 - que "os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.

Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus. Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos segundo a carne; porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.

Gal.5:13,24-Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade par dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. Os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.

Gal.6:8-Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.

Amigo(a) internauta. No período de carnaval do ano 1976 eu me preparava mais uma vez para celebrar esta festa pagã com meus primos, quando Deus mudou radicalmente a história da minha vida. À convite de meu irmão Nilson R. Gouvêa escolhi participar naquele ano de um retiro de jovens em um local chamado Acampamento Clay na cidade de Paracambí-RJ. Em meio a vários jovens, Deus restaurou a minha vida naqueles dias. Deu-me uma nova visão da Vida Eterna, perdoou os meus pecados. A seguir Deus me preparou, me capacitou, me deu uma esposa maravilhosa, filhos maravilhosos e um ministério que pretendo continuar desenvolvendo com a Graça Dele até os últimos dias da minha vida. Nestes vinte e oito anos de vida com Deus não me arrependo um só instante daquele período de carnaval em que tomei a mais sábia decisão de todos os tempos, ou seja, Entregar-me sem reservas a Único e Soberano Deus dos deuses, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

Naquela oportunidade impar lembro-me da declaração de entrega que fiz ao Senhor. Eu disse para Ele com toda sinceridade:"Senhor. Eis a minha vida em tuas mãos. Faz da minha vida aquilo que tu queres". Todas as bênçãos que tenho continuadamente obtido do Senhor teve a sua origem nesta simples, porém sincera declaração de entrega.

Hoje querido(a) amigo(a) Deus está lhe dando uma oportunidade através deste breve comentário. Ele quer que você mude, cancele os seus planos de "se envolver neste carnaval". Tome a melhor decisão de sua vida. Escolha Jesus Cristo.

Veja que você pode fazer:

1. Se arrependa de seus pecados

2. Confessá-os ao Senhor

3. Peça que Jesus faça morada em sua vida

4. Ande em novidade de vida.


Tome uma decisão inteligente e racional. Saia da ignorância e pare de ouvir os pedidos do diabo para que você se envolva mais uma vez este ano. Jesus está pronto para libertá-lo (a) desta prisão que você se encontra. Venha para a Vida, Venha para Jesus.

A verdadeira vida você só encontra em Jesus.

A verdadeira alegria está em Jesus

A verdadeira paz é Cristo Jesus

Jesus é o caminho, a verdade e a vida.

Em minhas palavras finais quero incentivá-lo (a) a procurar uma Igreja evangélica mais próxima de sua casa.

Veja a programação desta Igreja para o período de carnaval. Se inscreva nas atividades. Mude a sua trajetória radicalmente e me conte depois o que Deus fez em sua vida. Eu tenho a certeza absoluta que Jesus Cristo não vai decepcioná-lo (a). Sua vida não vai ser mais a mesma. Você vai experimentar a presença, a unção saudável do Espírito Santo em sua vida. Tudo vai ser diferente e coisas antigas vão ficar definitivamente para trás no passado

Receba a oração:

Amado Deus. Tudo que o Espírito me pediu que eu escrevesse, eu escrevi. Não cabe a mim a tarefa do convencimento. Somente o Senhor pode fazê-lo. Eu não sei quantas pessoas terão acesso a estas informações de sua Palavra, porém estou certo em fé que aquelas cujo coração for maleável, terra boa, com certeza milagres irão acontecer.

Quero orar pedindo ao Senhor que as correntes que estão enlaçando milhares de vida este ano nesta festa da carnalidade e do paganismo caia por terra em nome de Jesus de Nazaré. Salve e liberte agora mesmo esta pessoa que está lendo esta oração e que ainda não entregou a sua vida para Jesus. Que o povo de Deus concorde com estas declarações, porque a tua Palavra é bem clara quando diz: "Que se ligarmos alguma coisa aqui na terra o Senhor ligará no céu. Declaramos portanto que os intentos do diabo sobre a nossa nação bem como a salvação e libertação de milhares e milhares de pessoas seja uma realidade notória este ano, como nunca antes se viu nos anais da história. Oro em nome de Jesus a quem dou Honras,

Glórias e Louvores, hoje e sempre, Amém e Amém.

