28/09/2013

DONS ESPIRITUAIS E 5 MINISTÉRIOS

 



1. Princípios gerais

Em sua eterna sabedoria e graça, Deus decidiu conceder à Igreja todos os instrumentos espirituais necessários à Sua edificação: os 9 dons espirituais (I Cor. 12:8-11) – palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, dons de curar, operações de milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas e interpretação de línguas - e os 5 ministérios (Ef. 4:11)- apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre.
A edificação da Igreja, na qual o Senhor Jesus está diretamente envolvido (Mat. 16:18) e que é a Obra do Espírito Santo, começou no dia do Pentecoste com o derramamento do Espírito Santo - que está encarregado de transmitir as revelações provenientes do Senhor Jesus como Cabeça da Igreja – e terminará no dia em que essa edificação estiver concluída, o dia do arrebatamento (I Cor. 13:10). Durante todo esse período, esses instrumentos de edificação são necessários para a realização dessa Obra que o Senhor confiou à Sua Igreja.
O Batismo com o Espírito Santo não foi concedido apenas para transmitir unção (I Jo. 2:27) e alegria à Igreja (Rom. 14:17). O supremo propósito do Batismo com o Espírito Santo é capacitar a Igreja a receber dons espirituais e ministérios para a sua edificação para que possa testemunhar de Jesus de uma forma eficaz (Atos 1:8). É por essa razão que, ao prometer enviar o Espírito Santo a todos os seus servos e servas, o Senhor revelou ao profeta Joel (Joel 2:28) que, como resultado do recebimento do Espírito, haveria profecias, visões e sonhos, ou seja, dons espirituais. Note-se que essas são manifestações de dons espirituais por meio dos quais o Senhor revela com mais exatidão Sua vontade à Igreja e confirma a pregação do Evangelho, demonstrando assim que Jesus está vivo! (Mar. 16:20).
No entanto, os 9 dons espirituais não podem ser usados de forma adequada sem a assistência dos ministérios. Os 5 dons espirituais e os 5 ministérios se complementam. Dons usados sem a assistência dos ministérios se tornam uma fonte de problemas e não alcançam o objetivo de edificação da Igreja. Por essa razão, em cada Igreja local, cabe ao Pastor supervisionar o uso dos dons espirituais, julgar cada manifestação de dons espirituais – juntamente com um grupo amadurecido de membros da Igreja local – e decidir sobre a aplicação do dom com sabedoria, de tal forma que seja alcançado o propósito de edificação.

2. Os dons na Igreja local

Assim sendo, sempre que há manifestações de dons espirituais (profecia, interpretação, visões, sonhos e revelações) que contêm orientações para um crente, para um grupo da Igreja ou para a Igreja como um todo, essas manifestações são transmitidas ao Pastor, a quem caberá decidir – com a ajuda do referido grupo de crentes – sobre a autencidade do dom (se provém do Espírito Santo) e sobre a forma de aplicar a orientação transmitida através dessa manifestação.
Os dons usados dessa forma – sob a supervisão do pastor, julgado sobre sua procedência e aplicado com sabedoria – são sempre um motivo de edificação (I Cor. 14:3-5, 12) e de alegria para a Igreja. Há Igrejas em das Américas e da Europa que têm experimentado o uso dos dons espirituais dessa forma, com resultados maravilhosos. Algumas Igrejas já utilizam os dons espirituais dessa maneira há mais de 35 anos, sem que tenham experimento os problemas que em geral são associados a essas manifestações do Espírito Santo.
Para preparar a igreja para um maior derramento do Espírito que ocorrerá antes da segunda e gloriosa vinda do Senhor Jesus para arrebatar Sua Igreja, o Senhor está chamando a atenção do seu povo para a necessidade de usar os dons espirituais de forma bíblica: com sabedoria e discernimento. À medida em que esses ensinamentos são transmitidos à Igreja e são praticados, a Igreja está preparada para receber uma grande visitação do Espírito Santo sem que haja os problemas normalmente associados aos dons espirituais. Ao contrário, os dons espirituais serão um motivo de muito alegria e bênção para a Igreja, pois por meio deles o Senhor poderá revelar toda a Sua vontade ao seu povo.

3. O culto no Novo Testamento

Por outro lado, os dons espirituais são essenciais à realização de um culto no Novo Testamento. A orientação do Espírito Santo sobre como devem ser realizados os cultos da Igreja refere-se apenas a três elementos: doutrina, cânticos e dons espirituais (I Cor.14:23-33). O apóstolo Paulo se detém, então, na operação dos dons espirituais, demonstrando como os incrédulos serão convertidos (será convencido, adorará a Deus e proclamará que Deus está na Igreja) quando houver manifestações de dons que revelem os segredos dos seus corações (I Cor.14:24-25).
O ensino desses versículos é confirmado por Mar 16:20, que afirma que os apóstolos pregaram em toda a parte, “cooperando com eles o Senhor e confirmando a Palavra por meio de sinais que se seguiam”. Isso é importante, pois demonstra que a doutrina, indispensável para a fé (“a fé vem pelo ouvir...a Palavra de Deus”), é confirmada nos corações dos ouvintes pelo Senhor Jesus no coração dos descrentes por meio de manifestações de dons espirituais (“sinais que se seguiam”).
Daí se deduz que, para pregar com poder é necessário pregar com a operação de sinais que são operados por meio dos dons espirituais (operação de maravilhas, dons de curar, profecias que revelam os segredos dos corações, etc.). A Igreja deve, portanto, buscar os dons espirituais – mandamento do Senhor (I Cor.14:1) para que possa testemunhar com eficácia do Senhor Jesus.

4. Reuniões de servos que têm ministérios

Os dons espirituais são também necessários para que o Senhor possa aconselhar as Igrejas e os servos usados em ministérios (pastores ou anciãos, evangelistas, etc.). Em reuniões desses líderes de uma determinada cidade ou região, por exemplo, pode-se consultar o Senhor a respeito de decisões que precisam ser tomadas para a realização da Obra de Deus. O Senhor pode também tomar a iniciativa e revelar Sua vontade sobre assuntos que estão sendo discutidos pelos pastores.
A manifestação do Senhor Jesus nas reuniões desses líderes resultam na edificação e na unidade entre os participantes. Quando o Senhor tem a possibilidade de falar aos pastores a presença de Deus nessas reuniões é mais sensível, gerando o temor do Senhor, o amor aos irmãos, a humildade e a verdadeira unidade cristã. E, por outro lado, cessam as discórdias, o surgimento de facções, os ciúmes e as agressões entre os pastores. Quando se discute um assunto e não se alcança consenso, pode-se consultar o Senhor pedindo o Seu conselho. O Senhor, então, graciosamente, aconselha os seus pastores, falando por meio dos dons espirituais. E quando o Senhor se manifesta surge uma concordância entre todas que é fruto da operação do Espírito Santo.
Por essa razão, os líderes que têm ministério (pastores ou anciãos, evangelistas, etc.) devem orar e jejuar para que o Senhor lhes conceda dons espirituais. O Senhor sempre atende esse tipo de pedido, pois é feito conforme a vontade do Senhor (I Cor.14:1). Ademais, os líderes devem começar a ensinar à Igreja que, no Novo Testamento, não há profetas infalíveis como no Velho Testamento. Hoje em dia não se julga (nem se apedreja) o profeta que falha; julga-se apenas a profecia (I Cor. 14:27, 29; I Tes.5:20-21). Portanto, ensina-se, também à Igreja que ninguém deve sentir-se humilhado nem ficar aborrecido quando uma profecia que transmitir não fôr do Senhor, a critério dos demais que julgarem.

04/09/2013

FILHOS OU ESCRAVOS



Texto: Lucas 15:11-25

Introdução: Quando Jesus contou a parábola do filho prodigo, literalmente ele narrou a historia de um jovem que deixou a posição de filho e após esbanjar todos os seus bens, passou a viver como um escravo em terras estrangeiras.


E por inspiração do Espírito Santo me coube analisar as grandes diferenças que há em ambos estilos de vida.

Um estilo de vida proporcionado por Cristo e outro estilo de vida proporcionado por Satanás.

AS DIFERENÇAS ENTRE FILHO E ESCRAVO

Direito da Vestimenta

O filho se vestia do melhor que o pai concedia.

Jesus quer no revestir com as vestes salpicadas pelo seu sangue carmesim.

Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa (Lucas 15:22)

O escravo se vestia com os remendos das sobras.

Satanás quer nos vestir com a roupagem da vergonha e da humilhação.

Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez (Ap 3:18)

Direito da Refeição

O filho comia o melhor da mesa de seu Pai.

Cristo quer nos alimentar com sua santa palavra, com o maná vivo que desce dos céus.


E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; (Lucas 15:23)
O bezerro cevado era guardado somente para ocasiões especiais, e no caso foi a volta do fillho.

O escravo comia os restos, as sobras

Satanás quer nos dar restos, sobras como drogas, bebidas, prostituição, fornicação e etc.

E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam (Lucas 15:16)

Direito do Domínio Próprio.

O filho tem domínio próprio.

Cristo quer que sejamos livres na sua presença, quer que vivamos nossos sonhos, nossos projetos. Cristo nos da o direito de tomar nossas próprias decisões

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (João 8:36)

O escravo não exerce a sua própria vontade


E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. (Lucas 15:16)
Satanás quer tirar o nosso direito de escolha não nos deixa ter vontade própria, coloca um jugo sobre as nossas costas para nos dominar e nos destruir.

Você que esta num mundo de pecado, drogado, fumante, que muitas vezes quer parar de cometer tais atos e não consegue, você esta sob o domínio das trevas, mas Jesus quer te libertar.

Direito do Descanso.

O filho tem direito ao seu descanso.

Jesus quer nos dar descanso das dificuldades e dos fardos dessas vidas.

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. (...) e encontrareis descanso para as vossas almas.

Escravo não tem direito a descanso, é o ultimo a se deitar e o primeiro a se levantar.

Satanás quer roubar a nossa paz, não nos deixa descansar, quer infernizar a nossa vida e destruir tudo que temos (Jo 10:10)

Direito de Herança

O filho herda o que é de seu Pai.

Jesus quer que sejamos filho do Pai celestial para que herdamos a vida eterna.

Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós, (1Pe 1:4)

O escravo não tem direito a herança por que não faz parte da família

O diabo quer nos manter sob a escravidão e roubar de nos a nossa herança, sendo assim a única coisa que nos resta é a morte eterna.

Conclusão: Podemos ver muito bem as enormes diferenças entre o Filho e o Escravo, sendo assim fica a pergunta.

O que você tem sido Filho ou Escravo?

Jesus te ama e quer salvar a sua vida, mas a escolha esta em suas mãos e é você quem decide.



07/07/2013

QUE É SER UM LIDER

Os líderes nascem no seio da igreja, e não necessariamente, necessitam de uma formação acadêmica. O que importa realmente é a vida reta, santa e digna de ser imitada pelos demais da congregação. São levantados com duas missões principais, são elas:

a) Preparar os eleitos para uma vida segundo a vontade de Deus, produzindo frutos dignos de arrependimento.
“Foi ele quem “deu dons às pessoas”. Ele escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastores e mestres da Igreja. Ele fez isso para preparar o povo de Deus para o serviço cristão, a fim de construir o corpo de Cristo”
. Ef 4.11,12
b) Pregar a verdade da salvação a todos.
“E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros”
. 2Tm 2.2

Os que ocupam cargos de liderança (em qualquer área da igreja), precisam viver a verdade do evangelho, na autoridade e poder do Senhor. Que sejam pessoas que creiam incondicionalmente na Bíblia e aceite o mover do Espírito Santo em toda a sua amplitude, que jamais queiram limitar o Senhor à Palavra, mas, que tenha consciência que Ele é o Senhor da Palavra e que vai além da revelação já existente. 

Qualidades presentes na vida dos verdadeiros líderes:

1- Chamados por Deus:
”O SENHOR disse a Moisés: —Mande chamar o seu irmão Arão e os filhos dele, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Separe-os do povo de Israel para que me sirvam como sacerdotes.” Ex 28.1
”Em nós não há nada que nos permita afirmar que somos capazes de fazer esse trabalho, pois a nossa capacidade vem de Deus.” 2Co 3.5

O Chamado vem do Senhor, que capacita os Seus servos a desempenharem as funções para as quais foram comissionados. A preocupação do escolhido do Senhor deve restringir-se apenas em santificar-se e buscar a sensibilidade para ouvir o Espírito.

2- Comissionados por Cristo:
“Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos”.  Mt 28.19,20

Os escolhidos para a manifestação do evangelho do Senhor precisam receber a autoridade que é dada pelo Senhor. É ouvir o Ide!

3 – Enviados pelo Espírito Santo:
“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.  Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram. Enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.” At 13.2-4

Sem a confirmação e a direção do Espírito Santo, o líder não tem autoridade para tomar decisões próprias. É preciso ser sensível à voz do Espírito e esperar o momento certo para agir.

4 – Sensíveis à voz de Deus:
“Jesus afirmou: —Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu”. Mt 13.17
“Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi”. At 8.26

A habilidade de liderar não está na sabedoria humana, mas, na capacidade de ouvir e obedecer à orientação que vem dos céus. É totalmente possível a uma pessoa simples ser poderosamente usada pelo Senhor na manifestação do seu poder. O compromisso com o Senhor deve ser vista por todos.

5- Cheio de Fé:
“Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” Rm 1.17

A perseverança na fé é uma virtude do líder segundo o coração de Deus. Pois, no curso da caminhada, dificuldades surgirão e é preciso está alicerçados, plena confiança para vencer as adversidades. Veja o exemplo de Abraão:     Gn 12.1-20; 17.1-27; 22.1-19

6- Exemplos vivos de Cristo:
“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” 1Co 11.1

Os líderes precisam refletir a imagem do Senhor, para que seus liderados o veja como exemplo digno de imitação. É preciso um comportamento digno, palavras sábias e ações santas. Paulo declarou-se como digno de ser imitado.

7- Homens e mulheres de caráter:
“O bispo deve ser um homem que ninguém possa culpar de nada... É preciso que o bispo seja respeitado pelos de fora da Igreja, para que não fique desmoralizado e não caia na armadilha do Diabo. Do mesmo modo, os diáconos devem ser homens de palavra e sérios...  Primeiro devem ser provados e depois, se forem aprovados, que sirvam a Igreja. A esposa do diácono também deve ser respeitável e não deve ser faladeira. Ela precisa ser moderada e fiel em tudo.” 1Tm 3.1-13

Paulo faz uma descrição das qualidades que devem estar presentes na vida do líder. É preciso que seja maduro e demonstrar um caráter ético e aprovado por todos.

8- Cheios de humildade:
“Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha:  Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano,  ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte—morte de cruz.”  Fp 2.5-8

O maior exemplo de humildade que temos, é o de Cristo Jesus. Ele, obedeceu, fez a obra e pagou um alto preço.

9- O líder ouve os liderados e aprende com eles:
“Encontrei em Davi, filho de Jessé, o tipo de pessoa que eu quero e que vai fazer tudo o que eu desejo.” At 13.22

Davi foi um rei sensível a Deus, líder humilde que aceitava as repreensões e os conselhos que procediam dos profetas. É sábio ouvir as pessoas, mesmo que as sugestões não sejam as melhores.

10- Segundo o coração de Deus:
“Então, os homens de Israel disseram a Gideão: Domina sobre nós, tanto tu como teu filho e o filho de teu filho, porque nos livraste do poder dos midianitas. Porém Gideão lhes disse: Não dominarei sobre vós, nem tampouco meu filho dominará sobre vós; o SENHOR vos dominará.” Jz 8.22,23

Alguns são líderes natos; mas, o líder sábio deposita nas mãos do Senhor as suas tarefas e sensíveis ao Espírito Santo, age segundo a Sua orientação.

