25/10/2018

A PRIMEIRA PALAVRA DE JESUS


"O texto para esta mensagem encontra-se no evangelho segundo São Lucas 23:33 e 34: "Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali O crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda. Contudo Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes".


Esta é a primeira das sete últimas palavras que Jesus proferiu na cruz do Calvário. Imaginem comigo a cena: Três cruzes se projetam no horizonte. No meio está o Senhor Jesus; do lado direito uma ladrão e do lado esquerdo outro ladrão. Jesus morreu do jeito que sempre viveu. Veio a este mundo para buscar os pecadores. Viveu entre eles para poder alcançá-los, perdoá-los e transformá-los. E quando chegou a hora de morrer, morreu crucificado entre eles. E você pode vê-Lo aí, na hora da agonia.


Quando uma pessoa está para morrer, todos querem ouvir o que ele tem a falar. Jesus pronunciou sete palavras. A primeira, a quarta e a última palavra são orações que Ele dirige a Seu Pai. Ele ora, mantendo comunhão com Aquele de quem veio toda a Sua força para poder viver uma vida vitoriosa nesta terra. Ele começou Seu ministério em oração. E termina Seu ministério também em oração.


Ninguém pode sobreviver vitoriosamente nesta vida se não aprender a viver como Jesus. Dependendo constantemente do Pai, colocando a vida aos pés do Pai, recebendo a força do Pai.


Sabem por que Jesus viveu uma vida vitoriosa nesta Terra? Não porque era Deus. Quando Ele veio a esta Terra Ele fez um pacto com Seu Pai: não usaria Seus poderes divinos sem o consentimento do Pai. Então Ele aprendeu a viver uma vida dependente do Pai. Aí estava o segredo de Sua vitória. Sabe por que nós, às vezes, vivemos vidas derrotadas? Porque não aprendemos a depender do Pai como Jesus fazia.


"Pai" - disse Jesus na hora da morte. Tinha uma coroa de espinhos furando o Seu rosto, mas isso não O impedia de enxergar o amor de Seu Pai. Suas mãos estavam pregadas numa cruz, não podiam mais curar pessoas, mas Ele podia orar. Seus pés não podiam mais andar para alcançar o pecador. Mas isso não O impedia de orar. Seus discípulos O tinham abandonado. Ele não podia mais ensinar-lhes. Mas isso não impedia Jesus de orar.


 Às vezes, quando surgem dificuldades em nossa vida, quando perdemos o emprego ou quando um filho nosso sofre um acidente, o primeiro pensamento que nos assalta é o fato de que talvez Deus nos tenha abandonado. Talvez Deus tenha esquecido de nós. Jesus no meio do sofrimento, da dor, da agonia, da morte, perseguido, caçoado, insultado e sangrando, não permitiu que nada O impedisse de saber que Seu Pai O amava e que olhava para Ele.


Estou falando neste momento para alguém que está desempregado há muito tempo? Você é capaz de enxergar o rosto do Pai apesar de estar passando necessidade? Estou falando neste momento a alguém condenado à morte pela ciência médica? Sua enfermidade não tem mais remédio? Pergunto: Você é capaz de enxergar o rosto de Seu Pai apesar da ciência médica dizer que não há mais remédio para você? Os amigos o rejeitaram? Você foi traído pelas pessoas que mais amava? Todo mundo o abandonou? Sente-se solitário? E apesar disso tudo, é capaz de enxergar o rosto do Pai? Jesus o fez na cruz do Calvário. Sem amigos, abandonado pelos Seus discípulos, odiado pela multidão, castigado pelos soldados, acusado falsamente, crucificado injustamente, ferido, em agonia, era capaz de dizer: Pai, eu não Te vejo; está tudo escuro, mas sei que estás presente. Sei que estás aí. Somos capazes de fazer isto?


