24/11/2011

O Evangelho é Cristo!

Freqüentemente temos visto iniciativas evangelísticas que têm uma excelente abordagem humana, comunicação clara, relevante e apelo social. No entanto, pecamos onde não podemos errar: na falta da Palavra de Deus no ato de evangelização. Precisamos revisar o conteúdo das nossas mensagens, dos nossos programas evangelísticos, porque nós temos nos afastado do centro de tudo, que é Cristo. Vemos muitas iniciativas que promovem a evangelização da igreja, o seu ambiente de segurança, moralidade e companheirismo, e especialmente, o serviço aos outros. Mas nós não apresentamos a Cristo. Corremos o risco de embalarmos nossas igrejas com pessoas ligadas a um serviço que valoriza a família, incentiva a vida moral e nada mais.
Devemos lembrar-nos do que deve ser o centro da nossa vida. Em nossos programas evangelísticos e em nossas pregações, devemos fazer Cristo conhecido. Fazer com que as pessoas entendam realmente quem é o Cristo que seguimos e porque O seguimos. O ponto central de Missiologia do Novo Testamento é o Evangelho de Cristo, através da propagação da glória de Deus. Vamos, portanto, examinar e compreender melhor este Evangelho, vendo-o como o conteúdo de evangelização.
Voltemos 2.000 anos de história e, especificamente, à região da Palestina, para os lugares onde Cristo passou. Vejamos o que diz em Mateus 3. 4:
As roupas de João eram feitas de pêlos de camelo, e ele usava um cinto de couro na cintura. O seu alimento era gafanhotos e mel silvestre.”
Seu nome era João Batista e pregou ao povo. Seus sermões eram difíceis, e em seu discurso, ele usou palavras fortes como “raça de víboras”.
De repente, apareceu diante do povo outro homem, vestido simplesmente, cercado por um grupo de homens que também eram humildes, e Ele falou com uma voz atraente. Ele era Jesus. Ele, ao contrário de João, veio falar da “boa notícia” (Evangelho) e “boas novas do Reino”. Sua mensagem é estranha. Ele veio falar de uma maneira diferente de viver, uma maneira “evangélica”, moldada pelo Evangelho. Uma vida em que o marido não domina sua esposa, mas a ama. Em que os perseguidos não odeiam aquele que persegue, mas oram por ele. Onde o líder cristão não exerce poder sobre o seu rebanho, mas o serve. Quando a comunidade dos santos não organiza uma revolução contra as autoridades, mas intercede por elas. Uma vida em que apenas aqueles que reconhecem a sua fraqueza se tornam fortes. Em que se vai a segunda milha para quem exige que você vá uma. Em que você ofereça a outra face ao ser atingido por alguém. Não há nenhum apego a este mundo, porque todos os Seus discípulos são peregrinos e sua terra natal é o Céu. A garantia de desfrutarmos uma vida como esta é que quem nos prometeu é fiel e Ele garante que a alcançaremos quando morrermos primeiro. Deus afirma que a unica maneira de vivermos uma vida tal como esta é através do conhecimento do Evangelho. No Evangelho, Deus colocou o que Ele tinha de mais precioso: Seu Filho. O Evangelho é prático, visível, existencial e contagiante. É necessário que entendamos que o Evangelho desta forma não era apenas uma boa notícia, mas A boa notícia que exigia um estilo de vida transformada, de acordo com os valores de Deus.
Existem duas verdades que precisamos entender sobre o Evangelho: a sua origem e seu conteúdo. No Novo Testamento, somos confrontados muitas vezes com a apresentação do Evangelho como o “Evangelho de Deus”, apontando para a origem do Evangelho, isto é, não é uma invenção humana, mas uma revelação divina.
Em I Cor. 9.18: “Qual é, pois a minha recompensa? Apenas esta: que, pregando o evangelho, eu o apresente gratuitamente, não usando, assim, dos meus direitos ao pregá-lo.”
Conseguimos enxergar claramente nesse texto que a recompensa que Paulo recebia pela pregação não consistia em coisas materiais, mas na satisfação de está propagando a glória de Deus.
Quando Paulo expressa que, “pregando o Evangelho, eu possa apresentá-LO (Cristo)”, entendemos desde o início que o conteúdo da evangelização é o Evangelho (Cristo). Mais adiante, no capítulo 15 do mesmo livro, Paulo diz a Igreja sobre o “Evangelho que lhes preguei” (v. 1) e nos versos 3 – 4, ele começa a relacionar este Evangelho dizendo que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
Portanto, Jesus Cristo é o Evangelho. Desta forma, começamos a entender que o conteúdo da evangelização é o Evangelho e o conteúdo do Evangelho é Jesus Cristo.
Por isso somos capazes de afirmar que não há verdadeira evangelização bíblica sem a apresentação do Senhor Jesus Cristo. Cativantes histórias, emocionantes depoimentos, atividades sociais e boa vontade não são substitutos para o elemento central da evangelização: Jesus Cristo. Não há nenhuma história maior do que Sua história. Não há evangelização sem a cruz de Cristo. Não há salvação sem o seu sangue. Não há salvação em nenhum outro nome.
Se a busca da glória de Deus não for colocada acima das demais buscas do homem, o homem jamais será completo, tampouco Deus glorificado.

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