DEPENDENDO DE DEUS

João 15:5


 Quando nascemos somos totalmente dependentes. Precisamos de alguém para satisfazer as nossas necessidades mais básicas. Precisamos de alguém para comer, vestir, tratar nossas dores, dar banho, etc.

A medida que vamos crescendo, nossa curiosidade e o nosso desejo de satisfazê-la nos guiam a independência. Pouco a pouco vamos precisando menos dos outros e, por isso, fazemos mais o que queremos e menos o que os outros querem. Além de sermos educados para sermos independentes.

Na vida espiritual a independência é uma tolice, uma mentira, pois não temos todo o poder e conhecimento necessário para tomar as decisões certas. Mesmo na vida normal não temos, mas o orgulho pessoal nos leva a querermos organizar a nossa vida (às vezes a de outros) a nossa maneira. Isso nos leva a uma vida cheia de insatisfações, sofrimentos, tristezas, frustrações e ausências (sempre nos falta algo). Poucos estão satisfeitos com suas vidas, a maioria ou está conformada ou insatisfeita.

Só Deus tem todo o poder e conhecimento necessários para nos conduzir a uma vida abundante, se é isso o que queremos  e precisamos:


1)Confiar em Jesus. Sem isso teremos medo ou nos sentiremos inseguros para obedecê-Lo ou deixá-Lo nos conduzir.


2)Permanecer em Jesus. Isso quer dizer que não devemos fazer nada que não seja vontade de Deus para nós.


3)Depender de Jesus. Sem o conhecimento do futuro, ou o poder necessário para alterar as circunstâncias adversas, somos cegos sem direção tomando as decisões erradas sobre o nosso destino. Por mais independentes que sejamos temos quem reconhecer que precisamos de Jesus e que sem Ele nada podemos fazer, não conseguimos nada.

Na vida com Deus pode levar um tempo para dependermos de Deus totalmente, mas precisamos lembrar que sem Ele nada poderemos fazer. Você reconhece que precisa de Jesus? Quer depender Dele?