Pensemos agora num outro aspecto do texto bíblico. Na hora da agonia Jesus clama a Seu Pai, mas não o faz pedindo ajuda. Se você estivesse condenado à morte por alguma enfermidade, com certeza se ajoelharia para orar e pediria que Deus lhe devolvesse a saúde, não é verdade? Se você estivesse desempregado, oraria a Deus pedindo que lhe desse um novo emprego, não o faria? E se você estivesse na prisão, com certeza pediria que Deus lhe devolvesse a liberdade.


Mas aí estava Jesus cravado numa cruz. Sua primeira palavra podia ter sido: "Pai, tira-me daqui, liberta-me, acalma minha dor". Ou como Pedro quando estava se afundando: "Senhor, salva-me". Mas na hora da agonia Jesus não ora por Ele, ora pelos outros. E não é por Seus amigos ou por Seus familiares ou por cidadãos bons. Sabe por quem ora? Pelos Seus inimigos, por aquele que O esbofeteia, por aquele que prega Suas mãos, por aquele que cospe em Seu rosto, por aquele outro que coloca a coroa de espinhos em Sua fronte. Jesus ora pelos Seus inimigos e pede que Deus lhes perdoe.


Ah, meu amigo, na cruz do Calvário, Jesus vive o que pregou. No sermão do monte, Ele diz: "Perdoai os vossos inimigos". E na cruz Ele vive Sua mensagem. Sai da teologia, da beleza das palavras e entra na realidade do perdão, pratica o que pregou.


Pergunto: Você é capaz de orar pelos seus inimigos? Talvez, se você está vivendo bem, com um bom saldo no banco, com boa saúde, com toda a família unida. Nessas circunstâncias talvez você até se anime a orar pelos seus inimigos. Mas condenado à morte por um câncer, sem um centavo no bolso, com a família feita em pedaços e todo mundo contra você, seria capaz de orar pelos seus inimigos?


Estou falando neste momento a alguém que não é capaz de perdoar alguém que lhe fez mal no passado? Vou mencionar agora porque é necessário perdoar, embora perdoar não seja sempre fácil. Na cruz, Jesus estava sofrendo, o sangue levava Sua vida gota a gota. Abandonado, esquecido pelos amigos, caçoado e insultado pelos inimigos, carregando o pecado de toda a humanidade, Ele experimentava um sofrimento mental, físico e espiritual profundo. E se Ele abrigasse em Seu coração mágoa por aquilo que as pessoas estavam lhe fazendo, o seu sofrimento seria maior. Ao perdoar, Ele não somente estava praticando a teoria de Sua pregação, Ele estava também aliviando a Sua dor. Sabem por quê? Porque o perdão beneficia mais a quem perdoa do que aquele que é perdoado. É isto que você tem que colocar em sua mente. Se por algum motivo não é capaz de perdoar alguém que o traiu, que o machucou, fez algo que marcou terrivelmente sua vida. Se você estiver guardando rancor em seu coração, com certeza não tem paz, vive um inferno cada vez que vê aquela pessoa. Seu espírito se envenena. Você pode estar vivendo um momento feliz, mas quando aparece aquela pessoa, estraga tudo.


Mas você sabia que a outra pessoa não está nem ligando para o que você sente? O único que está sofrendo é você. Então, quando você perdoar, ele não ganha nada, mas você expulsa o veneno de sua vida. O veneno da mágoa não machuca nem um pouquinho seu inimigo, mas perturba a sua vida. O seu coração torna-se um depósito de lixo, porque a mágoa, o ódio, o rancor e o ressentimento, tudo isso é lixo. E quando você consegue olhar para o outro sem sentir mais mágoa, nem rancor, você se liberta. O maior beneficiado pelo perdão é a pessoa que oferece o perdão, não a que o recebe.
Pergunto: Você já perdoou? Estou falando a alguém que não  consegue perdoar o marido que a traiu, a mulher que o traiu, o pai que nunca o reconheceu como filho? Já perdoou o filho que jogou na lama o seu nome? O amigo que o traiu? É porventura o seu coração um depósito de lixo que só prejudica você?