11- Vida de orações e jejuns:
“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram. Enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.” At 13.2-4

A vida de oração e jejum possibilita ao líder comunhão íntima com o Senhor e a possibilidade de ouvir e ser orientado literalmente pelo Espírito de Deus. É um governo “teocrático”.

12- Sonhos, visões, profecias, revelações, etc:
“Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las.”      1Co 12.4-10

Crer e viver o sobrenatural do Senhor é uma condição na vida de um líder segundo o coração de Deus.

13- Milagres, sinais e maravilhas:
“Homens de Israel, escutem o que eu vou dizer. Deus mostrou a vocês que Jesus de Nazaré era um homem aprovado por ele. Pois, por meio de Jesus, Deus fez milagres, maravilhas e coisas extraordinárias no meio de vocês, como vocês sabem muito bem.” At 2.22

Os milagres e sinais são para nossos dias, devemos encará-los como a manifestação do poder de Deus, indispensável para a edificação de vidas.

14- Unidade dos liderados:
“Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.” At 1.14

Uma das qualidades do líder é reunir os irmãos num só pensamento, numa só direção e isto só é possível, quando há o mover do Espírito Santo da vida.

15- Intrepidez, coragem:
“Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus.” At 4.13

A nossa coragem e sabedoria nas ações precisam demonstrar que andamos com Cristo.

Mas, a maior qualidade do líder, não importa qual a classe de liderança (seja: pastor, presbítero, diácono, professor, diretor de associações, etc.), inquestionavelmente é a condição de cheios do Espírito Santo. As ações e atitudes serão bênção.

Seja um líder segundo o coração de Deus.

30/06/2013

Elias, um homem que fez a diferença em sua geração

Texto: I Reis: 18:30-39

Introdução
Neste esboço quero que todas as pessoas sejam desafiadas a tomar a posição que já foi nos dado em Cristo Jesus, e nos levantarmos como os profetas da nossa geração fazendo diferença dentro da nossa casa, no trabalho, na escola, na nossa rua, no nosso bairro, Porque em Tiago: 5:17, diz que Elias era homem igual a nós, mas foi alguém que marcou a sua geração.





LER O TEXTO: I REIS: 18:30-39
Quase todos nós conhecemos um pouco desta passagem, em que o povo de Israel está com o coração distante de Deus; E nesse tempo o Senhor levanta o profeta Elias, para ser um instrumento nas mãos Dele, e mudar a situação em que eles estavam vivendo.

Meus amados, logo de inicio eu desafio a todos vocês entenderem algo muito importante e urgente; No lugar que nós estamos inseridos como profetas de Deus, o Senhor quer nos usar para fazer uma revolução em meio a desgraça, as doenças, a miséria, o caos que nos cerca.
E o que faz com que a situação que está a nossa volta mude, são as atitudes que tomamos, porque o grande motivo de fracassos e derrotas, normalmente é a passividade, é a falta de agir diante da situação que precisamos tomar uma atitude para buscar solução para os problemas existentes.

"Então eu quero mostrar para os irmãos algumas atitudes deste Profeta que fez com que acontecesse o sobrenatural de Deus, em meio a uma situação caótica e desesperadora que a nação de Israel estava vivendo".

Deixe-me mostrar o contexto, em que o povo de Israel estava vivendo.

O rei Acabe estava reinando sobre Israel, e a palavra diz no Cap. 16:30-33, que ele fez o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os reis que foram antes dele, e ainda se não bastasse, ele se casou com uma mulher terrível chamada Jezabel, filha de Etbaal rei dos sidônios.




E esta mulher era um instrumento de satanás, ela tinha por deus, um demônio chamado baal, e por conta disso, fez o seu marido levantar altares ao deus baal, e fazer postes ídolos, e com isso o povo foi se corrompendo dia a dia.

O povo precisava se alimentar; E tudo vinha das mãos do rei, por isso eles se dobraram diante de ídolos entristecendo o coração de Deus.
1 - Primeira atitude que Elias tomou foi: "CHEGAI-VOS A MIM"
Por isso o que me chama atenção como crente, é a ousadia deste homem, que como primeira atitude, depois de desafiar aqueles demônios, e até zombar deles, no V. 30, ele chama toda atenção para si, e disse ao povo CHEGAI-VOS A MIM, e todo o povo se chegou a ele.

Como homem de Deus Elias chamou a responsabilidade para si, ele não ficou culpando os outros, ele não ficou chorando e murmurando desanimado, mas chama o povo a ouvi-lo.

Agora preste atenção a autoridade que estava sobre ele, o texto diz que todo o povo chegou-se a ele, ninguém faltou na reunião, todos vieram, eles não deram desculpa, como por exemplo: Há eu não vim por causa do serviço, meu filho estava dormindo, estava chovendo, o carro furou o pneu, eu não tinha dinheiro da condução, etc, (isso te diz alguma coisa)

Sabe queridos, a autoridade nos é dada por Deus para ser usada, em qualquer circunstância. Agora me diz: quando você abre a boca como profeta de Deus, a sua palavra é ouvida pelas pessoas que estão a sua volta?

AGORA VEM A PERGUNTA: As pessoas tem olhado para você, e tem visto a autoridade de Deus quando você fala?

Aquelas pessoas pararam para ouvir Elias porque as palavras que saía da boca do profeta eram poderosas, (pense nisto).
Queridos, através de Jesus, você tem esta autoridade; E que coisa linda é você chegar diante de uma situação de decisão de vida ou morte, e dizer para as pessoas que estão a sua volta sem saber o que fazer, OLHEM PARA MIM, vejam o que Deus vai fazer através da minha vida; IMAGINA A ESPECTATIVA DO POVO!!!, Será que Deus já te deu esta ousadia? Eu respondo que JÁ, você já recebeu do Senhor esta unção de ousadia; precisa só colocar em prática, Vejam o que o próprio Jesus disse em João 14: 12.( Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem crê em mim fará as coisas que eu faço e até maiores do que estas, pois eu vou para o meu Pai).





2 - Segunda atitude
Preste atenção que quando o povo chegou-se a ele, a sua segunda atitude foi restaurar o altar que estava em ruínas, levando o povo a entender que eles precisavam de mudanças radicais, e tomando doze pedras conforme o número das doze tribos de Israel, ele edificou um Altar ao Senhor.

Elias sabia que, quem iria operar o milagre era Deus, e o Senhor não aceitaria aquele Altar contaminado por demônios, então teria que ser restaurado, só poderia ser deste jeito, não tinha outra forma, ele não chegou já orando, já determinando, mas restaurando o Altar, ele chamou a presença de Deus para aquele lugar.
Amados, tudo começa aqui, você precisa entender que, hoje o Altar de Deus somos nós (I Co. 3:16- Certamente vocês sabem que são o templo de Deus e que o Espirito de Deus vive em vocês- e 6:19 - Sera que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espirito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertecem a vocês mesmos, mas a Deus.) A santidade em nossa vida como Altar do Senhor, abre as portas do sobrenatural, quando abrimos a nossa boca em fé, em nome do Senhor, foi por isso que o Profeta começou restaurando o Altar que estava em ruínas.



E Altar restaurado fala de tomada de posição em Deus, fala de uma vida que tem prazer em servir ao Senhor, Altar restaurado fala da presença de Deus agindo através da nossa vida, das nossas atitudes que honrem o nosso Senhor e Pai.

Aqui existe algo para nós pensarmos; É que o altar do Senhor que somos nós, há possibilidades de haver contaminações de demônios, então está sempre precisando ser restaurado, e estas contaminações podem ser como, por exemplo:

Ódio do irmão, mentira, inveja, ciúmes, fofocas, murmuração, ser omisso para com o que Deus tem nos comissionado, retenção de dízimos e ofertas, falar mal dos outros, negligenciar o ministério, insubmissão, auto-suficiência, etc.
3 - Terceira atitude
Ao tomar as doze pedras, ele fez o povo lembrar que o número doze tinha um significado muito importante para eles, isto apontava para o Deus que tinha separado Israel como nação escolhida para testemunhar do Deus verdadeiro.

O que ele fez, foi levar o povo a entender que precisava acontecer uma decisão de santificar-se, porque de outra forma, Deus não iria fazer nada no meio daquele povo idólatra, sem haver um arrependimento, por isso ele entendeu que o povo precisava definir quem era o seu Deus, e entender que a santidade convém à casa do Senhor.

E ele diz ao povo; vocês precisam decidir agora quem é o seu Deus; porque vocês estão coxeando entre dois pensamentos, então hoje é dia de decisão, Se o seu Deus é o vosso Senhor, segui-o, mas se é baal, segui-o.
Elias foi um Crente, ou um líder que foi contra aquela situação que dominava a volta daquele povo, ele viveu literalmente o que o Apóstolo Paulo falou em Rm. 12:1-2, quando disse; Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos....



Ele não se dobrou diante do sistema governamental, não se dobrou diante da idolatria, nem diante do sistema religioso maligno que dominava, ele não aceitou aquela situação, ele não fez conchavo político, ele não procurou o rei para negociar, mas se posicionou como um líder que sabia quem era o seu Deus, e chegou a ser chamado pelo rei como; Perturbador de Israel.

O rei Acabe estava tão perdido, tão longe de Deus, tão cego, que quando a voz de Deus chega através do profeta, ele entende como sendo perturbação, e na realidade, nós queremos perturbar o império das trevas mesmo.
Queridos, é exatamente assim que acontece quando você abre a boca como Profeta de Deus, as trevas que estão sobre as vida das pessoas que você irá chamar para ouvir e ver a manifestação da Glória de Deus, irão se sentir ameaçada, e talvez você seja também chamado de perturbador como foi Elias, mas isso é maravilhoso.

Queridos, sempre que você se levantar para pregar a palavra de Deus, as trevas se sentem ameaçada, o inimigo se levanta, mas a palavra de Deus nos diz em
I João 4: 4, "Que maior é aquele que está em nós, do que aquele que está no mundo"




4 - Quarta atitude de Elias
Ele não esperou que aqueles falsos profetas decidissem alguma coisa, mas foi ele quem tomou a frente e estabeleceu o desafio, isto é autoridade, isso é unção de governo, Elias chegou para fazer diferença, ele não temeu, não se acovardou, mas chamou aquele povo para ver o manifestar da Glória de Deus com o que ia acontecer;

Isto é fundamental, porque na maioria das vezes, nós permitimos que os ímpios tomem a dianteira, e depois ficamos ou falando mal, ou reclamando, enquanto o Senhor está dizendo; Eu lhes dei a unção de governo, a autoridade para fazer diferença, e sair na frente, vão agora em meu nome, e seja ousado.

Sabe queridos, chegou o momento que a igreja precisa sair das quatro paredes, e mostrar a cara diante deste mundo apodrecido mostrando o caminho para a saída deste caos que está a nossa volta.

Agora o que é muito importante, é que Elias sabia o que estava fazendo, ele não foi no barulho dos outros, ele não estava fazendo aquilo porque viu os outros fazer igual; mas tinha plena convicção de que o Espírito de Deus era com ele, por isso ele não temeu diante desta decisão que tinha que tomar.
É só olharmos para o capítulo 17:1, E vermos como Elias chega dizendo; Tão certo como vive o Senhor Deus de Israel, EM CUJA FACE ESTOU, Nem orvalho, nem chuva haverá nestes dias SEGUNDO A MINHA PALAVRA, Isto é relacionamento com Deus.



Você já ousou empenhar a sua palavra, como se fosse a palavra do próprio Deus, Elias estava desafiando a natureza, era algo muito sério, você já pensou em liberar uma palavra e alterar o curso da natureza, isso é poderoso!!!
Agora no V. 36, quando ele restaurou o Altar, ele começa a orar, e diz com um clamor; Ó Senhor Deus de Abraão, Isaque e Jacó, manifeste-se hoje que Tu és Deus em Israel; e que SEGUNDO A TUA PALAVRA, Fiz toda estas coisas.

Antes ele disse segundo a minha palavra, agora ele diz segundo a tua palavra; Isto nos mostra uma sintonia poderosa entre o profeta e Deus; e que nos alerta para o que Jesus disse em João: 15:7, Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e será feito; Elias vivia estas verdades.



E o que é tremendo, é que no V. 37, o alvo de Elias com tudo isso era Glorificar o Nome do Senhor, ele disse Pai, eu estou fazendo isto, para que este povo conheça que tu, Senhor, és Deus.
E quando nós olhamos para fatos como estes, logo pensamos; Bem isso aconteceu porque Elias era um profeta de Deus, e eu afirmo pela palavra, que você também é um profeta de Deus, como foi Elias, também você é, (Tiago: 5:17-18). O profeta Elias era um ser humano como nós. Ele orou com fervor para que não chovesse, e durante 3 anos e meio não choveu sobre a terra. 18-Depois orou e então choveu, e a terra deu a sua colheita.



Esse é o momento de você abrir a tua boca e profetizar, de impor as mãos sobre os enfermos e determinar a cura em nome de Jesus, é o momento de vivermos os sinais de Deus, até alterando o curso da natureza, como aconteceu aqui, onde Elias orou e por três anos e seis meses não choveu em Israel.

Queridos, quando o Altar do Senhor que somos nós é restaurado e a manifestação de Deus acontecer; de quem será a glória, quem receberá a adoração; infelizmente, Deus opera de maneira espetacular, e pessoas querem receber os aplausos e a honra.

Meus amados, eu creio sem sombra de dúvidas, que este é o tempo em que o Senhor está nos levantando como profetas, para que na ousadia do Espírito Santo; Não nos calarmos diante de qualquer situação que surgir a nossa frente, seja ousado e determinado, que se você fizer isto com uma vida santa, na dependência do Senhor, com certeza Ele vai te dar respaldo naquilo que você estiver fazendo; porque isto Glorificará o nome Dele.

Talvez você esteja passando por situações que você não vê saída, ou seja, até mesmo um liderado seu, pode ser que seja desemprego, doença, necessidade das coisas, até de alimento, problemas familiares, Você precisa crer que você é um profeta de Deus, e abrir a boca em nome de Jesus e declarar a vitória sem recuar, e você vai ver o manifestar da glória de Deus sobre estas situações.

Nós somos os Elias desse tempo, abra a sua boca e profetize a palavra de Deus, em nome de Jesus, não deixe que a sua reunião de célula seja morna, ou mesmo morta, seja um profeta de Deus, nós estamos vivendo um momento de graça abundante da parte do Pai, então use a autoridade que Deus te deu.
5 - Quinta atitude de Elias
Queridos a quinta atitude de Elias, foi para selar aquilo que Deus tinha operado de uma forma sobrenatural; No Cap. 18:38-40, assim que o fogo desceu do céu e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras e a terra, e ainda lambeu a água que estava no Rêgo, Todo o povo caiu com o rosto em terra dizendo: Só O Senhor é Deus, só O Senhor é Deus.



Foi muito bonito este momento, mas o inimigo continuava ali, então Elias usado pelo Senhor dá uma ordem: Lançai mão dos profetas de baal, e que nenhum deles escape, levem ao ribeiro de Quisom, e matem todos.

Meus irmãos isto nos ensina algo muito importante e necessário; Que com os nossos inimigos não podemos lhes dar chance de voltar a nos perturbar; Quantas vezes nós ganhamos uma batalha e baixamos a guarda, e o inimigo está só esperando para atacar de novo.

Enquanto estávamos vivendo o problema, orávamos, jejuávamos; Mas assim que tivemos a vitória, relaxamos, e já não oramos mais quanto devíamos, deixamos o jejum de lado; Mas você está aprendendo o que devemos fazer com o nosso inimigo, Exterminá-lo, esta é a palavra de ordem; Que nenhum escape.
Quando eu olho para esta quinta atitude de Elias, eu me lembro do Salmos 18:37-39, (Ler o texto) Quando o salmista diz: Persegui os inimigos e os alcancei, e só voltei depois de dar cabo deles;

Esmaguei-os a tal ponto, que não puderam levantar-se; caíram sob meus pés;

Pois de força me cingiste para o combate e me submeteste os que se levantaram contra mim.

