Domingo à noite. Algumas pessoas se dirigem ao templo chamado igreja evangélica. São recebidos nesse local com muito carinho e amor. Inicia-se o culto. Trecho da Bíblia Sagrada lido, oração inicial. Momentos de louvor, adoração, alegria. E chega o momento da palavra de oferta.
Aqui dou uma pausa no que seria o resumo do culto da maioria das nossas igrejas. Paro na chamada palavra de oferta. Não sei se sou eu o errado, por ter o pensamento radical, ou a maioria deixa de lado muitos dos ensinamentos que o famoso livrinho de capa preta expõe.
Oferta. E este tipo de assunto desperta muitas polêmicas. Já apareceu na TV certo pastor ensinando seus discípulos a pedir oferta, como se estivesse orientando uma equipe de vendas: exigindo o máximo da disposição para tirar o máximo do bolso do cliente. Só faltou oferecer aos vendedores uma comissão para motivá-los ainda mais. Você, leitor, com certeza, conhece algum causo relacionado à esse assunto.
Nessa onda de atos duvidosos, onde se localiza a verdade? Como definir o que é certo e errado nesse sistema? À luz da Bíblia, o mesmo livro que os líderes religiosos possuem.
Primeiro, podemos comparar o estilo de vida dos discípulos de Jesus e dos líderes religiosos de hoje. Na Bíblia, vemos que homens deixavam sua vida de lado para dedicar-se à missão recebida: pregar o Evangelho a toda criatura. Homens que deixaram empregos e família para dedicar-se completamente à causa de Cristo. Homens que não demonstraram nenhuma preocupação com sua condição financeira.
Certa vez, li que Lutero questionava sobre as vestes e carruagens dos bispos católicos… e o que vemos hoje? Pastores com carros importados, enquanto há pessoas na igreja passando dificuldades. Se eles quisessem mesmo seguir os ensinamentos da Bíblia, imitariam os exemplos dos primeiros cristãos, que está descrito em Atos 2.44-45. Seguiriam o exemplo de Paulo, que anunciava o Evangelho DE GRAÇA, recusou ficar parado em congregações, recebendo salários, para não ser pesado a ninguém. Basta ler 2 Coríntios 11. Taí outro erro grave: pessoas cobram para pregar, para cantar… revendendo algo que receberam de graça. Mas alguém pode argumentar que esses homens dedicam suas vidas exclusivamente ao ministério, vivem pela fé, etc. Para esse, eu digo: engano seu. Na Bíblia, mostra que Paulo trabalhava para não ser sustentado pelas congregações, e que orientava aos seus discípulos a seguirem o seu exemplo, e orientava aos membros para não tolerarem os obreiros que queria viver “na aba”.
E nós, a grande massa, aceitamos e toleramos esses que praticam isso, convindando esse homens para nossas igrejas, e pagando o que eles exigem. Nesse ponto, Paulo cita que nós toleramos os insensatos. Basta ler a referência acima. Para o bem do Evangelho, você, líder da igreja, não convide para ir a sua igreja nenhuma pessoa que cobre para pregar ou cantar.
Se por um lado, nossos líderes estão muito preocupados com a questão capitalista, por outro, existem muitos cristãos que amam muito mais o dinheiro que tem do que a Deus. Não pense você, leitor, que digo isto com alegria, ou digo como quem faz tudo certo. Mas o que tem de pão-duro nas igrejas, não está no gibi. Pessoas que nem levam a carteira para a igreja, para não serem “enganados” pelos bons sentimentos no momento do apelo da oferta. Pessoas que dão os seus nomes para participarem de campanhas de ofertas, para alguma aquisição da igreja, e simplesmente abandonam.
Nas igrejas onde congregamos muitas vezes acontece algo desse tipo. O pastor reune os membros para falar sobre a troca dos bancos da igreja, para uma reforma, para troca do equipamento de som e etc, e Todos aceitam. Muitos deram seus nomes para ajudar com R$ 10,00 mensais. E muitos deixaram de honrar esse compromisso. E olha que, com esse valor, não se consegue nem comprar um BigMac. Enquanto que, na Bíblia, mostra que Moisés teve que pedir pro povo parar de ofertar para a construção do tabernáculo. E desse texto, faço uma observação: Qual é o líder religioso de hoje que fala para a igreja parar de ofertar, porque já tem o suficiente?
Sabe a que conclusão chego? Que no nosso meio evangélico, a maioria das pessoas são amantes do dinheiro. E a Bíblia diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (leia 1Timóteo 6:7-11). Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.
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