06/06/2013

ENTERRE OS MORTOS

Dizem que passado o terremoto de Lisboa (1755), o rei Dom José perguntou ao General Pedro D’Almeida, Marquês de Alorna, o que se havia de fazer. Ele respondeu ao rei:
Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos.
Essa resposta simples, franca e direta tem muito a nos ensinar.
Muitas vezes temos em nossa vida “terremotos” avassaladores como o de Lisboa no século XVIII.A catástrofe é tão grande que muitas vezes perdemos a capacidade de raciocinar de forma simples, objetiva.
Esses “terremotos” podem ser de toda ordem.Todos nós estamos sujeitos a “terremotos” na vida.
O que fazer? Exatamente o disse o Marquês de Alorna: “Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”.
E o que isso quer dizer para a nossa vida? Que lições podemos tirar desse conselho a D. José?
Sepultar os mortos
Significa que não adianta ficar reclamando e chorando o passado.É preciso “sepultar” o passado.Colocar o passado debaixo da terra. Isso significa “esquecer” o passado.Pouco ou nada resolve abrirmos uma “sindicância” para descobrir os culpados pelo terremoto.
Também não adianta ficarmos discutindo como teria sido se o terremoto não tivesse ocorrido.Ou ainda se Lisboa estivesse situada fora da falha geológica que gerou o terremoto.
Enterrar os mortos
E a verdade é que muitos de nós temos uma enorme dificuldade em “enterrar os mortos”.Ficam anos e anos em atitude de um eterno velório.Passado o terremoto, lembre-se, a primeira coisa a ser feita é “enterrar os mortos”.Cuidar dos vivos significa que depois de enterrar o passado, temos que cuidar do presente.
Cuidar do que ficou vivo
Cuidar do que sobrou. Cuidar do que realmente existe.Fazer o que tiver que ser feito para salvar o que restou do terremoto.Dar foco ao presente só será possível se enterrarmos os mortos, esquecermos o passado.
Cuidar dos vivos significa reunir pessoas e bens que sobreviveram ao terremoto e rearranjá-los de forma a servirem para a reconstrução, para o novo.
Muitas pessoas não conseguem dar foco ao presente para “cuidar dos vivos”.Vivem o tempo todo na ilusão do que poderia não ter ocorrido. Não conseguem se desligar.Não têm energia para “cuidar dos vivos”.
Fechar os portos
Significa não deixar as “portas” abertas para que novos problemas possam surgir ou “vir de fora” enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando o que restou do terremoto de nossa empresa ou de nossa vida.Significa não permitir que novos problemas nos desviem do “cuidar dos vivos”.
Fechar os portos também é necessário porque quando você está passando por um “terremoto”, seus adversários e inimigos sabem de sua fragilidade e possível desesperança.E aí quererão aproveitar-se de sua fraqueza.
Se você deixar seus “portos” abertos poderá ter que lutar contra os invasores, vampiros e abutres que virão espreitar a sua desgraça. Feche os portos!
Os conselhos do Marquês de Alorna a D. José são de uma sabedoria indiscutível.Serviram para a reconstrução de Lisboa em 1755 e servem para as nossas vidas hoje também.É assim que a história nos ensina.
Portanto, quando você enfrentar um terremoto, não se esqueça: enterre os mortos, cuide dos vivos e feche os portos!

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