Queridos, é desta maneira que temos que olhar, e agir contra os nossos inimigos, porque os nossos inimigos são demônios, e não são pessoas, por isso se levante como um profeta do Altíssimo, e fale em nome do Senhor e veja a palavra se cumprindo sobre a sua vida.




Que o Deus de paz guarde os vossos corações, e as vossas mentes em Cristo Jesus, e lhes dê unção e graça sobre tudo que vocês colocarem as mãos, sejam instrumentos nas mãos do Senhor, para Glória de Deus Pai.

AMÉM.

17/06/2013

DEUS NOS DA A VITÓRIA

Quero te lembrar hoje do texto de Provérbios 21:31 "O cavalo se prepara para a batalha, mas a vitória vem do Senhor". Este texto é motivador, pois garante que o Senhor é o Deus de vitória, pode acreditar, ele nos dá a vitória sem...pre.
Mas pense comigo, nos tempos antigos, no tempo em que as pessoas se preparavam para uma batalha, elas verificavam a armadura se estava bem firme, a espada se estava afiada, e o cavalo se estava com a cela ajustada. O cavalo não se preparava para a batalha sozinho! Alguém devia prepara-lo para a batalha. O senhor falou ao meu coração que o cavalo de Provérbios 21:31, simboliza aquilo que nós já temos, aquilo que nós já somos e que está a nossa disposição. O fato é que todos já temos algum tipo de cavalo em nossas mãos, alguma benção já possuímos, e o Senhor esta falando que precisamos preparar o cavalo para a batalha, ou seja, usar aquilo que já temos em prol do reino de Deus e também das nossas vidas. Só que tem pessoas que são preguiçosas, não querem se esforçar, não querem ter o trabalho de preparar seu cavalo, estão desempregados mas não tem a atitude de preparar seu curriculum e espalhar nas empresas, estão doentes mas não tem a atitude de procurar um médico, estão com problemas de relacionamentos, mas não tem coragem de pedir perdão e perdoar. Não preparam o cavalo para a batalha, mas querem que a vitória de Deus chegue e resolva tudo hoje. Hoje venho dizer a você em nome de Jesus: se você não se esforçar, ter atitude, Deus não vai te ajudar!
O Senhor não cria meninos mimados e preguiçosos, ele cria homens e mulheres compromissados com seu Reino, dispostos a passar por tudo para anunciar a salvação em Jesus e que no momento de dificuldade, não cruzam os braços mas vão a luta, se você é uma pessoa assim que vai a luta e que faz tudo que esta a seu alcance, se prepare pois TEM VITÓRIA DE DEUS PRA VOCÊ.

06/06/2013

DUPLA HONRA

“Dêem a cada um o que lhe é devido... se honra, honra.” – Rm 13.7

O que vem à sua mente quando você ouve a palavra HONRA? Farei algumas perguntas para fomentar a sua reflexão: você sabe o que é honra? A quem devo honrar? Pergunte a si mesmo: eu gostaria de ser trata...do com honra? Você sabe o que isto significa no mundo espiritual, sua prática para a sociedade e nossos relacionamentos sociais? Você sabe o que isso atrai para sua vida e espírito? Você tem exercitado este princípio? Agora que você lê sobre este assunto, antes de prosseguir, considere isso em seu coração e fale com Deus.

Infelizmente esse princípio tem sido esquecido em nossa sociedade pós-moderna e parece que quem deseja mantê-lo vivo se torna uma pessoa antiquada e alienada. Os mais antigos se lembram da honra que era dada em especial aos pais, professores, autoridades espirituais e patrões. A palavra honra está caindo em desuso; contudo o preço que estamos pagando como sociedade organizada é muito caro.

Vivemos em uma sociedade imperfeita, onde existe muito abuso de poder, desmando de líderes, opressão e corrupção de governantes, pais monstros e líderes cristãos que se afastam da prática dos bons valores. Infelizmente tudo isto é fato desde os tempos da antiguidade, muitas pessoas usando mal sua liderança constituída por Deus apenas para egoísmo e benefício pessoal.

Todavia, isto nos dá o direito de sermos negligentes com a orientação bíblica da Palavra? Talvez você nunca honrou porque nunca foi honrado, ao invés de ser amado e abençoado você foi abusado e humilhado. Você precisa rever isso em seu coração, porque ao honrar você obedece a Deus e atrai bênçãos sobre sua vida. Mesmo Deus sabendo que existem maus pais, Jesus ordenou: “honra teu pai e tua mãe”. (Lc 18.20) Jesus não ensinou a honrar o bom pai e a boa mãe, não é mesmo? Seu dever é amar e honrar!

A mesma regra se aplica aos líderes, pastores e mestres, cada um tem a missão de zelar pela família de Deus, mas se não o fizerem, prestarão contas a Deus. E se você não honrar, quem prestará contas a Deus? Você ou Ele? Se você não está gostando do que está colhendo, mude suas sementes e forma de semear!

As Escrituras também registram que devemos honrar duplamente. O original do texto trata a honra financeira de forma especial aos que presidem, pregam e ensinam a Palavra do Senhor para nossa vida. Por que dar duas vezes? Porque eles são especiais na sua vida! “Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino”. (I Tm 5.17)

Outra questão também muito importante sobre a honra é que ela está diretamente associada à frutificação espiritual. Jesus falou que a desonra aos profetas de Deus está associada à falta espiritual - Jesus lhes disse: "Só em sua própria terra e em sua própria casa é que um profeta não tem honra. E não realizou muitos milagres ali, por causa da incredulidade deles”. (Mt 13.57-58)

A Bíblia diz que devemos honrar a todos, tratando com dignidade: “Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios”.(Rm 12.10) Mas em especial, você deve honrar as pessoas que exercem autoridade em sua vida por obediência e por desejo de vida espiritual frutífera!

Vamos cuidar do coração, para que quando alguém for honrado em nosso meio, nosso coração seja de alegria e gratidão e nunca de inveja, pois está escrito: “Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele”. (I Co 12.26)

A inveja nos empobrece e nos faz pequenos, é fácil observar quando a inveja entra em nossa vida e estraga o nosso coração.

Não façamos como o homem que não teme ao Senhor e Sua Palavra. Vamos resgatar o princípio bíblico da honra em casa e na sociedade em geral. Se você nunca teve, busque em Deus porque Ele é a fonte. Assim você recebe sobre a sua vida aquilo que honra e abençoa.

Ainda é possível resgatar o valor e a prática da honra. É uma virtude divina que honra os céus e abençoa a vida das pessoas. Certamente as próximas gerações vão agradecer!

Pense bem nisto!

ENTERRE OS MORTOS

Dizem que passado o terremoto de Lisboa (1755), o rei Dom José perguntou ao General Pedro D’Almeida, Marquês de Alorna, o que se havia de fazer. Ele respondeu ao rei:
Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos.
Essa resposta simples, franca e direta tem muito a nos ensinar.
Muitas vezes temos em nossa vida “terremotos” avassaladores como o de Lisboa no século XVIII.A catástrofe é tão grande que muitas vezes perdemos a capacidade de raciocinar de forma simples, objetiva.
Esses “terremotos” podem ser de toda ordem.Todos nós estamos sujeitos a “terremotos” na vida.
O que fazer? Exatamente o disse o Marquês de Alorna: “Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”.
E o que isso quer dizer para a nossa vida? Que lições podemos tirar desse conselho a D. José?
Sepultar os mortos
Significa que não adianta ficar reclamando e chorando o passado.É preciso “sepultar” o passado.Colocar o passado debaixo da terra. Isso significa “esquecer” o passado.Pouco ou nada resolve abrirmos uma “sindicância” para descobrir os culpados pelo terremoto.
Também não adianta ficarmos discutindo como teria sido se o terremoto não tivesse ocorrido.Ou ainda se Lisboa estivesse situada fora da falha geológica que gerou o terremoto.
Enterrar os mortos
E a verdade é que muitos de nós temos uma enorme dificuldade em “enterrar os mortos”.Ficam anos e anos em atitude de um eterno velório.Passado o terremoto, lembre-se, a primeira coisa a ser feita é “enterrar os mortos”.Cuidar dos vivos significa que depois de enterrar o passado, temos que cuidar do presente.
Cuidar do que ficou vivo
Cuidar do que sobrou. Cuidar do que realmente existe.Fazer o que tiver que ser feito para salvar o que restou do terremoto.Dar foco ao presente só será possível se enterrarmos os mortos, esquecermos o passado.
Cuidar dos vivos significa reunir pessoas e bens que sobreviveram ao terremoto e rearranjá-los de forma a servirem para a reconstrução, para o novo.
Muitas pessoas não conseguem dar foco ao presente para “cuidar dos vivos”.Vivem o tempo todo na ilusão do que poderia não ter ocorrido. Não conseguem se desligar.Não têm energia para “cuidar dos vivos”.
Fechar os portos
Significa não deixar as “portas” abertas para que novos problemas possam surgir ou “vir de fora” enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando o que restou do terremoto de nossa empresa ou de nossa vida.Significa não permitir que novos problemas nos desviem do “cuidar dos vivos”.
Fechar os portos também é necessário porque quando você está passando por um “terremoto”, seus adversários e inimigos sabem de sua fragilidade e possível desesperança.E aí quererão aproveitar-se de sua fraqueza.
Se você deixar seus “portos” abertos poderá ter que lutar contra os invasores, vampiros e abutres que virão espreitar a sua desgraça. Feche os portos!
Os conselhos do Marquês de Alorna a D. José são de uma sabedoria indiscutível.Serviram para a reconstrução de Lisboa em 1755 e servem para as nossas vidas hoje também.É assim que a história nos ensina.
Portanto, quando você enfrentar um terremoto, não se esqueça: enterre os mortos, cuide dos vivos e feche os portos!

03/06/2013

JURO POR DEUS

Ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6:24).
 
Texto para reflexão: Sofonias 1:1-6
Quem "jura por Deus" para enfatizar algo, geralmente nem pensa no que diz com isso. Na verdade, pede que Deus lhe dê apoio. Pois bem: não posso fazer isso se eu for sincero? Não posso pedir que Deus me dê o seu OK quando digo a verdade? Pelo jeito, algum problema existe, porque na nossa leitura Deus diz: "Eliminarei ... os que se prostram jurando pelo Senhor". É uma ameaça! Por quê? Jesus disse certa vez que é melhor não jurar por nada, mas simplesmente dizer a verdade. Mas a questão aqui não é esta. Por que Deus ameaça quem "jura por Deus"? Temos de ler o texto todo: ele fala de gente que também "jura por Moloque" e que adora as estrelas, ou seja, para tais pessoas Deus não passa de mais um deus entre outros. É o que se chama de "acender uma vela para Deus e outra para o diabo", como se precisássemos de outras garantias além de Deus. Isso é uma afronta ao único Deus vivo, que nos criou e nos mantém. Não se trata de jurar ou não. Trata-se de Deus ser o único Senhor na nossa vida ou não. Se não for, pedir seu apoio é ofendê-lo. Se, porém. Deus realmente estiver no comando da nossa vida, nem precisamos "jurar por ele" - nossa própria conduta fará com que as pessoas creiam no que dizemos. Daí aquela recomendação de Jesus. Deus nos oferece o seu apoio, mas à maneira dele. Não falando dele, mas com ele, recebendo seu perdão porque nos afastamos dele e passando a obedecer-lhe. Não rebaixe seu contato com Deus a uma mera frase. Dependendo da sua atitude, você tem tudo a ganhar ou a perder.
Pão diário.

22/05/2013

PROCURE PELO SUCESSO TODOS OS DIAS

É importante procurar pelo sucesso todos os dias. Talvez as coisas não tenham sido perfeitas, hoje, talvez você furou a sua dieta ou disse algo que você gostaria que não tivesse dito, mas graças a Deus que você percebeu isso e agora está dando passos na direção certa. Não se concentre em seus erros, concentre-se nos momentos importantes de sua vida. Talvez você tenha tomado algumas decisões erradas, mas você tomou uma série de decisões corretas, também. Talvez você não tenha feito tudo que você queria, mas pelo menos você já realizou algumas coisas. Você está melhor do que você estava no passado, e seu futuro está ficando cada vez mais promissor. Veja-se como bem sucedido, porque aquilo no qual você se concentra se tornará realidade.
A Escritura diz: "Àqueles que tem, mais será dado." Isso significa que você ter acesso a mais dons, talentos e oportunidades ao continuar a usar o que lhe foi dado. Deus confiou a cada pessoa uma medida de dons, talentos e habilidades. Ele está esperando para ver o que vamos fazer com eles. Se você for fiel com o que Deus lhe deu, Ele vai multiplicar os seus dons e aumentá-los de uma maneira que você nunca sonhou. A questão não é o quanto você tem, mas como usa o que tem.

05/05/2013

QUANDO DEUS SE CALA


Você já teve a sensação de estar fazendo a coisa certa e tudo está dando errado? Ou já se sentiu abalado porque Deus está completamente calado, em silêncio a respeito do que Ele prometeu que iria fazer? Sente Deus distante, parece que não se importa com você?

Onde está Deus agora? Onde está Deus nesse momento de aflição? Porque Deus está calado? Qual será o momento que verei a promessa de Deus ser cumprida? Até quando esperarei por algo que parece que não vai acontecer?

Provavelmente todos nós já fizemos perguntas como essa. Não há nada mais difícil do que esperar quer seja algo bom ou ruim, e a maneira que encontramos para obter a resposta mais rápida é querer ajudar Deus a colocar seus planos em ação. E é quando tomamos atitudes precipitadas que aparentemente achamos que é o certo a fazer, que o seu plano vai funcionar perfeitamente, mas, o resultado pode custar caro para nós e aos que estão ao nosso redor.

Sara, esposa de Abraão, fez isso. Em Genesis 17:19 diz: “E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele”. Sendo esta palavra confirmada em Romanos 9:9 “Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho”.

A palavra de Deus foi dada a Abraão e Sara como uma maravilhosa promessa. Sara era estéril, e Deus havia prometido uma descendência tão numerosa quanto às estrelas do céu, e as areias do mar. E assim passaram-se dias, meses e anos e era a mesma frustração. Por fim, Sara decidi resolver a situação a sua maneira, e do ponto de vista limitado dela, um filho só seria possível através de outra mulher (uma prática comum naquela época). Ao lermos os acontecimentos que se seguiram acredito que Sara deve ter se arrependido por sua falta de fé e atitudes precipitadas (mais tarde o irmão de Isaque, Ismael – filho da escrava Agar, se tornaria o pai do povo árabe, hoje constituída quase que totalmente de muçulmanos (Gen.16).

Quando Deus fala com você através da bíblia, de uma promessa, na oração, circunstancias, igreja ou de qualquer outra forma, é porque Deus tem um propósito em mente para a sua vida, mesmo que pareça estar calado, Deus cumpre o que fala e o momento em que Ele cumpre é o tempo certo dele. Demorou 25 anos para que Isaque, o filho da promessa, nascesse (Gen.12:4 / 21:5); Sara teve dificuldades em crer na promessa de Deus que era direta e especificamente para ela e seu esposo. Atitudes esta que muitas vezes é parecida com as que praticamos, tentamos fazer com que as promessas de Deus se cumpra através de esforços próprios que não estão alinhados na Palavra de Deus.

É sempre bom lembrar que o que Deus promete, Ele cumpre, mesmo que para você o tempo esperado seja grande demais, aprenda a enxergar que o tempo certo é de Deus e enquanto espera, o seu caráter está sendo moldado, sua fé sendo aperfeiçoada, só assim você poderá experimentar vitórias notáveis, uma firme fé em Deus não garante uma vida feliz e despreocupada, mas a certeza é que Deus manterá as suas promessas a seu favor, e se você crer verá a Gloria de Deus. Você percebe como as ações de Sara revelaram o que ela realmente cria a respeito de Deus? Ela não teve fé suficiente para acreditar que Deus era capaz de fazer o impossível, esse ato de incredulidade custou muito caro, Ismael trouxe muito sofrimento a Sara e Abraão. O que fazemos em resposta as promessas de Deus revela o que cremos a respeito Dele.