O último pensamento do texto que quero analisar hoje é o resultado final da oração de Jesus. Ele orou pelos piores seres humanos que existiam, aqueles que O estavam matando e que não queriam saber nada com Ele. Você pensa que a oração de Jesus não foi respondida? Acompanhe-me esta noite a Jerusalém, 40 dias depois da morte de Jesus.


Pedro está pregando, e aqueles homens que crucificaram Jesus e que desde o ponto de vista humano nunca O aceitaram como Salvador, são tocados pelo Espírito Santo. A oração de Jesus na cruz por Seus inimigos é respondida. Ele orou por Seus inimigos e eles agora são transformados. Imagine aquele que colocou a coroa de espinhos na fronte de Jesus. Imagine-o correndo em direção a Pedro e dizendo:" Eu cravei a coroa na fronte de Jesus. Há perdão para mim?" E Pedro diz:" Arrependei-vos e batizai-vos e vossos pecados serão perdoados". Aquele que pregou as mãos de Jesus corre para Pedro e diz: Eu preguei as Suas mãos. Há perdão para mim? E Pedro diz: Se você está arrependido, há perdão. Aquele que cuspiu no rosto, corre e diz: Eu cuspi em Seu rosto. Há perdão para mim? E Pedro diz: Há sim, se você acreditar no poder salvador dEle. E naquele dia foram batizados 3 mil.


Quarenta dias antes estavam cuspindo em Seu rosto, pregando Suas mãos e Seus pés, insultando-O e xingando-O. Mas Jesus orou por eles e Deus respondeu à oração. Quarenta dias depois aqueles homens foram alcançados pelo evangelho salvador.


Estou pregando para alguém cujo marido ou esposa não quer saber nada de Jesus? Alguém cujo filho está se distanciando de Jesus? Tem você um amigo por quem já orou, orou, e ele continua indiferente com relação a Jesus? Continue orando. Ore pelos piores, ore por aqueles que na sua opinião não têm mais remédio. Se Deus respondeu à oração de Jesus, responderá a sua também e lhe entregará esse marido, essa mulher, esse filho, esse pai, esse amigo para Cristo. Ele o fará. Não perca o ânimo. Continue orando, continue suplicando, continue pedindo. Ele responderá a sua oração.

Pergunto: Quanto tempo você está orando por seu filho? Quanto tempo você está orando para que Deus transforme o coração do seu marido? Há quanto tempo você está orando para que Deus transforme o coração daquele amigo?


Poderia você neste momento vir comigo à cruz do Calvário e dizer: "Senhor, foi por mim que entraste na agonia. Lá na cruz oraste por mim. Fui eu que te crucifiquei. Lá na cruz oraste por meu pai, por meu filho, por meu marido, por minha esposa. E se 40 dias depois 3 mil pessoas se entregaram a Ti, por que não podes transformar o coração daquela pessoa por quem estou orando?

E se você sentir que na cruz do Calvário Jesus orou por você, se você quiser reconhecer a Jesus como seu Salvador, se quiser entregar-lhe a vida e aceitar a Palavra de Deus e o plano que Deus tem para a sua vida; se quiser unir-se um dia à Igreja de Deus nesta terra através do santo batismo, se quando Cristo voltar você quiser estar presente vou lhe pedir tome sua decisão agora e deixe Jesus entrar e fazer parte de sua vida.

14/10/2018

VOCÊ SABE SER GRATO?

