20/08/2011

O IRMAO DO FILHO PRÓDIGO

“11 E disse: Um certo homem tinha dois filhos; 12  E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda…  E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. 26  E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. 27  E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. 28  Mas ele se indignou, e não queria entrar. 29  E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos; 30  Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. 31  E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; 32  Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.” (Lc 15:11-12;26-32)
A parábola nos ensina muitas coisas: a respeito do Pai que nunca esquece do filho; do pródigo que se arrepende e é recebido na casa do Pai novamente.
Podemos, também, tirar uma grande lição com o comportamento do irmão que ficou em casa.
O mais novo quis antecipadamente sua parte na herança, que só receberia depois da morte do pai, e saiu pelo mundo gastando tudo o que possuía, até chegar a passar fome e comer a comida dos porcos.
Arrependido, volta buscando o perdão do Pai.
O Filho mais velho não concordou com o comportamento do Pai.
Quero registrar algumas considerações a respeito do Filho mais velho.
Ele vivia com o Pai. Trabalhava para Ele. Conversava com Ele. Estavam juntos na mesma casa.
Entretanto, o Filho nunca teve intimidade com o Pai. Nunca se importou em saber do Pai quais eram seus sentimentos para com o Filho pródigo.
O Filho mais velho já havia dado um julgamento quanto ao comportamento de seu irmão. Para ele, o irmão não era digno de ser recebido de volta, pois recebeu tudo o que quis e foi embora. Não era digno de perdão e nem de misericórdia.
O interessante é que em momento algum o filho que ficou foi conversar com o Pai, saber de seu sofrimento por aquele que se foi, poder consolá-lo, confortá-lo.
Por isso sua reação com o Pai.
Creio que ele ficou com ciúmes do irmão, mas mais que isso, ficou surpreso com a atitude do Pai de mandar matar o bezerro cevado para o filho ingrato.
Essa surpresa se deu porque o filho não conhecia o coração do Pai. Não sabia suas intenções.
Hoje.
Nós gastamos muito tempo envolvidos com o trabalho que o Pai nos deu,  a comunhão dos irmãos, leitura da Palavra, proclamações, etc.
Mas, como está nossa comunhão com Deus?? Nossa intimidade com o Senhor?
Sabemos o que o Pai pensa a respeito de nossos irmãos? Sabemos o que pensa do meu companheiro? Meu discipulador?
Às vezes já temos um conceito formado a respeito daqueles que estão ao nosso redor.  Já fizemos um julgamento.  Mas, nossa comunhão com o Pai tem nos mostrado como o Pai os vê? Quais os pensamentos que Ele tem a respeito de cada um?
“ Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.” (Is 55:8 BRP)
“ Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” (Jr 29:11 BRP)
Muitas são as situações que vêm para nos dividir e nos separar. Eu preciso aprender a olhar as pessoas com os olhos do Senhor.
Nossa meta não é a de sermos iguais a Jesus?  Pois, então, temos que sentir o que o Senhor sente: a mesma compaixão, misericórdia, longanimidade, amor intenso pelos filhos e pelos perdidos.
Só a minha íntima comunhão com o Pai poderá me revelar o que está no coração dEle.
A ATITUDE DE JESUS EM CONTRASTE COM O IRMÃO DO PRÓDIGO
Jo 13:1-7 – “…o que eu faço não compreendeis agora, mas compreenderás depois…”
Esse texto trata do lava-pés.
Traçando um paralelo entre o comportamento do irmão do pródigo e o de Jesus em relação a seus discípulos, por ele considerado seus irmãos (Jô 20:17), notamos:
Jesus sabia que seus irmãos errariam e muito com ele, mas sua atitude não foi, em nenhum momento, de julgamento.  Pelo contrário,  ao lavar os pés de seus irmãos,  Ele estava declarando a cada um deles, inclusive a Judas: “Você vai errar contra mim, mas desde já eu te perdôo”.
O lava-pés foi um perdão antecipado, uma declaração de que Ele ali disposto a limpar e não condenar.
Jesus fez aquilo porque não se baseava no que seus irmãos FAZIAM, mas no que eles ERAM: eram seus irmãos, filhos de Seu Pai.  E o Pai tinha amor estremo por aquelas vidas. Jesus sabia do sentimento do Pai porque estava sempre em comunhão com Ele. Tinha intimidade suficiente para saber o que o Pai pensava a respeito de cada um deles.
“ Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.” (Jo 17:12)
Temos que ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus: devemos amar nossos irmãos, cobri-los, lavar-lhes os pés, ou seja, ter sentimento de misericórdia e estar dispostos a ajudá-los para que cresçam.
Lavar os pés é uma pré-disposição de aceitarmos cada um, com seus erros e suas dificuldades, sem querermos nos dividir, pois somos a MESMA FAMILIA,  é MEU IRMÃO.   É como o casamento, que unem duas pessoas diferentes, que se aceitam, se perdoam, se amam, pois não se pode falar em separação – estão juntos até a morte.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Paremos e pensemos:  Temos algum pré-conceito em nosso coração em relação a alguém?
Olhamos para alguns dos irmãos ou irmãs com idéias pré-concebidas? Temos feito um julgamento, uma avaliação deles com base em nossos sentimentos?
Já paramos para buscar o Senhor e conhecer o que Ele pensa a respeito daquela pessoa?
Façamos essa reflexão já, e nos arrependamos se acharmos alguma coisa que não veio do Senhor.

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