Quando Deus se cala é porque Ele está preparando o milagre para você, é preciso crer e confiar Nele, pois o que fazemos enquanto Deus está em silêncio, irá demonstrar a nós e aos que estão ao nosso redor o que cremos a respeito do que Ele nos prometeu. O mundo passa a conhecer Deus quando vê a natureza Dele sendo expressa por meio da atuação dele mesmo em você e através de você.

APRENDENDO UM POUCO MAIS COM O APÓSTLO PEDRO

I – A BIOGRAFIA DE PEDRO (I) – SIMÃO, O PESCADOR DE PEIXES QUE SE TORNOU OUVINTE DE CRISTO




- Nesta lição, estudaremos a segunda personagem do Novo Testamento, o apóstolo Pedro, um dos doze, que tem proeminência na narrativa dos Evangelhos e na primeira parte do livro de Atos dos Apóstolos e que é, sem dúvida, um grande exemplo da mudança de caráter que Jesus faz na vida de todos quantos O aceitam como Senhor e Salvador de suas vidas.


- Pedro surge, pela vez primeira, nas Escrituras Sagradas, em Mt.4:18, quando nos é informado que seu nome era “Simão”, forma diminutiva de “Simeão” (em hebraico, “Shimon”), cujo significado é “Deus ouviu”, nome, aliás, do segundo filho de Jacó e Lia (ou Léia), onde se dá a explicação do significado deste nome (Gn.29:33).


- Simão era filho de Jonas, por isso chamado de “Barjonas”, palavra que, em aramaico, significa “filho de Jonas” (Mt.16:17), tendo tido o seu nome mudado por Jesus para “Pedro” (Mc.3:16; Jo.1:42), que significa “pedregulho”, “pedra pequena”, mesmo significado da palavra “Cefas” (Jo.1:42; I Co.15:5 e Gl.2:9), que é a versão aramaica do nome “Pedro”, que é grego. Jonas, seu pai, deveria ser um pescador. Como bem explica o pastor Osmar José da Silva, “…os filhos de Jonas, André e Pedro, trabalhavam na pescaria com o pai, embora tudo leva a crer que Simão tinha o seu barco próprio. A pesca era um dos negócios rentáveis naqueles dias; possuir barcos e redes para a indústria pesqueira não era para pessoas pobres e, portanto, estes homens eram considerados classe média alta; possuidores de suas casas próprias e viviam bem, para os padrões da época. A indústria da pesca era uma das mais importantes naqueles dias…” (Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade (São Paulo:s.e., 2001), v.6, p.22-3).


- Simão, como seu irmão André, era de Betsaida (Jo.1:44), cidade cujo nome significa “casa de pesca” ou “casa do pescador”, a revelar, portanto, a própria vocação da cidade, cidade esta que ficava à margem nordeste do mar da Galiléia, situada perto de Cafarnaum, onde Pedro foi morar, pois ali era a sua casa (Mt.8:13,14). Era casado, tanto que, já quando estava a pregar o Evangelho, se fazia acompanhar de sua mulher (I Co.9:5), além do que um dos primeiros milagres de Jesus, em Seu ministério público, foi o de curar a sogra de Pedro.


- O irmão de Simão, André, era discípulo de João Batista (Jo.1:37,40) e, quando este testificou que Jesus era o Messias, imediatamente passou a segui-lO, tendo, então, ido ao encontro de seu irmão Pedro e lhe falado a respeito de Jesus, oportunidade em que o Senhor lhe mudou o nome. Isto nos revela que Pedro, assim como André, tinham uma preocupação com respeito ao reino de Deus, às coisas espirituais, dentro do clima surgido naquele tempo de ansiedade pela vinda do Messias, ante a opressão ocasionada pelo domínio romano, que havia se intensificado. Apesar de indoutos, de não terem freqüentado as academias rabínicas, de terem se dedicado, ainda jovens, à pesca, eram homens que anelavam pela redenção de Israel.


- Apesar de Jesus ter mudado o nome de Pedro, este não O seguiu de imediato. Com efeito, depois deste encontro, que ocorreu em Betânia, da outra banda do Jordão, onde João batizava (Mt.3:13; Jo.1:28,35 — não confundir com a aldeia de mesmo nome onde moravam Lázaro e suas irmãs), vemos que Jesus foi para a Galiléia, mas Pedro não O seguiu, tendo retornado à pesca, assim como seu irmão André (Mt.4:18).


- Pedro só iria abandonar tudo e seguir a Cristo no episódio que os estudiosos da Bíblia chamam de “pesca maravilhosa”, descrito com minúcias em Lc.5:1-11, quando nos é informado que Jesus foi pregar no mar da Galiléia e, como a multidão o apertava, entrou no barco de Simão e dali os ensinou. Depois da preleção, mandou que Pedro fosse para o mar alto e lançasse as redes para pescar, o que totalmente contrário à lógica, vez que haviam pescado a noite inteira e nada haviam apanhado. Entretanto, Simão, diante desta ordem do Senhor, que nem sequer pescador era, obedeceu e houve uma grande quantidade de peixes. Simão, então, prostrou-se diante do Senhor e pediu que Se ausentasse dele pois era ele um homem pecador. Jesus, porém, disse para que Simão não temesse e o chamou para que fosse, dali em diante, pescador de homens. Foi, então, que Pedro tudo deixou e passou a seguir o Senhor.


- Já aqui vemos que Pedro precisou de um sinal para compreender que deveria seguir a Cristo. Não fora suficiente o encontro que tivera em Betânia além do Jordão, que lhe tivesse sido mudado o nome. Pedro mostra-se aqui como um típico representante dos “crentes da circuncisão”, pois, como bom judeu, movia-se através de sinais (I Co.1:22). Diante do sinal, porém, rende-se ao Senhor Jesus, o que não foi algo fácil para um homem como Pedro, que, ao longo da narrativa dos Evangelhos, revela ser um homem impulsivo, violento e que, assim agindo, demonstrava uma certa simpatia para com o partido dos zelotes, os radicais judeus que entendiam que a libertação de Israel deveria se dar pela revolta ao domínio romano.

- Pedro obedeceu ao Senhor Jesus. Lançou a rede sob a palavra de Cristo (Lc.5:5) e, ao ver o sinal da pesca maravilhosa, reconheceu o senhorio e a divindade de Jesus, tanto que se prostrou aos Seus pés e se confessou um pecador, incapaz de ter a companhia de Cristo, o Santo (Is.40:25; Os.11:9). Não há como seguir a Jesus sem que se tenha a obediência à Palavra de Deus, a fé nesta mesma Palavra, a confissão dos pecados e o reconhecimento do senhorio e da divindade de Cristo Jesus. Já tivemos esta experiência?


OBS: O gesto de Pedro é um explícito reconhecimento da divindade de Cristo, máxime para quem simpatizava com os zelotes, como era o caso de Simão, para quem, no dizer do historiador judeu, Flávio Josefo, “…há um só Deus, ao qual se deve reconhecer por senhor e rei; eles tem um amor pela liberdade, que não há tormentos que não sofram e não deixem sofrer as pessoas mais caras, antes que dar a quem que seja o nome de senhor e de mestre.…” (Antigüidades Judaicas XVIII, 2, 760. In: História dos hebreus. Trad. Vicente Pedroso, 1990, v.2, p.154). Dizemos que Simão era, no mínimo, simpatizante dos zelotes, porque se mostrou, ao longo da narrativa dos Evangelhos, uma pessoa que aceitava o uso da violência e vivia armado, assim como os zelotes.


- Mas, observemos o texto sagrado, Pedro abandonou tudo e seguiu a Cristo, mas não pediu perdão pelos seus pecados. Reconheceu-se pecador, viu em Jesus o Messias, mas não se arrependeu dos seus pecados, o que faria, apenas, depois de ter negado a Cristo, ocasião em que choraria amargamente e, então, se converteria (Lc.22:62). Por isso, já no final do Seu ministério terreno, Jesus, em um gesto surpreendente para nós, diz que Pedro ainda precisava se converter (Lc.22:32). A conversão exige mais do que a obediência à Palavra, a confissão dos pecados e o reconhecimento do senhorio e divindade do Senhor: exige arrependimento dos pecados. Sem o arrependimento, não há como obter-se a salvação. Daí porque a pregação de Cristo ter sido a do arrependimento, antes de mais nada (Mc.1:15; Lc.5:32; At.5:31).


- Dos primeiros discípulos a ser chamado, Pedro também faria parte do chamado “círculo íntimo do Senhor”, as três “colunas” do colégio apostólico, como denominaria o apóstolo Paulo (Gl.2:9), os três discípulos que presenciaram os momentos mais profundos do ministério terreno de Cristo (Mc.5:37; Mc.9:2; 14:33; Lc.8:51). Apesar desta “intimidade”, Pedro não passava de um “ouvinte” (outro significado do nome “Simão”), antes de se converter. Não podemos ser apenas ouvintes da Palavra do Senhor, pois isto é insuficiente para que alcancemos a salvação (Tg.1:23,25). Devemos ser ouvintes e praticantes, cumpridores de tudo quanto o Senhor nos ensinar.


- Mas, além de ter sido um dos três que desfrutavam de maior intimidade com o Senhor, Pedro, também, teve experiências singulares no ministério terreno de Cristo, a ponto de, inclusive, se ter criado a falsa doutrina do “primado de Pedro”, em que, inclusive, está baseado o Romanismo. Pedro foi o discípulo a quem o Pai revelou a identidade de Jesus como Filho do Deus vivo (Mt.16:16,17), como também o que presenciou o milagre da moeda na boca do peixe para o pagamento das didracmas de Cristo e do próprio Pedro (Mt.17:27).


- Parece, então, ser até paradoxal que, no final de Seu ministério terreno, Jesus tivesse dito a Pedro que ele necessitaria se converter, diante de tantas experiências vividas ao longo daqueles mais de três anos na companhia do Mestre. Entretanto, esta era a realidade espiritual de Pedro: fazia companhia a Cristo, mas não passava de um “ouvinte”, ainda era “Simão” e não um “Pedro”, uma “pedra viva de Cristo” (I Pe.2:5), que pudesse oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus.


- Com efeito, vemos que, durante o ministério terreno de Jesus, Pedro era um discípulo que, ou se adiantava, ou se atrasava em relação à vontade do Senhor, numa oscilação de quem não tinha, ainda, se entregado a Cristo, passado a não mais viver, mas a Cristo viver nele. Em vários episódios, vemos que Pedro está sempre em dissintonia com o Senhor.

- Logo no início de sua convivência com o Senhor, vemos Jesus entrando na casa de Pedro, em Cafarnaum, certamente para se alimentar, depois do culto sabatino na sinagoga (Mt.8:14-17; Mc.1:29-32; Lc.4:38-41). A sogra de Pedro, porém, estava ardendo em febre. Jesus foi ao encontro da sogra, tomou-a pela mão e a curou. Pedro nada fez, nem sequer pediu a Jesus que curasse sua sogra, o que parece ter sido feito pelos outros que acompanhavam a Jesus e isto depois de ter sarado a enfermidade do criado do centurião. Estava, pois, atrasado, aquém da vontade do Senhor.


- Mas, ainda na casa de Pedro, Jesus, depois de ter curado a muitos enfermos naquele mesmo dia, no dia seguinte, sendo ainda escuro, foi orar (Mc.2:36-39). Simão e os outros seguem-nO, mas não para orar, mas para chamá-lO, pois havia outros enfermos que haviam se dirigido até a casa da sogra de Pedro. Jesus, então, lhes diz que é necessário que ele vá pregar o Evangelho em outros lugares, não podendo ficar somente na casa de Pedro. Mais uma vez, Pedro se encontrava aquém da vontade do Senhor.


- No episódio da tempestade no mar da Galiléia em que Jesus anda por sobre as águas (Mt.14:22-36; Mc.6:45,46; Jo.6:15-21), vemos que Pedro, assim como os outros discípulos, primeiro achou que Jesus fosse um fantasma, mas, depois, quando Jesus Se identificou, Pedro foi mais ousado que todos os demais e pede uma comprovação do dito de Cristo, pedindo que também se lhe fosse possível andar sobre as águas, o que é concedido, mas, quando já andava sobre as águas, Pedro temeu os ventos, as ondas e a tempestade, começando a afundar, tendo sido socorrido por Cristo e retornado, nEle segurando, ao barco. Pedro esteve aquém da vontade do Senhor e depois foi para além da vontade de Cristo, sendo, depois, considerado um homem de pouca fé pelo Senhor, em virtude de suas dúvidas. Atrasado ou adiantado, mas nunca no centro da vontade do Senhor.


- Quando Jesus defende Seus discípulos perante os fariseus, porque eles não haviam lavado as mãos quando comiam pão, Pedro pediu que o Senhor explicasse a parábola que contara a respeito dos fariseus (Mt.15:13-20; Mt.7:14-23). Jesus identificou nesta pergunta de Pedro mais uma incompreensão a respeito das coisas de Deus. Era mais uma demonstração de quem se encontrava fora de sintonia com a vontade do Senhor.


- Em Cesaréia, então, temos uma relevante demonstração desta dissintonia do discípulo em relação ao seu Mestre. Jesus perguntou aos discípulos quem dizia ser o Filho do homem e várias foram as respostas dadas. Pedro, porém, tomou a palavra e disse que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus vivo (Mt.16:16). O próprio Jesus testifica que Pedro havia tido esta revelação diretamente do Pai, pois era impossível que a mente humana chegasse a tal conclusão. Encontramos aqui Pedro como sendo, dos discípulos, o único que se pusera à inteira disposição de Deus para receber tamanha revelação, revelação que permitiria que Jesus revelasse, em seguida, neste diálogo com Pedro, o mistério que havia ficado oculto desde a fundação do mundo, que era a Igreja (Ef.3:3-6). Pedro chegava, assim, à estatura de um verdadeiro profeta (Am.3:7).


-No entanto, muito provavelmente naquele mesmo dia, Pedro mostraria que ainda estava fora da sintonia com o Senhor, apesar da revelação que lhe havia sido feita pelo Pai. Quando Jesus começou a dizer que importava que deveria morrer pelos nossos pecados, Pedro se deixou usar pelo próprio Satanás e tomou o Senhor à parte, repreendendo-O, querendo que tivesse compaixão dEle próprio. Jesus teve de mandar Satanás se retirar. O homem que havia sido o canal do Pai para a revelação de quem era o Cristo, servia-se, logo em seguida, de instrumento do inimigo. Como poderia ser isto possível? Simplesmente porque Pedro ainda não havia se convertido, guiava-se pela sua impulsividade, tanto que o diabo quis cirandar com ele (Lc.22:31) e não fosse a intercessão de Jesus, certamente teria perdido a sua fé (Lc.22:32).


- O que percebemos aqui é que Pedro, apesar de ter sido levado por Jesus aos aspectos mais profundos do Seu ministério terreno, continuava sendo um discípulo que ainda não havia se convertido, alguém que ainda não havia se disposto a estar no centro da vontade do Senhor. É elucidativo, aliás, que, na última páscoa, Pedro tenha escolhido se sentar num lugar mais distante de onde estava Jesus, tanto que precisou fazer sinal a João, que estava com seu rosto inclinado no seio do Senhor, para que se perguntasse ao Senhor quem era o traidor (Jo.13:24). Pedro mantinha-se distante de Cristo, apesar de toda a intimidade que se lhe dera (tanto que foram Pedro e João os organizadores de toda a páscoa – Lc.22:8).