Lucas 17.11-19
11. Jesus continuava viajando para Jerusalém e passou entre as regiões da Samaria e da Galiléia.
12. Quando estava entrando num povoado, dez leprosos foram se encontrar com ele. Eles pararam de longe
13. e gritaram: – Jesus, Mestre, tenha pena de nós!
14. Jesus os viu e disse: – Vão e peçam aos sacerdotes que examinem vocês. Quando iam pelo caminho, eles foram curados.
15. E, quando um deles, que era samaritano, viu que estava curado, voltou louvando a Deus em voz alta.
16. Ajoelhou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu.
17. Jesus disse: – Os homens que foram curados eram dez. Onde estão os outros nove?
18. Por que somente este estrangeiro voltou para louvar a Deus?
19. E Jesus disse a ele: – Levante-se e vá. Você está curado porque teve fé.
-Introdução: Uma das maiores lições sobre gratidão nas Escrituras é a história dos dez leprosos. Somente um voltou para agradecer. Este resultado pode ser como uma estatística sobre a gratidão. Apenas 10% das pessoas sabem ser gratas.
Agradecer é um exercício que deve ser feito com esforço por todos nós. A natureza humana se tornou ingrata devido ao pecado. Este é um tema que precisa ser mais falado, para ensinar as pessoas a agradecer.
Como aprender a ser grato?
Vamos aprender como agradecer e os benefícios da gratidão são:
1- Como ser Grato:
Para ser grato é preciso:
a) Obediência: v.14
Os leprosos foram curados porque obedeceram a Jesus se apresentando aos sacerdotes. Tiveram coragem para isso, pois não eram bem vindos ao templo, mas conforme mandava a lei, somente o sacerdote poderia declarar a cura da lepra (Levítico 14.1-32).
b) Voltar: v.15 “voltou”.
Para agradecer é preciso sair do seu lugar e tomar a iniciativa. Quando o leproso voltou a Jesus (v.15), mostrou que desejava seguir o Mestre antes mesmo de ir para sua casa. Ele não apenas voltou a Jesus como ficou com o Senhor em seu coração para sempre.
c) Glorificar a Deus: v.15 “dando glória a Deus em voz alta”.
O único leproso que voltou para agradecer a Jesus, não teve receio ao fazer isso, mesmo sendo samaritano (v.18). Sua atitude foi tão espontânea que parecia desejar que todos soubesse o que Jesus havia feito. Quando se trata de outra pessoa, que não Deus diretamente, devemos aprender a elogiar e reconhecer o que a pessoa fez de bom.
d) Render-se ao Senhor: v.16
A primeira atitude do ex-leproso foi se prostrar diante de Jesus. Assim devemos nos entregar totalmente ao Senhor sabendo que sem Deus, nossa vida está sujeita à lepra do pecado neste mundo.

Ser grato é um exercício de obediência, de glorificar ao Senhor e de voltar para se entregar a Deus. Mesmo quando não estamos sentindo vontade, devemos sempre “em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus” (I Tessalonicenses 5.18).
2- Benefícios da Gratidão:
Alguns benefícios de ser grato são:
a) Ser curado: v.15 “vendo que fora curado”
As dores, mau cheiro e o preconceito eram marcas da vida de um leproso. Ao ser curado, estava livre de tudo isso. Os outros leprosos, que não agradeceram, ficaram no mundo sujeito a todos os males.  Quem agradece recebe a bênção definitiva.
b) Levantar-se: v.19ª “levanta-te e vai”.
O leproso que estava prostrado aos pés de Jesus, ouviu o Mestre lhe dizer para se levantar. Já havia passado anos se encurvando diante das pessoas e fugindo de pedradas. Agora chegou o tempo de estar de pé e prosseguir sua vida. Neste ‘vai’ de Jesus, recebeu autorização para realizar tudo que não tinha conseguido até então.
c) Ter FÉ: v.19b “a tua fé”.
Os leprosos tinham visto Jesus, mas “ficaram de longe” (v.13). O ex-leproso que agora voltou para se encontrar com Jesus, o viu de perto, ouviu sua voz, pode conhecer o Mestre pessoalmente. Isso foi uma atitude de fé. Através da fé, todos os milagres podem acontecer. Então aquele homem aprendeu a continuar vivendo pela fé.
d) Ser Salvo: v.19c “te salvou”.
Jesus disse que não apenas estava curado das feridas da lepra, mas também foi salvo por Deus da condenação do pecado. O leproso era considerado pecador e distante de Deus, não podia nem entrar no templo. Agora aquele homem recebeu a salvação completa para sua vida.