02/02/2013

NOSSA FÉ NO TRÂNSITO


A minha fé manifesta-se, mais vezes que gostaria de admitir, no trânsito. A autenticidade da minha vida cristã, atrás do anonimato do insulfilme. Nos momentos em que somos provocados por “barbeiros” e tentados a “defender nossos direitos”, especialmente de chegar 5 segundos mais cedo no próximo semáforo, é quando “o justo viverá pela sua fé” (Hb 2.4).
Mudar meus hábitos de pilotagem tem sido um projeto pessoal em minha vida nos últimos anos. Sempre achei que Deus havia me chamado, como “professor/pastor”, a “dar um lição” aos outros motoristas na “auto-escola da vida”. Mas, pela graça de Deus, pela vida de Cristo em mim (Gal 2.20), tenho progredido cada vez mais. Minha esposa é testemunha disso. Mas ainda há uma boa estrada para andar. Literalmente.
Talvez eu seja hipócrita, mas acho graça assistir alguns outros motoristas, talvez irmãos em Cristo, que publicamente proclamam sua crença em Cristo através de adesivos de carro, mas cujos hábitos de pilotagem colocam em dúvida sua profissão de fé:
“Esse carro ficará desocupado em caso de arrebatamento”
“Buzine se você ama a Jesus”
“Carro rastreado pelo Espírito Santo”
É hora dos motoristas cristãos se converterem, assim como os para-choques de seus carros! E para aqueles que são chamados como líderes e exemplos para o rebanho do Senhor, é imprescindível que nossos hábitos no trânsito reflitam um coração transformado por Jesus: É necessário, portanto, que o bispo [pastor/presbítero] seja irrepreensível...temprerante, sóbrio, modesto...não violento, porém cordato, inimigo de contendas (1 Tm 3.2,3). “Torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza (1 Tm 4.12). Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos...paciente (2 Tm 2.24).
Se somos o que somos quando ninguém nos vê (ou nos reconhece); se revelamos nosso verdadeiro caráter no escuro, quando ninguém consegue ver quem está no volante—quem somos, de fato? Assim como no lar, o trânsito tende a ser um lugar onde baixamos as máscaras e somos quem realmente somos.
Mas como mudar esse quadro? Como mudar velhos hábitos de ignorância, ira e impaciência nos engarrafamentos e diante de pessoas egoístas que ultrapassam quilómetros de carros parados quando voam pelo acostamento?
Mudança bíblica acontece quando vejo minha incapacidade, vejo meu coração, vejo as tendências da minha carne, e corro até a cruz de Cristo para obter misericórdia e graça em tempo oportuno (Hb 4.16). É um processo contínuo, momento após momento, em que identifico minha profunda carência da vida de Jesus sendo vivida através de mim, e em arrependimento e fé, corro até a cruz, onde encontro misericórdia e graça. Envolve uma renovação da minha mente, para não ser conformado ao egoísmo que norteia as leis de sobrevivência selvagem nas estradas, mas transformado à Lei Outro-cêntrica que é a vida de Cristo em nós (Rm 12.1,2; Mc 10.45; Fp 2.1-11).
Essa dependência de Cristo e Seu Espírito, momento após momento, em que somos transformados pouco a pouco à imagem de Cristo, de glória em glória, chama-se “santificação” (2 Co 3.18). Diz respeito às atitudes e ações diárias, corriqueiras, “insignificantes” da vida, onde a vida de Cristo manifesta-se (ou não) em nossa vida. Quando somos tentados a dar uma “cortada” no sujeito que nos cortou na rodovia. Quando queremos falar algumas palavras escolhidas sobre o motociclista que arrancou nosso espelho no engarrafamento. Quando aquela mulher passou na nossa frente e pegou o último lugar no estacionamento. Quando o caminhão na nossa frente só anda 15 km por hora na longa subida, sem ultrapassagem. É nesses momentos que carecemos da graça (e da paciência) de Jesus!
Graças a Deus, pela obra de Cristo na cruz Ele já nos vê como “homens perfeitos”, vestidos na justiça de Jesus (2 Co 5.21). E um dia todos nós que conhecemos a Cristo chegaremos ao final desse processo, com a imagem de Cristo eternamente “impressa” em nós:
Estou plenamente certo de que Aquele que começou boa obra
em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus (Fp 1.6)
Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes
a Ele, porque havemos de vê-lo como Ele é . . . (1 Jo 3.2,3)
Mas hoje, Deus quer que cooperemos com Seu Espírito e Sua Palavra para que cada dia que passa nos tornemos mais parecidos com Seu Filho em atitudes, ações e pensamentos, para que Ele seja glorificado em nós—NO TRÂNSITO!
O livro de Provérbios nos traz grandes desafios neste sentido. Alguns textos que podem nos ajudar a renovar nossa mente nas horas de tentação no volante incluem:
A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. (Pv 15:1)
A ira do insensato num instante se conhece, Mas o prudente oculta a afronta (Pv 12.16)
O insensato expande toda a sua ira, Mas o sábio afinal lha reprime. (Pv 29.11)
O longânimo é grande em entendimento, Mas o de ânimo precipitado exalta a loucura. (Pv 14.29)
Se procedeste insensatamente em te exaltares, ou se maquinaste o mal, põe a mão na boca (Pv 30.32)
Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, E o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade. (Pv 16.32)
Quem retém as palavras possui o conhecimento, E o sereno de espírito é homem de inteligência (Pv 17.28)
O homem iracundo suscita contendas, Mas o longânimo apazigua a luta (Pv 15.18)
Antes de por um peixe ou adesivo “cristão” no seu carro, veja se os hábitos do velho homem não podem ser crucificados pelo poder da ressurreição de Jesus. Na minha vida, sei que é uma obra em constante andamento. Antes de buzinar se você ama a Jesus, que tal dirigir como Ele?

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