- Precisamos estar no centro da vontade do Senhor, conhecer os Seus desejos (precisamente o que significa a posição física de João, que, reclinando-se no seio do Senhor, podia ouvir-Lhe o coração), a fim de que façamos a Sua vontade. É muito triste desfrutarmos da intimidade que Jesus se nos oferece para ver as Suas maravilhas, contemplar o Seu poder, mas não podermos descobrir qual é a Sua vontade, mantendo-nos distantes dEle, impedindo que venha a nos vencer, a vencer o nosso “eu” e, assim, fazer com que sejamos Seus verdadeiros e convertidos discípulos. Enquanto não nos rendermos ao Senhor, não poderemos ser Seus genuínos e autênticos seguidores e estaremos sempre à mercê do inimigo, que quer nos “cirandar”, isto é, nos “peneirar” como trigo, destruindo-nos totalmente. Cuidado!


- Apesar de ser usado pelo diabo para tentar demover o Senhor de Sua missão, Pedro continuou a desfrutar da companhia de Jesus. Seis dias depois de ter tido a revelação de quem era Jesus, o discípulo, com Tiago e João, é levado pelo Senhor ao monte da transfiguração, onde pôde o futuro apóstolo ver a Jesus “tal como Ele é”, em glória, numa visão que marcaria para sempre a sua vida (cfr. II Pe.2:16-18). Contemplar a glória de Deus, como se observa, não é, também, prova de conversão. Pedro viu a Jesus glorificado, mas não era ainda convertido. Muitos verão a glória de Deus, o Seu poder, mas, lamentavelmente, por não terem se convertido, não entrarão no reino dos céus (Mt.7:22,23). Qual é a nossa situação?


- No episódio da transfiguração, mais uma vez, Pedro revela sua dissintonia com o Senhor. Quando Jesus Se transfigura, surgem para falar com Ele Elias e Moisés. Pedro, então, tomou a palavra (ou seja, entremeteu-se numa conversa em que não era parte, prova de que não tinha sabedoria – Pv.20:3), querendo construir três tabernáculos no alto do monte, uma para Cristo, outra para Elias e uma outra para Moisés, pois entendia que o lugar onde estavam era bom. Mais uma vez, Pedro estava totalmente fora dos propósitos divinos. Nem sequer se lembrara dos seus outros nove companheiros, que haviam ficado ao pé do monte. Para falar a verdade, nem mesmo de si mesmo e de Tiago e de João, pois havia planejado armar apenas três tabernáculos, permanecendo ao léu.


- Pedro assemelhava-se a muitos “crentes” da atualidade, que não pensam nos outros, na necessidade da evangelização, mas querem apenas estar bem, ficar no “lugar bom”, mesmo que ao léu, mesmo que fora dos propósitos divinos. Em vez de falar, de entremeter-se nos assuntos espirituais, pensam apenas em “habitar” junto a “tabernáculos” a serem construídos por homens, como se o que vem do homem pudesse ter algum valor para o que provém da glória divina. Quantos tomam a palavra e não querem sequer ouvir o que Jesus tem a nos dizer, seja através da lei (representada por Moisés), seja através dos profetas (representada por Elias), enfim, o que a Palavra tem a nos ensinar. Querem antes “folguedos” que Palavra. Esta é uma atitude de quem não é convertido ainda. Cuidado!


- Diante de tamanha insensatez, o Pai Se manifesta e, restabelecendo a ordem das coisas, determina que o Seu Filho fosse ouvido (Mt.17:5). O segredo para o “ouvinte” (i.e., Simão) deixar de ser apenas ouvinte é passar a “escutar o Filho em quem o Pai Se compraz”. “Escutar” significa “estar consciente do que está ouvindo”, “ficar atento para ouvir”. Entretanto, Pedro não sabia sequer o que estava a dizer (Lc.9:33). È muito melhor ouvir do que oferecer sacrifícios de tolos (Ec.5:1), sendo através do ouvir que se obtém a fé salvadora (Rm.10:17).


- Precisamos ouvir o que Jesus tem a nos dizer, ou seja, precisamos ter contacto diuturno com a Palavra de Deus (Sl.1:1,2). Sem isto, não poderemos saber qual é a vontade de Deus para as nossas vidas. Muitos querem “tomar a palavra” na atualidade, mas não querem ouvir. Pedro não queria ouvir, queria apenas desfrutar da “habitação no bom lugar” e isto era insuficiente para construir uma vida espiritual verdadeira e profícua.


- Depois da experiência da transfiguração, Pedro tem uma outra experiência com Jesus, relacionada com as didracmas (Mt.17:24-27), o imposto do templo (Ex.30:13; II Cr.24:9; Ne.10:32). Os cobradores do imposto vieram a Pedro e lhe perguntaram se Jesus pagava as didracmas. Pedro, que já conhecia quem era Jesus, respondeu afirmativamente e foi ao encontro de Jesus que, antes que fosse cobrado por Pedro, mostrou ao Seu discípulo que Ele, Jesus, não precisaria pagar aquele tributo, pois era o Senhor de todas as coisas. No entanto, para que não houvesse escândalo, mandou que Pedro fosse ao mar, pescasse com anzol e tomasse uma moeda da boca do peixe que fisgasse, pagando não só o tributo do Senhor, mas o dele próprio.


- Pedro, impulsivo, foi e fez o que Jesus mandou, uma vez mais mostrando a sua obediência à Palavra do Senhor, apesar de toda a sua ilogicidade. Se bem percebermos o que Jesus disse, Pedro tinha todos os motivos para desconfiar ou, ao menos, debater com o Senhor o que se estava a exigir. Pescar com anzol no mar? Pegar uma moeda da boca de um peixe? Todavia, Pedro foi e fez o que se lhe mandou. Pedro era destemido, atirado, mas isto era insuficiente para servir a Cristo. Tanto assim é que o Senhor providenciou que também ele pagasse o tributo, o que, certamente, não era de sua vontade fazer (mais um indício de sua simpatia pelos zelotes). Jesus, porém, ensinava o apóstolo a ser submisso às autoridades religiosas, lição que seria aprendida e, no futuro, ensinada pelo próprio Pedro, inclusive com extensão à autoridade civil (cfr. I Pe.2:13-17). Pedro, portanto, por causa de suas convicções políticas, não aceitava se submeter à autoridade religiosa, mas foi obrigado a isto por uma ordem de Jesus. Mais uma vez, vemos como Pedro ainda estava aquém da rendição incondicional a Cristo.


- A próxima experiência que vemos Pedro aprender é a que diz respeito ao perdão (Mt.18:21,22). Quando o Senhor Jesus falava sobre o pecado de um irmão, sobre a disciplina na Igreja, Pedro perguntou-Lhe sobre o limite do perdão, considerando que este limite seria, no máximo, o de sete vezes, defendido, então, pelos “escribas liberais” do seu tempo, com base em Pv.24:16. Entretanto, para surpresa de Pedro, Jesus afirmou que não era sete o limite do perdão, mas, sim, “setenta vezes sete”, número que não corresponde literalmente a quatrocentos e noventa, mas que tem o significado de “sempre”, “sem limite”. Quantitativamente, portanto, percebe-se quanto Pedro estava ainda aquém do centro da vontade de Deus. A diferença era de “setenta vezes”. Uma das características dos “ouvintes” mas não convertidos é, precisamente, o limite que se pretende impor ao amor e à misericórdia divina. Os mais “liberais” sempre se encontram a “setenta vezes” dos parâmetros divinos.


- A próxima passagem do ministério terreno que envolve Pedro é a que diz respeito à indagação que fez depois do encontro de Jesus com o jovem rico, o chamado “mancebo de qualidade”. Depois de o jovem ter se recusado a servir a Cristo e o Senhor ter condenado o amor às riquezas, Pedro perguntou a Jesus qual seria a recompensa daqueles que O servissem, já que haviam deixado tudo para O seguir (Mt.19:27-30; Mc.10:28-31; Lc.18:28-30). Notamos a insensibilidade espiritual de Pedro. Jesus acabara de dizer que quem amasse as riquezas, perderia a sua salvação, que mais importante era servir a Jesus do que ter bens e posses neste mundo, mas Pedro quis saber qual era a sua recompensa por “ter deixado tudo”.


- A preocupação com as coisas desta vida quando se serve a Cristo é mais um sinal de que ainda não se está convertido. Pedro, ainda que “setenta vezes” distante dos parâmetros divinos, achava-se no “direito” de exigir alguma recompensa, vez que “havia deixado tudo para seguir a Jesus”. Assemelha-se, assim, a alguns “crentes” da atualidade, que se acham com “direitos” diante de Deus, que “exigem”, “decretam”, “determinam” coisas ao Senhor. Pobres pessoas são estas, pois, assim como o mancebo de qualidade, correm o risco de não ter a salvação. Afinal, Paulo nos ensina que quem espera em Cristo somente para esta vida é o mais miserável de todos os homens (I Co.15:19). Cuidado!


- Diante desta pergunta de Pedro, o Senhor Jesus, que muito O amava, como ama a todos os ouvintes não convertidos, fez-lhe a promessa de que julgaria as tribos de Israel durante o reino milenial de Cristo, mas que, também, aqueles que, depois dos doze, resolvesse seguir a Cristo, desfrutariam de bênçãos cem vezes maiores do que os bens materiais que tivessem deixado, além de herdar a vida eterna. Para as preocupações das coisas desta vida, Jesus traz a Pedro a realidade dos lugares celestiais em Cristo, onde já fomos abençoados com todas as bênçãos espirituais (Ef.1:3). Uma lição que seria aprendida por Pedro e por ele, também, ensinada, depois de sua conversão (cfr. I Pe.1:3,4).


- Outra passagem do ministério de Cristo onde Pedro tem participação é o caso da figueira amaldiçoada que se secou (Mt.21:18-22; Mc.11:12-26), quando o Senhor dá a Pedro a lição da fé. Neste episódio, Jesus, ao procurar figos em uma figueira, embora não fosse tempo de figos, amaldiçoou-a. No dia seguinte, Pedro espantou-se ao ver que a figueira tinha secado conforme as palavras do Senhor. Diante deste espanto, o Senhor disse a Pedro que ele deveria ter fé em Deus, a fim de que o que se pedisse a Deus fosse feito.


- Neste episódio, vemos como Pedro era, ainda, uma pessoa que necessitava de conversão, de crer em Deus para que pudesse alcançar a salvação de sua alma. Maravilhara-se de que a figueira tivesse se secado, tendo, então, o Senhor mostrado que tudo é possível ao que crê, mas que a fé exige, antes de mais nada, o perdão dos pecados.


- Quando o Senhor disse aos discípulos que todos se escandalizariam nEle, advertência que foi objetada por Pedro, que afirmou que jamais deixaria seu Mestre (Mt.26:31-35; Mc.14:27-31; Lc.22:31-34; Jo.13:36-38). Tratava-se de mais uma demonstração de que Pedro se guiava única e exclusivamente pelos seus desejos, pelos seus impulsos. Servia a Cristo “do seu jeito”, como tantos “crentes” da atualidade. Achava que sua valentia, sua disposição, seu destemor eram suficientes para servir a Cristo e, desta maneira, de modo algum poderia deixar a Cristo nos instantes de dificuldade.


-Como Pedro estava equivocado. O próprio Jesus lhe diz que ele haveria de negá-lo três vez antes que o galo cantasse duas vezes, palavras em que Pedro não acreditou, insistindo em devotar ao seu Mestre uma dedicação e lealdade singulares e superiores a de todos os demais discípulos. Como Pedro estava enganado, pois não se serve a Deus por força ou violência, mas pelo Espírito Santo. Quem é nascido da carne, é carne; quem é nascido do Espírito, é espírito (Jo.3:6). Embora não tivesse aceitado de pronto a palavra de Cristo, ela foi bem aprendida, tanto que, anos mais tarde, seria ensinada pelo próprio Pedro aos salvos (cfr. I Pe.1:20-25). Pedro mantinha sua recusa de se converter, achando que, por si só, poderia servir a Cristo.


- Naquela mesma semana, Cristo lavou os pés dos discípulos, tendo Pedro, uma vez mais, mostrado estar fora do centro da vontade do Senhor (Jo.13:1-20). Não queria que o Senhor lavasse os seus pés, dizendo que isto era ilógico, pois era ele, o discípulo, quem deveria lavar os pés do Mestre, mas, diante da afirmação de Jesus de que, se não permitisse que Ele lavasse seus pés, não teria parte com Ele, Pedro, então, quis que Jesus lhe desse um banho. Nada mais elucidativo do comportamento de Pedro nesta fase de sua vida: aquém e além do propósito do Senhor. Quantos não querem fazer o que Jesus lhes manda e, depois, exageram quando confrontados pelo Senhor com a sua recusa? Entretanto, não há necessidade de “exageros”, pois quem está limpo pela Palavra de Deus sabe perfeitamente qual é a vontade do Senhor. Quem, porém, não foi transformado por esta Palavra, ou recusa fazer o que Deus quer ou, então, parte para “exageros” inadmissíveis, que não passam de pura carnalidade.


- Após a páscoa, onde, como vimos, Pedro se manteve distante de onde estava Jesus, o Senhor chama o Seu “círculo íntimo” para o Getsêmane (Mt.26:36-46; Mc.14:32-42; Lc.22:39-46; Jo.18:1). Pedro, Tiago e João vão fazer companhia a Jesus, que se distancia deles cerca de um tiro de pedra e começa a orar, uma oração extremamente angustiante, onde se inicia a solidão do Senhor na Sua tarefa singular de salvar a humanidade. Os discípulos não O acompanham em oração, dormem, pois estavam sobrecarregados. Ali Pedro já poderia ter percebido que, assim como os demais, não tinha podido velar nem uma hora com o Senhor, tanto que o Senhor Se dirigiu especificamente a Pedro, chamando-o de “Simão”, a fim de advertir-lhe a sua igualdade com os demais (Mc.14:37), pois os fatos desmentiam todas as bravatas anunciadas por Pedro anteriormente. No entanto, sua carnalidade não lhe permitia ver que estava na mesma condição dos demais, que toda a sua valentia seria inútil.


- Jesus é o mesmo (Hb.13:8). Continua a advertir todos quantos dEle se aproximam, ainda que sem uma genuína conversão, afim de que se arrependam dos seus pecados e aceitem a submissão ao Senhor. Jesus não Se cansa de lhes falar, através do Seu corpo místico, que é a Igreja, da necessidade que têm de nascer de novo, de aceitar o Seu jugo suave e Seu fardo leve, de renunciar a Si mesmos, tomar a Sua cruz, para que possam segui-lO e alcançar a salvação, que é o fim de nossa vida espiritual, de nossa fé (como ensinará Pedro – I Pe.1:9). Queira o Senhor que, ao contrário de Pedro na oportunidade que estamos a tratar, despertemos do sono espiritual e possamos ser esclarecidos por Cristo (Ef.5:14).


- Segue-se, então, a prisão do Senhor no jardim. Pedro, como sempre, impetuoso, tenta livrar o Senhor usando da violência. Corta a orelha do servo do sumo sacerdote, de nome Malco (Jo.18:10), revelando, mais uma vez, como estava fora da vontade de Deus. Jesus opera, então, o milagre de pôr a orelha de Malco no lugar e manda que Pedro não mais usasse da espada.


- Tem início a mais importante experiência da vida de Pedro: a sua conversão. Jesus foi preso e levado até a casa de Anãs. Assim como João, Pedro começa a seguir os passos de Jesus, mas, em mais uma demonstração física de seu estado espiritual, segue-O de longe (Mt.26:58; Mc.14:54; Lc.22:54), tendo sido levado para dentro da porta da casa por João (Jo.18:16). Este distanciamento físico de Pedro revelava quanto Pedro estava longe, ainda, do Senhor Jesus, porque não era ainda convertido.