Quando somos gratos a Deus, recebemos muitas bênçãos a mais do que já alcançamos. Podemos nos levantar e continuar a ser abençoados. Aprendemos a ter fé para vivenciar mais milagres. Contudo a maior de todas as bênçãos é receber a salvação em Cristo.
Aprenda a ser grato!
-CONCLUSÃO:
Todos nós somos ‘ex’ alguma coisa: um ex-doente, ex-viciado, ex-depressivo, etc. Ou então passamos por um ‘quase’ que foi um verdadeiro sufoco: quase morto, quase acidentado, etc. Tudo isso é motivo de voltar a Jesus e agradecer.
Procure agradecer mais e reclamar menos!

A IGREJA QUE QUEREMOS SER

ATOS 2.
42. E todos continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações.
43. Os apóstolos faziam muitos milagres e maravilhas, e por isso todas as pessoas estavam cheias de temor.
44. Todos os que criam estavam juntos e unidos e repartiam uns com os outros o que tinham.
45. Vendiam as suas propriedades e outras coisas e dividiam o dinheiro com todos, de acordo com a necessidade de cada um.
46. Todos os dias, unidos, se reuniam no pátio do Templo. E nas suas casas partiam o pão e participavam das refeições com alegria e humildade.
47. Louvavam a Deus por tudo e eram estimados por todos. E cada dia o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo salvas.
A igreja primitiva é o modelo mais excelente para todas as outras, em todos os tempos, em todos os lugares. Esta igreja tornou-se uma referência de igreja fiel, digna de ser imitada. Ao vermos em nossos dias as mais variadas igrejas, com as mais diversas liturgias, diferenças doutrinárias e denominações, nos perguntamos: “Qual é a igreja que queremos ser”?

Ao olharmos para a igreja no livro de Atos 2, encontraremos as marcas de uma igreja verdadeira. Alguém já disse: “Só conseguiremos enxergar o futuro com os olhos do passado”.

1) Queremos ser uma igreja comprometida com a verdade (At 2.42) –

A igreja que nasceu como fruto do derramamento do Espírito e da exposição ungida das Escrituras perseverava na doutrina dos apóstolos. Não há igreja verdadeira sem a doutrina apostólica. Onde as verdades das Escrituras são negadas ou torcidas, pode haver sociedades religiosas, mas não igrejas de Cristo. A igreja não pode estar à mercê de doutrinas de homens, mas fundamentada na eterna e infalível Palavra de Deus.

A igreja não pode andar às escuras. Ela sabe com segurança para onde vai. Ela anda na luz da verdade. A Igreja atual precisa urgentemente voltar para as Escrituras. Infelizmente o que está crescendo espantosamente neste país não é o Evangelho, mas outro evangelho, um evangelho mistificado, que busca agradar os homens, em vez de glorificar a Deus.

2) Queremos ser uma igreja marcada pela profunda união entre os irmãos (At 2.42)

Uma igreja jamais poderá atrair pessoas se não houver comunhão entre os seus membros. O amor é a evidência do verdadeiro discípulo de Jesus (Jo 13.35). Nesta igreja todos os membros da igreja estavam juntos e tinham tudo em comum. Nesta igreja a prioridade eram pessoas, hoje invertemos, a prioridade é quanto está entrando no caixa da igreja. Essa igreja acolhia com muito amor todos os que chegavam e, ao mesmo tempo, era simpática com os de fora (At 2.47). A igreja apostólica era uma comunidade terapêutica.

Atualmente, muitas vidas em vez de serem curadas, saem mais doentes de quando entraram na igreja! Numa sociedade ferida e quebrada pelo pecado, a igreja de Cristo é lugar de refúgio e restauração para aqueles que se arrependem e crêem no Senhor Jesus.

3) Queremos ser uma igreja simpática aos olhos da sociedade (At 2.47)

A igreja de Jerusalém desfrutava de uma boa reputação na cidade. Os cristãos davam testemunho irrepreensível. Eles eram uma referência para os não-crentes. Podemos dizer o mesmo dos cristãos dos dias atuais? Há muitos comércios que nem vendem mais para cristãos! Alguém já disse: “Cuide de sua vida, pois ela pode ser a única Bíblia que alguém irá ler”. Temos dado bom testemunho? Temos sido sal e luz do mundo?

Hoje a igreja é mais conhecida por seus escândalos, do que a firmeza e integridade de sua missão. A igreja é grande, mas não causa impacto. Ela tem extensão, mas não tem profundidade. Tem membros ilustres, mas não há santidade. Tem um orçamento exemplar, mas não há nela a atuação do Espírito. A igreja via de regra tem crescido para os lados, mas não para cima nem em profundidade. Tem quantidade, mas não há qualidade.

4) Queremos ser uma igreja que tem “fome” de Deus (At 2.42)

A igreja de Jerusalém não apenas acreditava na oração; ela orava. Não apenas tinha uma correta teologia sobre oração; ela orava. As reuniões de oração em muitas igrejas estão morrendo! A igreja contemporânea desaprendeu de orar. Temos grandes livros sobre oração, mas não oramos. Pregamos sermões sobre oração, mas não oramos. O povo de Deus anda muito ocupado para ocupar-se com Deus. Hoje temos gigantes na erudição e pigmeus na vida de oração. E.M. Bounds disse no seu clássico livro O poder através da Oração que: “homens mortos tiram de si sermões mortos, e sermões mortos matam”.

Hoje temos fome, mas não de Deus. Temos fome de sucesso, fama, dinheiro, etc. Como esperar outro Pentecoste se nem ainda fomos despertados para orar? Primeiro, vem a igreja toda, unânime, perseverando em oração, para só depois vir o Pentecoste.

Tenho que concordar com a magistral frase que li em um livro:

“Nunca tivemos tantos graus na igreja, mas ainda assim, temperaturas tão baixas”.

É verdade. Hoje temos apóstolos, bispos, “bispas”, logo, logo, teremos a 4º pessoa da trindade! Ó Deus tenha misericórdia de nós, e abre nossos olhos!

5) Era uma igreja que crescia diariamente (At 2.47)

Enquanto a igreja crescia em graça e santidade, Deus a fazia crescer em número. Qualidade gera quantidade. Quando a igreja planta e rega, Deus dá o crescimento (1 Co 3.6). Quando a igreja vive o que prega e testemunha no poder do Espírito, Deus a faz crescer. A igreja apostólica crescia em 3 dimensões:

A) Crescimento para cima – A igreja cresce para cima em adoração. O fim principal do homem é glorificar a Deus. Deus, e não o homem, é o centro da missão da igreja. Adorar a Deus não é apenas um momento do culto coletivo, quando entoamos hinos e ouvimos a Palavra. Toda a nossa vida deve ser uma vida de adoração. Não podemos separar a vida particular da adoração coletiva.

B) Crescimento para dentro – A igreja cresce para dentro em comunhão. Onde não há comunhão fraternal, não há adoração verdadeira a Deus. Onde não há perdão, o inimigo prevalece. Não podemos amar a Deus e odiarmos os irmãos ao mesmo tempo. Deus ordena a benção e a vida onde os irmãos vivem em união (Sl 133).

C) Crescimento para fora – A igreja cresce para fora por meio da evangelização. Uma igreja saudável não vive para si mesma. Ela não é narcisista. A igreja deve buscar os perdidos. Sua missão é anunciar o evangelho a toda criatura e fazer discípulos de todas as nações. A evangelização deve arder em nosso coração. A evangelização deve ser um estilo de vida de todo o cristão. Quão triste é saber que muitos cristãos não conseguem ganhar uma alma durante o ano inteiro. Isso deveria nos envergonhar!

Concluo com uma pérola:

“Uma igreja que não evangeliza precisa ser evangelizada”

DE LUGAR NENHUM, PARA O LUGAR ONDE DEUS VAI TE USAR

DE LUGAR NEMHUM PARA O LUGAR QUE DEUS VAI TE USAR 13/05/2020 1 Samuel 16, 17, 18 e 19 Certa vez ouvi um missionário testemunhando qu...