- Entretanto, Pedro havia estado com Jesus e foi prontamente reconhecido pelos criados do sumo sacerdote. A porteira reconheceu-lhe (Mt.26:69; Jo.18:17), tendo, então, Pedro negado Jesus pela primeira vez, dizendo que não era Seu discípulo. Uma outra criada o vê, depois que ele se dirigiu ao vestíbulo, reconhece-o, mas ele nega a Cristo pela segunda vez (Mt.26:71,72), dizendo não conhecer “tal homem”. Pouco depois, não só um, mas vários que ali estavam, aquentando-se, como ele (Mc.14:67; Lc.22:55), denunciando o seu sotaque galileu, começaram a falar que ele era discípulo de Jesus, mas ele, então, não só negou ser discípulo e conhecer a Cristo, como começou a praguejar e a jurar neste sentido. Então, o galo cantou pela segunda vez e Pedro se lembrou das palavras de Cristo, Cristo, aliás, que olhou para ele com um olhar penetrante (Lc.22:61).


- Após o segundo canto do galo, Pedro caiu em si. Viu que de nada valera seus esforços humanos para servir a Cristo. A violência, a impetuosidade, o destemor, a ousadia haviam sido infrutíferos. No momento em que foi apresentado à dificuldade, ao risco de vida, Pedro negara a Cristo, recorrendo inclusive a maldições e juramentos. Vergonhosamente negava uma convivência de mais de três anos. Depois do olhar de Cristo, Pedro se retirou do local e chorou amargamente (Mt.26:75; Mc.14:72; Lc.22:62).


- Este choro amargo de Pedro foi importantíssimo para a sua vida espiritual. Era a tristeza segundo Deus que opera o arrependimento para a salvação (II Co.7:9,10). Pedro, pela primeira vez, não só reconheceu ser pecador ou a soberania de Jesus, mas se arrependeu do que havia feito. Havia se arrependido e confiado em Cristo, que, com um simples olhar, mantinha o caminho aberto para a reconciliação, disposição esta que fez questão de reafirmar, já ressuscitado, na mensagem angelical às mulheres tornadas testemunhas de Seu ressurgir (Mc.16:7). Chegara o dia da conversão de Pedro.


- Não há conversão sem que haja, antes, arrependimento de pecados e o arrependimento envolve dois aspectos: tristeza pelo que se cometeu e disposição de não mais repetir os erros, ou seja, mudança de mentalidade (a palavra grega “metanóia”, que é a palavra traduzida por arrependimento indica, precisamente, a mudança de mentalidade). Somente há perdão de pecados se houver arrependimento. Não basta apenas a confissão nem a tristeza pelo cometimento da falta. Se não houver a disposição de mudança, a “mudança de mentalidade”, não teremos senão o remorso, a sinceridade, que é importante mas insuficiente para se alcançar a salvação (Hb.12:17). A conversão envolve, necessariamente, o arrependimento (Jr.31:19).


OBS: Recentemente, em uma entrevista, um dos mais famosos entrevistadores da televisão brasileira afirmou que o que considerava ser a maior mensagem do Cristianismo era o “perdão imediato”, de modo que “não haveria como um pecado impedir a salvação de alguém”. Esqueceu-se, porém, esta celebridade que só há “perdão imediato” quando há arrependimento. Sem arrependimento, não há perdão e a mensagem do Evangelho prega o arrependimento e remissão dos pecados (At.5:31). Não nos iludamos com estas “facilidades” que o mundo vem apregoando.


II – A BIOGRAFIA DE PEDRO (II) – PEDRO, O PESCADOR DE HOMENS, A PEDRA VIVA DE CRISTO QUE ABRIU AS PORTAS DO EVANGELHO A JUDEUS E GENTIOS

- Pedro havia se convertido a Cristo Jesus. Tendo chorado amargamente e sentido o perdão dos seus pecados, não se isola do grupo, como fizera Judas Iscariotes, que apenas tinha sentido remorso e não arrependimento. Está com os outros dez discípulos naqueles dias difíceis e sombrios após a morte do Senhor. Já era outro, pois não incitou os companheiros a uma revolta ou a uma atitude precipitada, mas, juntamente com eles, trancara-se no cenáculo com medo dos judeus (Jo.20:19).


- Ao terceiro dia, as mulheres vão ao encontro dos discípulos e afirmam que Jesus ressuscitou. Pedro e João vão, então, ao sepulcro, para averiguar esta notícia. Pedro e João estão agora juntos, lado a lado, numa clara demonstração da mudança operada em Pedro (Jo.20:2-4). A propósito, foi precisamente Pedro quem teve a ousadia de entrar no sepulcro e ter uma ampla e completa visão de tudo o que ali havia. Sua ousadia, seu dinamismo agora estavam sendo utilizados sob a direção do Espírito de Deus, pois ele havia se convertido (Jo.20:6-10). Pedro, assim, demonstrou ter crido na mensagem angelical, que o incluíra entre os servos do Senhor. Não mais se preocupara com a negação vergonhosa de três ou quatro dias antes, porque, quando nos convertemos, “…uma coisa fazemos, e é que, esquecendo-nos das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de nós, prosseguimos para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp.3:13,14 com alteração das formas verbais), pois, “se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co.5:17).


- Ao contemplar os lençóis e o sepulcro vazio, Pedro retirou-se dali admirado consigo mesmo (Lc.24:12). Era alguém que, a partir de então, meditava no que estava a ver, que não tinha pressa em tomar a palavra, um homem que demonstrava sua mudança, sua transformação, sem que tivesse perdido o seu temperamento, temperamento que se encontrava, agora, sob o controle do Espírito, Espírito Santo que receberia naquele mesmo dia (Jo.20:22).


- Todavia, ainda Pedro teria uma outra demonstração de fraqueza, mesmo após a conversão. Depois que Jesus havia aparecido segunda vez aos discípulos no cenáculo, oportunidade em que a incredulidade de Tomé fora lançada em rosto, não mais apareceu. Os dias foram se passando e Pedro desanimou. A ausência do Senhor foi entendida por ele como sendo um abandono e, a despeito de ter sido chamado para ser um pescador de homens, quis voltar a ser pescador de peixes e, rapidamente, dada sua impetuosidade e presença de espírito, conseguiu que os discípulos tudo abandonassem e voltassem para a vida da pesca, que havia sido deixada há mais de três anos (Jo.21:3).


- Pedro estava convertido, mas estava “mal acostumado”. O Senhor havia se apresentado miraculosamente durante dois domingos e Pedro, dentro de sua impetuosidade, achava que tais aparições deveriam ser freqüentes e contínuas. Como o Senhor não mais aparecera, Pedro desanimou e resolveu voltar à vida velha, ao modo antigo de viver. Estava convertido, mas ainda não estava maduro.

- Muitos são os “crentes” da atualidade que, apesar de terem tido uma real experiência com o Senhor, de serem convertidos, ainda não alcançaram a maturidade espiritual, querendo que haja sinais e maravilhas a cada instante, a cada momento. Correm atrás destes sinais e maravilhas, invertendo a ordem das coisas, pois os sinais e maravilhas é que devem seguir aos que crêem e não o contrário (Mc.16:17). Quando milagres não acontecem, quando não há maravilhas extraordinárias (e a palavra “extraordinária” significa exatamente “algo fora do normal”, algo que não se repete sempre), resolvem voltar à vida velha, ao pecado. Devemos esquecer as coisas que ficaram para trás e olhar para o alvo, que é a salvação das nossas almas.


- Pedro resolveu ir pescar, saindo, uma vez mais, do centro da vontade de Deus. Repetiu-se, então, a experiência da pesca maravilhosa, que havia levado Pedro a deixar tudo por Jesus. Nada apanharam, mas, sob a palavra de Cristo, fizeram uma nova pesca milagrosa. Mas, se não fosse por João, Pedro nem sequer teria percebido que era o Senhor. Estava novamente cego e surdo para as coisas de Deus. É interessante notar que se encontrava nu ou quase que totalmente nu, tanto que, ao saber que se tratava do Senhor, cingiu-se com a túnica (Jo.21:7).


- Quando deixamos a direção de Deus, quando tencionamos voltar para a vida antiga, antes de nossa conversão, perdemos as vestes espirituais (Ap.3:18). Não nos iludamos: quem não estiver trajado de vestes espirituais, não herdará o reino de Deus (Ap.16:15).


- Pedro puxou a rede para a terra e ali estavam 153 grandes peixes, sem que a rede se rompesse. Era o fim da carreira de pescador de peixes de Pedro. Na refeição, Jesus, então, Se dirige para Simão, filho de Jonas e, por três vezes, pergunta-lhe se ele O amava. Era a aplicação da lei da semeadura. Pedro havia negado o Senhor por três vezes, deveria confessá-lO também por três vezes. Havia, também, voltado a ser pescador de peixes, mas deveria agora assumir, de vez, a sua condição de pescador de homens.


- Pedro agora era um outro homem. Não vemos mais a sua arrogância, a sua auto-suficiência. Perguntado se amava a Cristo, na primeira e na segunda vez, responde que sim, mas, mais do que isto, que o Senhor sabia que ele O amava (Jo.21:15). Não era mais o “sabe-tudo”, o “valente”, o “repreendedor”, mas o humilde servo de Jesus, a ovelha que é conhecida pelo seu pastor (Jo.10:14.27). Jesus, então, manda a Pedro que apascentasse os Seus cordeiros, a demonstrar que o obreiro não tem domínio sobre o rebanho, que é de Deus, lição que, muito bem aprendida por Pedro, foi depois por ele mesmo ensinada à Igreja (I Pe.5:2,3).


OBS: Como é diferente, aliás, a lição de Jesus que Pedro tão bem aprendeu e ensinou com o que faz o Romanismo que põe os supostos “sucessores de Pedro” como monarcas absolutos e infalíveis…


- Por fim, na terceira pergunta, Pedro entristece-se pela insistência do Senhor, mas, em vez de repreender o Mestre, como fizera anteriormente, de se exaltar, como tantas vezes procedeu, Pedro rende-se incondicionalmente a Jesus, dizendo que Ele sabia tudo. Era a renúncia incondicional de si mesmo, a auto-negação, o passo que ainda faltava para que Pedro fosse usado poderosamente na obra de Deus.


- Ante tal confissão, Jesus diz a Pedro que ele envelheceria e que, assim como não faria mais a sua vontade, no sentido espiritual, no final de seus dias, também seria levado para onde não queria, sendo, também, dito que haveria de morrer pelo Evangelho (Jo.21:18,19). Pedro, então, quis saber a respeito do destino de João, mas, numa clara demonstração de que não tinha “primado” entre os apóstolos, isto não lhe foi revelado.


- Jesus subiu aos céus e mandou que os discípulos aguardassem em Jerusalém o revestimento de poder para que pudessem iniciar o trabalho de pregação do Evangelho a toda a criatura. Reunidos para orar e buscar o Senhor pelo tempo que fosse necessário, vemos Pedro se levantando entre os discípulos e dirigindo a escolha de um substituto para Judas Iscariotes, oportunidade em que foi escolhido Matias, que passou a ser contado entre os doze apóstolos (At.1:15-26).


- Esta atitude de Pedro, porém, não parece ter tido a aprovação divina. O texto sagrado informa-nos que Matias passou a ser considerado apóstolo, sem afirmar que o Senhor o tivesse escolhido como tal, bem assim não há qualquer indicação de que houvesse a necessidade de se completar já o colégio apostólico ou que fossem necessários doze apóstolos. Vemos, assim, que, mesmo entre convertidos, há decisões que são tomadas sem a prévia direção e orientação do Espírito de Deus, cujas conseqüências podem ser funestas à obra do Senhor ou, simplesmente, indiferentes a ela, como parece ter sido o caso.


- No dia de Pentecostes, os discípulos são batizados com o Espírito Santo e o que faltava para que Pedro se tornasse o pescador de homens aconteceu. Revestido de poder, Pedro levanta-se entre os discípulos e prega à multidão que se aglomerara para ver o que se passava no cenáculo. Seu temperamento destemido, ousado e impulsivo, sob pleno envolvimento e controle do Espírito Santo, abriu a porta do Evangelho para os judeus, sendo esta a “primeira chave” mencionada pelo Senhor em Mt.16:19. Quase três mil almas se converteram ao Senhor, tendo Pedro, em seu sermão, falado sobre o arrependimento dos pecados e a necessidade deste arrependimento para o perdão dos pecados (At.2:38-40). Pedro havia experimentado esta salvação e, revestido de poder, podia, agora, anunciá-la com toda a ousadia que lhe era inata.


- O destemido Pedro tornou-se um homem de oração. O revestimento de poder não foi um instante esporádico de manifestação do poder de Deus na vida de Pedro. Ele passou a ter uma vida de oração.Aquele homem que não pudera velar nem uma hora com o Senhor no Getsêmane, era agora um homem que orava constantemente. Em At.3:12, vemos na companhia de João (como estão juntos agora…), indo ao templo, na hora da oração. Encontrou-se, então, com um coxo na porta Formosa do templo e ali, dizendo não ter prata nem ouro, mas poder de Deus, curou aquele homem, o que causou um movimento intenso no templo, oportunidade para que Pedro pregasse outro sermão e quase cinco mil pessoas se convertessem a Jesus (At.3:1-4:4).


- Os sinais e maravilhas acompanham os verdadeiros e genuínos crentes, que se dedicam a uma vida de santificação, consagração, oração e meditação na Palavra de Deus. Não há sinais e maravilhas com emoções e desleixo espiritual. Para que o poder de Deus se manifeste, é preciso que haja renúncia por parte dos “crentes”, uma vida devocional intensa e ininterrupta. Hoje em dia, não há mais a manifestação do poder de Deus por causa da ausência desta preparação. Os crentes não oram, não lêem a Palavra de Deus, não se consagram e, depois, querem que o “poder de Deus caia”. Os movimentos que surgem em locais quetais nada mais mais que manifestações carnais, muitas vezes induzidas por estratégias de neurolinguística e outras técnicas hipnóticas e de comunicação. Cuidado!


- Pedro e os demais discípulos, então, são levados ao Sinédrio, o mesmo tribunal que havia levado Jesus para ser condenado à morte. Mas Pedro agora está revestido de poder e é convertido, pronto a morrer pelo Senhor. Antes, uma simples criada abalara a sua opção por Cristo, mas agora nem mesmo o Sinédrio poderia calá-lo. Pedro pregou para os máximos intérpretes da lei judaica, que ficaram admirados com a sua pregação, sabendo que se tratava de homem sem letras e indouto. Quando instados a se calar, Pedro disse não ser justo deixar de falar o que tinham visto e ouvido. Era o destemor, a ousadia sob o controle do Espírito Santo. Diante de tamanha ousadia e poder de Deus, foram os discípulos soltos e, então, foram orar a Deus e o poder era tanto que o local onde estavam reunidos tremeu e todos foram cheios do Espírito Santo (At.4:5-31).


- Pedro é, então, usado pelo Espírito Santo em mais um dom espiritual: a palavra da ciência. O Espírito Santo lhe revela a artimanha de Ananias e Safira, que morrem pela palavra do apóstolo, após terem se recusado a dizer a verdade. Pedro mostra-se como um instrumento de Deus para a manutenção da santidade no meio do povo de Deus, trazendo temor em toda a igreja, prosseguindo a ser usado com sinais e maravilhas, a ponto de pessoas serem levadas para as ruas a fim de que ao menos a sombra de Pedro pudesse cobri-las, num sinal de que, em alguma vez, houve cura de enfermos por força da cobertura de sombra (At.5:1-16).


- Pedro, então, sentiu o peso do vitupério de Cristo, a perseguição. O Sinédrio e o sumo sacerdote lançaram mão dos apóstolos e os prenderam. Milagrosamente, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e eles, então, voltaram a pregar. Levados de novo à presença das autoridades religiosas, foram admoestados a se calar, açoitados e, depois, se regozijaram de que fossem dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus, não cessando de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo (At.5:17-42).


- A perseguição aumentou ainda mais. Estêvão foi morto e Saulo começou a liderar uma impiedosa perseguição aos crentes, que se dispersaram, com exceção dos apóstolos. O Evangelho é pregado em Samaria e Pedro, juntamente com João, vão até lá para averiguar o trabalho feito por Filipe (At.8:14). Pedro impôs as mãos sobre os crentes de Samaria e eles também receberam o batismo com o Espírito Santo (At.8:17). Foi, então, Pedro tentado pela oferta de dinheiro. Simão, o mago, ofereceu-lhe dinheiro para ter o mesmo poder, mas Pedro mostra como deve se portar um autêntico e convertido servo do Senhor: rechaçou a oferta de dinheiro e denunciou a falta de comunhão de todos aqueles que não servem a Deus com um coração reto. Pedro, diante de um não convertido, revela que os não convertidos não têm parte no reino de Deus, ainda que se digam “crentes”. Pedro havia sido um destes, mas agora era um salvo remido no sangue de Jesus. Aleluia!


- Muitos pregadores e ensinadores da Palavra de Deus, que se converteram genuinamente, que foram batizados com o Espírito Santo, não têm resistido seja à perseguição, seja à oferta do dinheiro. Muitos, ao se defrontarem com a perseguição, desanimam, negam o Senhor, tentando, como se fez no passado, retornar à Igreja depois que a perseguição cessa. São os “relapsi” dos dias do Império Romano, que aceitavam oferecer sacrifícios aos deuses pagãos, para não ser queimados na fogueira e, depois, vinham pedir perdão nas igrejas locais, quando a tempestade da perseguição acalmava. Jesus perdoa, é bem verdade, mas devemos ver se há frutos dignos de arrependimento, ou se apenas são não convertidos que querem levar vantagem.


- A oferta de dinheiro, então, tem sido uma praga nos dias hodiernos. Muitos grandes homens e mulheres de Deus, usados poderosamente por Deus, como foi Pedro, não resistem à simonia, que é a “compra ou venda ilícita de coisas espirituais (como indulgências e sacramentos) ou temporais ligadas às espirituais (como os benefícios eclesiásticos)”, “simonia”, aliás, que é palavra derivada precisamente de “Simão”, o mago. O amor do dinheiro desvia muitos da fé (I Tm.6:10) e é a causa do surgimento de tantos falsos mestres, como bem aprendeu Pedro (II Pe.2:3). Cuidado!


- Depois de ter pregado o Evangelho em aldeias de samaritanos (At.8:25), Pedro passou a ir visitar as igrejas que haviam se constituído em toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria (At.9:31,32), sendo este o principal motivo pelo qual Paulo o denominou de o apóstolo dos da circuncisão, visto que Pedro era, sem dúvida, um apóstolo dedicado a assistir as igrejas de judeus que haviam se convertido a Cristo. Pedro, assim, pelo que se verifica, assim como Paulo, exercia sua autoridade apostólica sem ter uma igreja para administrar.


OBS: Não é, pois, senão fantasia a afirmação de que Pedro tenha sido “bispo de Jerusalém” (jamais dirigiu a igreja de Jerusalém, que era dirigida por Tiago, irmão do Senhor, como se vê claramente em At.15) e, depois, “bispo de Antioquia”, o que é desmentido pelo fato de Paulo tratar a Pedro como “dos da circuncisão”, quando a igreja em Antioquia era composta de gentios, de onde Paulo e Barnabé foram mandados como missionários, jamais tendo Paulo mencionado que Pedro tenha sido “bispo” ali. Aliás, a passagem de Gl.2 torna-se incompreensível se Pedro fosse o “bispo” daquela igreja e, que, a partir do ano 42, tivesse sido “bispo de Roma”, cidade onde se duvida tenha estado alguma vez.


- Nestas suas viagens junto aos da circuncisão, Pedro continuou a ser usado por Deus com sinais e maravilhas. Enéias foi curado da sua paralisia (At.9:33,34) e muitos se converteram em Lida e em Sarona. Em Jope, Pedro é usado por Deus para ressuscitar Tabita ou Dorcas (At.9:39-42), tendo, então, ficado ali muitos dias.


- Era hora de Pedro abrir a porta do Evangelho aos gentios. Tratava-se de fazer Pedro ultrapassar a barreira da resistência cultural. Verdade que já pregara o Evangelho aos samaritanos, mas, apesar de ser um povo hostil aos judeus, de qualquer maneira, era um povo que tinha o sangue israelita. No entanto, como bom servo de Cristo, alguém que agora estava no centro da vontade de Deus, Pedro deveria compreender que a salvação era para toda a humanidade, inclusive para os gentios.


- Deus, então, de um modo todo especial, trabalha com Pedro para que possa ir até a casa de Cornélio, centurião romano, o primeiro gentio a ser salvo pela atuação da Igreja (At.10-11). Pedro tem uma visão repetida três vezes em que se lhe mostram animais aparentemente impuros, mas que foram purificados pelo próprio Senhor e, depois, ainda que relutantemente, vai a casa de Cornélio, onde prega o Evangelho. Jesus batiza Cornélio e os seus com o Espírito Santo e só, então, Pedro aceita batizá-los nas águas. Ao retornar a Jerusalém, Pedro é alvo de uma verdadeira “comissão” (prova de que não era nem nunca tinha sido “bispo” naquela igreja), quando se chega à conclusão de que a salvação também era para os gentios. Era a “segunda chave” que o Senhor dera a Pedro em Mt.16:19, como o próprio Pedro reconhece em At.15:7.


- De volta a Jerusalém, Pedro sente, uma vez mais, o ardor da perseguição. Quem foi martirizado desta vez foi Tiago, o companheiro do “círculo íntimo” do ministério terreno de Jesus, uma das “colunas” da igreja. Pedro é preso em seguida, mas vemos como era diferente este Pedro. Preso e pronto para ser morto, dormia tranqüilamente na prisão (At.12:3-19), enquanto que, no passado, uma simples criada o fizera praguejar e jurar em falso. Como o Evangelho transforma as pessoas!


- Pedro foi acordado por um anjo e saiu da prisão, pensando tratar-se de um sonho. Já na rua é que percebeu que era realidade o seu livramento e foi para a casa de Maria, mãe de João Marcos (o autor do evangelho segundo Marcos), onde os crentes estavam reunidos em oração em favor de Pedro e ali testificou do seu livramento. Partiu, então, para outro lugar, dizem as Escrituras, enquanto que Herodes e os soldados não sabiam como explicar o ocorrido.


- A partir deste capítulo, o livro de Atos dos Apóstolos não mais se refere a Pedro, que cede seu lugar na narrativa, feita por Lucas, a Paulo. O que sabemos de Pedro na Bíblia, a partir de então, é que esteve em Antioquia, visitando aquela igreja, quando entrou em conflito com Paulo, antes do concílio de Jerusalém, porque passou a evitar comer com os crentes gentios, por causa dos crentes judaizantes (Gl.2:11-14), um comportamento recriminável e que vai contra a sinceridade que sempre caracterizara a vida e o ministério de Pedro. Pedro, porém, não era mais o homem de dura cerviz do passado e, prova disso, é que foi um grande defensor do trabalho de Paulo no concílio de Jerusalém (At.15:7-11), defesa que foi decisiva para que se tomasse a decisão de não impor a lei de Moisés aos cristãos gentios.


- Pouco sabemos da vida de Pedro a partir de então. A sua primeira epístola é dirigida aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (I Pe.1:1), regiões situadas na área que hoje corresponde à Turquia, a demonstrar que tenha trabalhado nestas regiões, pregando o Evangelho. No final desta carta, Pedro afirmou que a igreja em Babilônia (onde havia uma grande colônia judaica) saudava os destinatários da carta (I Pe.5:13). Tudo nos leva a crer, portanto, que Pedro tenha exercido seu ministério para o oriente, enquanto que Paulo tenha ido para o ocidente. A segunda carta de Pedro não traz qualquer informação a respeito de locais.


- Cedo surgiu uma tradição de que Pedro teria se deslocado para Roma e ali exercido seu ministério até ser martirizado, assim como Paulo, na primeira grande perseguição romana contra a Igreja, nos dias de Nero. Segundo esta mesma tradição, Pedro teria sido morto no monte Vaticano, em Roma, crucificado de cabeça para baixo, já que não se achou digno de ter a mesma morte de Cristo. Em cima desta tradição, a Igreja Romana pretende se mostrar como o “corpo visível de Cristo” e a “única e verdadeira Igreja de Cristo”, o que foi reafirmado recentemente pelo Vaticano, ao interpretar algumas disposições do Concílio Vaticano II que pareciam ter aquela Igreja alterado seu pensamento a respeito.

- No entanto, não há qualquer base escriturística para dizermos que Pedro tenha estado em Roma ou lá tenha morrido. Dizer que a “Babilônia” de I Pe.5:13 é uma metáfora e significa “Roma” é ir muito além do texto. Além do mais, se Pedro foi “bispo de Roma”, como explicar que Paulo não o tenha mencionado na epístola aos romanos? São evidentes sinais das Escrituras no sentido contrário da tradição, tradição, ademais, que está vinculada a falsas doutrinas e que, portanto, devem ser, no mínimo, postas sob suspeita pelos amantes da Palavra de Deus.


- Mais importante do que isto é que, nas suas duas epístolas, encontramos um Pedro que mostra ter aprendido todas as lições ministradas pelo Senhor durante o Seu ministério terreno, como já pudemos ver ao longo da biografia do apóstolo.


- Nestas duas cartas, Pedro mostra, claramente, que a Igreja deve se preocupar com a santidade, que se inicia com um genuíno e autêntico novo nascimento e que se prova mediante uma conduta exemplar, que deve ter em Cristo o seu único e exclusivo exemplo, conduta esta que se revela tanto na igreja, como na família e na sociedade. Além do mais, a igreja, diz-nos Pedro, precisa estar atenta para tudo o que ocorre à sua volta, jamais se esquecendo da volta de Cristo, devendo, enquanto o Senhor não vem, dedicar-se ao crescimento na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, não se deixando levar pelos falsos mestres. Que ensino precioso e que deve estar sempre presente em nossas mentes e corações, se quisermos ter a mesma certeza que o apóstolo deixa, pouco antes de terminar a sua carta, ou seja, a de que “…devemos procurar fazer cada vez mais firme a nossa vocação e eleição, porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçaremos” (II Pe.1:10 com alteração das formas verbais).


III – O QUE APRENDEMOS A FAZER COM PEDRO



- Depois desta longa biografia do apóstolo Pedro, que lições podemos ter no sentido positivo, ou seja, o que aprendemos a fazer com este vaso de barro que serviu para a glória do nome do Senhor?

- A primeira lição, destacada pelo ilustre comentarista, é a “sinceridade”, ou seja, “a qualidade de ser sincero”, a “qualidade de ser transparente, honesto”. A palavra “sincero” vem do latim “sincerus”, que significa “puro, sem mistura; leal, franco, verdadeiro”. A palavra vem da expressão “sin cera”, ou seja, “sem cera”, como se intitulavam os vasos que eram vendidos em seu estado verdadeiro, sem que houvesse a aplicação de cera para esconder as fissuras, as falhas que existiam em alguns vasos.


- A “sinceridade” é um dos atributos indispensáveis para o verdadeiro servo de Deus. Quem considera o livro de Jó o mais antigo da Bíblia, vê que a primeira afirmação do texto sagrado é de que um homem que agradava ao Senhor era, antes de tudo, um homem sincero (Jó 1:1). Paulo recomenda que façamos festa com os asmos da sinceridade e da verdade (I Co.5:8).


- Pedro sempre foi um homem transparente, que mostrava o que estava a sentir, em todas as ocasiões, salvo no caso em que foi repreendido por Paulo em Antioquia. Mesmo antes de se converter, sempre demonstrou sinceridade e, por isso, podia dizer, com autoridade moral, que procurava despertar nos crentes, em suas cartas, o “ânimo sincero” (II Pe. 3:1).


- Precisamos ser transparentes, ser aquilo que realmente somos, sem fingimento, sem mentiras, sem falsidade. Deus reprova todos aqueles que adotam a hipocrisia, este grande mal que tem assolado a vida de muitos crentes. Não podemos ter o “fermento da maldade e da malícia” (I Co.5:8), mas dizermos aquilo que pensamos, falarmos sempre a verdade, ainda que isto venha a causar algum desconforto momentâneo. Não poderemos vencer o maligno, nesta vida tão difícil, se não cingirmos os nossos lombos com a verdade (Ef.6:14).


- Entretanto, é bom que se diga, só a sinceridade é insuficiente na vida de um salvo. É preciso que o salvo seja sincero, mas, quando vemos o testemunho que Deus dá de Jó, verificamos que a sinceridade é apenas o primeiro requisito de um servo de Deus. Faz-se preciso que, além de sincero, o homem seja também reto, temente a Deus e que se desvie do mal (Jó 1:1,8; 2:3). Se a sinceridade não é acompanhada de retidão, de temor a Deus e de desvio do mal, de nada adianta sermos sinceros.


- Pedro foi sincero desde o primeiro instante em que falou a Cristo. Na pesca maravilhosa, confessou-se um pecador e pediu que o Senhor Se ausentasse dele, demonstrando sinceridade, que foi várias vezes realçada pelo discípulo. Mas esta “sinceridade” nada representou enquanto não houve uma verdadeira conversão, enquanto Pedro não se dispôs a ser reto, temente a Deus e a se desviar do mal.


- A retidão vem ao homem através da fé em Cristo Jesus (Rm.5:1), a chamada fé salvadora, que vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus (Rm.10:17). Pedro era sincero, mas, enquanto só resolveu “tomar a palavra” e não ouvir, construiu sobre a areia, tendo sua edificação caído quando veio a grande prova, instante em que negou a Cristo por três vezes. Não basta sermos sinceros, mas é preciso que esta sinceridade seja misturada com a fé, sem o que a palavra que for ouvida será de proveito algum (Hb.4:2).


- A segunda lição que aprendemos com Pedro é a do dinamismo, outra característica destacada pelo ilustre comentarista. “Dinamismo” é “característica daquele ou daquilo que é enérgico, ativo; diligência, energia, vitalidade”. Pedro, pelo que vemos no texto sagrado, era uma pessoa bem disposta, que tomava a iniciativa quase todas as vezes. Assim, andou por sobre as águas, desembainhou a espada e cortou a orelha de Malco, como também se levantou entre os discípulos e pregou o primeiro sermão da Igreja.


- Esta iniciativa deve estar presente em cada um dos servos do Senhor. Temos de ser um povo “bem disposto” (Lc.1:17), pois toda a disposição procede do Senhor (Pv.16:33). OP Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm.1:16) e “poder”, em grego, é a palavra “dynamis”.
“Dinamismo”, portanto, é a ação de quem tem “dynamis”, de quem tem “poder”. Pedro sempre tomou a iniciativa, tanto que as pessoas saíam e levavam os enfermos para as ruas, pois Pedro estava sempre a andar de um lado para outro, sem qualquer comodismo, em busca das almas a salvar. Era um verdadeiro “pescador de homens”, alguém que se “lançava ao mar alto” para ganhar almas para Cristo.


- Ter iniciativa, disposição, dinamismo é importante, desde que este poder seja o poder de Deus, desde que estejamos na direção do Espírito do Senhor. Tomar a iniciativa fora da vontade do Senhor, sem a direção divina, é tão somente “atrevimento”. As ações de Pedro antes de sua conversão nada mais são do que puro “atrevimento” e, por causa disto, não se sustentavam, pois o que advém da carne é passageiro, “fogo de palha”, para se utilizar de uma expressão popular muito conhecida.


- É inegável que, não fosse seu dinamismo, Pedro não teria sido a única pessoa na história, além de Jesus, a andar sobre as águas. Mas também não se pode negar que esta “ousadia” de nada valeu. Pedro morreria afogado não fosse o socorro do Senhor Jesus. Também não se pode deixar de reconhecer a valentia de Pedro ao enfrentar toda u’a multidão de soldados armados no jardim, quando da prisão de Jesus, mas isto nada representou quando, alguns instantes depois, teve Pedro de “enfrentar” uma simples criada.


- O dinamismo, a iniciativa, a ousadia devem ter a direção divina, estar no centro da vontade do Senhor. Hoje há muitos “atrevidos” nos púlpitos, nas reuniões das igrejas locais, mas muito poucos estão sendo dirigidos pelo Espírito de Deus. Seu “dinamismo” não serve, é de um Pedro não convertido, que resultado algum traz a não ser a vergonha e a derrota. Que saibamos ser ousados na presença do Senhor, mas de acordo com a Sua vontade, para glória do Seu nome. Não sejamos “atrevidos”, pois é o próprio Pedro quem diz que os tais não têm futuro promissor (II Pe.2:9,10).


- A terceira lição que temos com Pedro é a do arrependimento como início de uma verdadeira vida cristã. Enquanto Pedro não se arrependeu, não houve conversão. Toda a sua convivência com Cristo não foi suficiente para que alcançasse o novo nascimento. Era apenas “Simão”, o “ouvinte”, mas não praticante dos ensinos de Jesus. Quando, porém, se arrependeu, chorando amargamente, aí, sim, tornou-se “Pedro”, a “pedra viva de Cristo” (cfr. I Pe.2:5), uma casa espiritual e sacerdócio santo, que se encontra fundada na rocha, que é Cristo, que Se torna nosso fundamento e não pedra de tropeço.


- Não é possível sermos servos do Senhor se não nos arrependermos antes dos nossos pecados e crermos em Cristo Jesus. Qualquer outro modo de “geração espiritual” é pura ilusão, pois só quem é gerado pela “semente incorruptível”, pela “Palavra de Deus” (I Pe.1:23). Assim como Pedro foi somente “ouvinte” enquanto não se arrependeu, muitos estão nas igrejas locais, mas ainda não se converteram. Por isso, é tão necessário verificarmos se as pessoas produzem frutos dignos de arrependimento antes de as batizarmos nas águas, para que não venhamos a ter muitos “Simões” no meio do povo de Deus, enganando e sendo enganados.


- A quarta lição que temos com Pedro é o da obediência à Palavra de Deus, a quem deu primazia. Pedro, mesmo antes de se converter, sempre se mostrou obediente ao que Cristo lhe dizia. Na pesca maravilhosa, disse que lançaria a rede sob a palavra do Senhor e, mesmo já na parte final de seu ministério, não se esquecia de ensinar que a “palavra do Senhor permanece para sempre” (I Pe.1:25). Pedro fez sinais e maravilhas porque era alguém que se guiava pela Palavra de Deus, mesmo que, às vezes, não entendia o teor das Escrituras, como confessa com relação a alguns escritos de Paulo (II Pe.3:15,16).


- Pedro dava o devido valor às Escrituras, fazendo questão de dizer que elas eram inspiradas pelo Espírito Santo (II Pe.1:20,21), desmentindo assim os seus “supostos sucessores”, que, século após século, negam a primazia da Bíblia Sagrada, construindo uma “tradição” que sufoca a Palavra do Senhor. Pedro afirma, com todas as letras, a inerrância da Bíblia, a sua condição de Palavra de Deus, de única regra de fé e prática para a Igreja.


- Nos dias em que vivemos, porém, muitos são aqueles que não crêem mais na Bíblia, nem querem dela saber. Constroem fábulas, lendas e mitos e se aferram a eles, a fim de poderem pecar livremente. Amontoam, para si, doutores conforme as suas próprias concupiscências, não suportando mais a sã doutrina (II Tm.4:3,4). Pedro, porém, ensina-nos a seguir as Escrituras, a nos basear nelas, não só na nossa vida diária, mas também nas pregações. Como é bom lermos os sermões de Pedro, fundamentados todos nas Escrituras e não em “histórias da carochinha”, como, lamentavelmente, vemos nos dias de hoje.


- A quinta lição que aprendemos com Pedro é o de manutenção de uma vida de oração. Depois da sua conversão, vemos que Pedro se tornou um homem de oração. Pedro orou até ser batizado com o Espírito Santo, depois continuou a orar no templo, tendo, ao ser solto, logo ido para uma casa onde havia uma reunião de oração. Antes de comer na casa de Simão, o curtidor de Jope, estava a orar. Um homem dedicado à oração e, por isso mesmo, um instrumento nas mãos do Senhor para realizar sinais e maravilhas.


- Muitos querem, hoje, que suas sombras curem pessoas, mas, em vez de alterarem a iluminação de seus templos, para que se faça uma “sombra gigante” para atingir os crentes, deveriam dobrar seus joelhos e pôr seu rosto em terra para alcançarem poder de Deus. Pedro dava primazia à Palavra, pregava a Palavra e, por isso, o Senhor fazia com que a Palavra fosse confirmada com sinais e maravilhas, resultado de uma vida de oração (Mc.16:20). Assim procederam os pioneiros de nossa denominação no Brasil e tantos quantos, ao longo da história da Igreja, foram levantados pelo Senhor. Este é o caminho. Estamos dispostos a pagar o mesmo preço?


- A sexta lição que aprendemos com Pedro é a do equilíbrio na vida espiritual. Depois de ter se convertido, notamos que Pedro é um exemplo de equilíbrio, equilíbrio este sintetizado na sua última recomendação registrada no texto sagrado: “crescei na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (II Pe.3:18). Senão vejamos.


- Pedro diz que a vida do cristão é uma vida de contínuo crescimento espiritual. Um crente equilibrado é aquele que não pára de crescer, de se desenvolver espiritualmente. Pedro sabia bem quanto custara uma estagnação na vida espiritual, quanto custara a sua recusa em se submeter ao senhorio de Cristo. Devemos sempre, após ter um início genuíno, que é a geração espiritual, o novo nascimento, crescer indefinidamente, a fim de que possamos vencer o mundo e o pecado e alcançar a salvação, que é o fim de nossas almas.


- Este crescimento, porém, deve se dar em dois aspectos: graça e conhecimento. Não basta crescermos apenas na graça, tornando-nos fanáticos, sem visão espiritual, facilmente levados por qualquer vento de doutrina, por falta de consistência, de raiz espiritual (Mt.13:20,21; Ef.4:14). A vida de oração é uma necessidade, como vimos, mas não é suficiente por si só.


- Torna-se necessário crescermos no conhecimento, ou seja, é preciso que estudemos e meditemos na Palavra do Senhor, para que tenhamos consistência, raiz espiritual. Sem oração, o poder de Deus não se manifesta, não temos dinamismo nem iniciativa. Mas, sem conhecimento, não teremos firmeza espiritual. Crescer só no conhecimento nos fará intelectuais, sem fervor e sem experiência com Deus, meros ouvintes que não alcançarão a salvação.


- Mas o equilíbrio também é encontrado na expressão “Senhor e Salvador Jesus Cristo”. Temos aqui, então, a sétima lição que Pedro nos deixa: para o genuíno cristão, Jesus é Senhor e Salvador. Pedro mostra-nos, com sua experiência pessoal, que não basta dizermos que Jesus salva, mas é necessário que também reconheçamos que Ele é Senhor e que, portanto, deve nos governar. Devemos nos submeter a Cristo, fazer a Sua vontade, não a nossa. Pedro é o único a utilizar a expressão “Senhor e Salvador” no texto sagrado (II Pe.1:11; 2:20; 3:2,18) e isto nos mostra quanto isto foi significativo na vida do apóstolo. Precisamos ter esta mesma concepção e, mais do que isto, esta mesma experiência.


IV – O QUE APRENDEMOS A NÃO FAZER COM PEDRO

- Como sempre temos feito ao longo deste trimestre, elenquemos também os contra-exemplos dados por Pedro, a fim de que, ao não repeti-los, também possamos melhorar os nossos caminhos diante do Senhor.


- O primeiro contra-exemplo que Pedro nos deixa é o de sermos tão somente ouvintes de Jesus Cristo. Durante mais de três anos, Pedro participou do colégio apostólico e, mais do que isto, do chamado “círculo íntimo do Senhor” tão somente como um “ouvinte”, como “Simão”. Não havia se convertido, apesar de todas as maravilhas, ensinos e palavras que recebia de Jesus.


- Apesar de toda a intimidade que o Senhor abriu para Pedro, este resistiu a se submeter ao Senhor, vendo-o como um Mestre, como alguém divino até, mas se recusando a se render a Ele incondicionalmente. Servia a Deus “do seu jeito”, baseando-se na carne e não no espírito. Na hora crucial, sem estar no centro da vontade de Deus, negou a Cristo, fracassando de modo retumbante.


- Infelizmente, não são poucos aqueles que têm servido a Cristo da mesma maneira que “Simão”, como simples “ouvintes”, que ouvem mas não compreendem a Palavra de Deus, comportando-se como insensatos (Mt.7:26,27). São pessoas que não nasceram de novo e que, se não se arrependerem, terão um triste fim: a perdição. Que Deus nos guarde para que não sejamos deste grupo, grupo que, infelizmente, constitui “quase todos” os que dizem professar o nome do Senhor na atualidade (Mt.24:12 ARA), “a maior parte dos homens” (Mt.24:12 TB).


- O segundo contra-exemplo que Pedro nos deixa é o da dissintonia com a vontade de Deus. Pedro era sempre um “crente” que, ou estava aquém da vontade do Senhor, ou além dela, nunca no centro da Sua vontade, até o momento de sua conversão. Devemos estar no centro da vontade do Senhor, ela tem de prevalecer em nossas vidas. Por isso, até, Jesus nos ensinou a isto pedir ao Pai (Mt.6:10).


- Os dias hodiernos são dias em que se ensina que o crente pode fazer a sua vontade, pois Deus seria obrigado a satisfazê-la. Nada mais enganoso. Não estamos aqui para impedir que Jesus lave nossos pés ou, então, para que Ele nos dê um banho completo, mas para fazer a Sua vontade, sem questionamento, em total submissão. Ele é nosso Senhor e Salvador, como Pedro, posteriormente, aprendeu e nos ensinou. Que nada queiramos a não ser o que o Senhor queira.


- O terceiro contra-exemplo que Pedro nos deixa é o da confiança na força e na violência. Pedro era um homem impetuoso, impulsivo, que confiava na força e na violência. Cortou a orelha do servo do sumo sacerdote, andava armado com espada, acreditava na sua habilidade, chegando, mesmo, a andar sobre as águas. Todavia, toda esta força e violência de nada lhe serviram. Não foi capaz de enfrentar uma simples criada quando confrontado com o fato de ser discípulo de Jesus, nem tampouco pôde continuar a andar sem se afogar por sobre as águas. A confiança na força, na violência e a própria auto-confiança só dão causa ao fracasso e à vergonha. Entreguemos nosso caminho ao Senhor, confiemos nEle e Ele tudo fará (Sl.37:5).


- O quarto contra-exemplo que Pedro nos deixa é o da inconstância. A inconstância é a conseqüência de se viver fora da vontade do Senhor, bem como de se confiar em si mesmo ou na força ou violência. Até a sua conversão, Pedro era inconstante.Num momento, conseguia ser o único discípulo que conseguia ter uma revelação divina profunda, como o da identidade espiritual de Cristo, mas, logo em seguida, era precisamente quem se punha à disposição do inimigo para tentar dissuadir Jesus de cumprir a Sua missão. Altos e baixos são freqüentes na caminhada de Pedro com Cristo, a ponto de o inimigo ter querido “peneirá-lo” como o trigo. A vida espiritual deve ser de constância e firmeza, o que se obtém somente por uma vida de oração e de meditação na Palavra do Senhor (I Co.15:58).


- Como são numerosos os inconstantes nas igrejas locais de hoje em dia ! São “fogo puro” na hora do culto e, no dia seguinte, estão totalmente vazios, sem força sequer para enfrentar a mais simples tentação. Profetizam, falam em línguas estranhas, choram, pulam, alegram-se espiritualmente à noite e, de manhã, praticam as mais vergonhosas coisas que se têm notícia. Por quê? Porque, assim como Pedro, são inconstantes, são guiados pela carne, não pelo Espírito.


- O quinto contra-exemplo que Pedro nos deixa é o que denominaremos de “indevido vicariato”. Se houve uma vez em que Pedro se portou como “vigário de Cristo” (i.e., substituto de Jesus, que é o falso ensino romanista que procura justificar o Papado), isto se deu na escolha de Matias como o “décimo segundo apóstolo”. Pedro aqui quis se substituir a Jesus, levando os apóstolos a escolher alguém para o lugar que havia sido deixado vago por Judas Iscariotes.


- Em momento algum, Jesus havia dito aos discípulos que deveria ser escolhido um substituto para Judas Iscariotes, apesar de ter dito que este era o que o havia de trair. A iniciativa de Pedro, portanto, mostrou-se desarrazoada, tanto que a forma de escolha se deu de modo estranho, mediante lançamento de sortes, sem qualquer atuação do Espírito Santo. Pedro estava muito mais preocupado que o Senhor no fato de haver um “lugar vago”, esquecendo-se que a Igreja era de Cristo e que cabia a Ele tal iniciativa.

- Muitos hoje, também, têm exercido o “indevido vicariato” e, por circunstâncias várias, têm posto nas igrejas locais pessoas que não foram chamadas pelo Senhor, pessoas que são resultado das “sortes”, mas não do chamado do Espírito Santo. Tomemos cuidado para que isto não ocorra em nosso meio, pois a obra é de Deus e tudo que é feito sem a direção do Espírito não tem como prosperar.


- O sexto contra-exemplo que Pedro nos deixa é o da resistência cultural. Pedro, para poder ir à casa de Cornélio, teve de ter uma revelação insistente da parte do Espírito Santo e, mesmo assim, ao entrar na casa do centurião, considerou que o que estava a fazer não era lícito (At.10:28). Somente batizou nas águas Cornélio e sua família, porque Jesus os batizara com o Espírito Santo. Mostrou, desta maneira, que muito esforço foi necessário para que superasse os limites estabelecidos pela sua cultura, não pelo Evangelho. Este é um grande risco que também vivemos: o de que nossas tradições sufoquem o Espírito Santo, a Palavra de Deus (Mt.15:6). Mesmo após estas demonstrações inequívocas por parte do Senhor, Pedro ainda teve um comportamento repreensível em Antioquia, que o fez passar vergonha diante de todos os crentes (Gl.2:11-14).

- Muitos assim se conduzem na atualidade. Não conseguem diferenciar o que é cultural, e, portanto, humano, do que é divino. Cultura é humana e, como tal, passageira, limitada no tempo e no espaço. Já a Palavra de Deus não muda, permanece para sempre, nunca há de passar. Devemos, portanto, respeitar as culturas, entendê-las e mantê-las, transformando apenas aquilo que é pecaminoso, não por força, nem por violência, mas pelo Espírito de Deus.


- O sétimo contra-exemplo que Pedro nos deixa é, precisamente, o da dissimulação, que é a “ocultação, por um indivíduo, de suas verdadeiras intenções e sentimentos; hipocrisia, fingimento”. Embora tenha sido sincero em quase todas as ações, em Antioquia, Pedro, querendo contentar os judaizantes, teve um comportamento dissimulado, passou a não mais comer com os gentios, o que antes fazia. Devemos ser sinceros, manter nossas atitudes, e, ainda que seja bom nos comportarmos de modo a não escandalizarmos os fracos na fé, não podemos, de modo algum, considerar que isto seja uma válvula de escape para termos comportamentos diferentes, “dançarmos conforme a música”, para nos utilizarmos de mais uma expressão popular.


- Hoje em dia, muitos são os que assim procedem. São pessoas que têm duplo, triplo, enfim, múltiplo comportamento. Dependendo de onde estão, portam-se de um modo diferente, dissimulando sua conduta. Não podemos ser assim, mas é imperioso que sejamos sinceros e pessoas de um só porte, de uma só conduta. Que Deus nos guarde da dissimulacão

DE LUGAR NENHUM, PARA O LUGAR ONDE DEUS VAI TE USAR

DE LUGAR NEMHUM PARA O LUGAR QUE DEUS VAI TE USAR 13/05/2020 1 Samuel 16, 17, 18 e 19 Certa vez ouvi um missionário testemunhando qu...